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Acupuntura

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Por:   •  10/1/2014  •  Seminário  •  1.581 Palavras (7 Páginas)  •  554 Visualizações

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Definição

Segundo WEN(2006), a acupuntura é o conjunto de conhecimentos teórico-empíricos da medicina chinesa tradicional que visa à terapia e à cura das doenças através da aplicação de agulhas e de moxas (queimadura realizada em um determinado local a fim de curar uma determinada dor ), além de outras técnicas.

História da Acupuntura

De acordo com WEN (2006), a acupuntura surgiu há 4500 anos a. C., quando os chineses da Idade da Pedra descobriram que o aquecimento do corpo com areia ou pedra quente aliviava as dores abdominais e articulares, a partir do qual surgiu o moxa, que é uma modalidade de terapia presente na acupuntura. Depois foram descobertas agulhas de pedra (Zhem Shih) em várias partes da China, nessa mesma época. No entanto, não há documentos que precisem como foi o desenvolvimento inicial da acupuntura, mas sabe-se que essa arte era difundida entre os chineses.

Dentre os documentos históricos referentes à acupuntura, de acordo com WEN (2006), podem-se destacar:

1. Era do Imperador Amarelo- escritos preservados em cascos de tartaruga revelaram que a acupuntura apresentava algumas bases e um certo nível de desenvolvimento.

2. Dinastia Shang, Chia, Tsou e período Chuen Chiou Zhan Kuo- formulação dos princípios de Ying-Yang, da teoria dos cinco elementos e dos meridianos; evolução das agulhas; e a ressuscitação de uma pessoa considerada morta, por causa da aplicação de agulhas.

3. Dinastia Chin, Han, Huei (221 a. C.-264 d. C.)- Tsan Kung deixou 25 relatórios médicos contendo descrições sobre o uso das agulhas no tratamento de doença, além de dar nomes a vários pontos dos meridianos. No final da Dinastia Han, o livro Chang Tsung Jing descreveu o tratamento da malária através da acupuntura, dando noção da aplicação do moxa, além de citar o uso concomitante de ervas e de quimioterápicos.

4. Dinastias Tsin e Tang- difusão dos conhecimentos da acupuntura para o exterior.

5. Era atual (após 1911 d. C.)- a acupuntura é dotada de caráter experimental e científico, que atingem novos níveis de conhecimento e técnicas além do reconhecimento mundial.

Apesar de ser uma arte antiga, de acordo com WEN (2006), a acupuntura evolui a cada dia, dado o pouco conhecimento que se tem nessa área. Prova disso, são as pesquisas científicas que revelam mecanismos neurológicos e neuroendocrinológicos, que contribuem para a ampliação do conhecimento dessa terapia. Além disso as pesquisas também revelam que as velhas fórmulas e princípios, meridianos e pontos, dessa terapia ainda não foram superados, o que exige um profundo conhecimento daqueles que desejam trabalhar com essa arte.

Teoria da Acupuntura

Essa teoria, segundo WEN (2006), afirma que todas as estruturas do organismo se encontram em equilíbrio pela atuação das energias Yin (negativas) e Yang (positivas). Por exemplo, pelo princípio Yin e Yang é possível explicar os fenômenos que ocorrem nos órgãos através dos conceitos de superficial e profundo, de excesso e deficiência, de calor e frio. Desse modo, essas energias estiverem equilibradas, o organismo certamente estará com saúde. Por outro lado, um desequilíbrio gerará a doença.

Teoria dos meridianos

De acordo com WEN (2006), ainda não se conhece exatamente como se deu a origem da teoria dos meridianos, mas o mais provável é que a acupuntura e as artes marciais (Qi- Kung),contribuíram para a sua formação. Essa teoria afirma que no corpo existem pontos cujos efeitos, decorrentes da aplicação da acupuntura, são semelhantes, talvez por pertencerem a dermátomos iguais. Ao se traçar uma linha conectando todos esses pontos análogos, obtiveram-se linhas ou trajetórias longitudinais que foram denominadas Tin (meridianos) e trajetórias longitudinais, denominadas Lo (comunicações.

A experiência clínica, segundo o autor, demonstrou que havia uma certa relação entre os órgãos e os meridianos do corpo, a partir do qual foram traçados os doze meridianos ordinários, que tinham relação direta com os órgãos e vísceras do corpo. Além deles, estabeleceram-se oito meridianos denominados extrameridianos, usados em patologias diversas. Dos doze meridianos ordinários originam-se ramos que percorrem as cavidades do tronco, denominados doze meridianos distintos. Há quinze meridianos que ligam esses doze meridianos entre si, denominados Lo-Mai (meridianos conexos). E há ainda doze meridianos denominados tendinosos e doze chamados superficiais que percorrem superficialmente o tronco e os membros.

Distribuição dos doze meridianos

Nos membros

Nos membros superiores, segundo WEN (2006), ao três meridianos que percorrem a face palmar pertence ao Yin, ou seja, do pulmão, do pericárdio e o do coração. Já os três meridianos do Yang, o do intestino grosso, o do triplo aquecedor e o do intestino delgado percorrem a face externa do braço.

Na cabeça

Todos os meridianos Yang chegam à cabeça. Os meridianos Yang-Ming dos pés e das mãos distribuem-se pela face. Os meridianos Shao-Yang da perna e da mão distribuem-se pelas regiões laterais da cabeça. Os meridianos Tai-Yang da mão chegam à região temporal da cabeça, enquanto que os meridianos Tai-Yang da perna chegam a região parietal.

No tronco

Os meridianos Yang-Ming e Tai-Ming distribuem-se pela parte ventral do tronco. Os meridianos Jue-Yin e Shao-Yang percorrem a parte lateral do tronco. Os meridianos Shao-Yin distribuem-se ao lado da linha central da parte ventral do tronco. Os meridianos Tai-Yang distribuem-se pela parte dorsal do tronco.

Benefícios da acupuntura

O argumento que justifica a utilização da acupuntura segundo Pereira (2010) é o conjunto de técnicas terapêuticas que buscam tratar o indivíduo como um todo, através da interação harmoniosa entre homem e natureza, agindo tanto na promoção, manutenção e recuperação da saúde, como na prevenção de doenças ou agravos. Associados a esses benefícios, a acupuntura ainda é uma terapia eficaz, baixo custo, de fácil aplicabilidade, de resultados rápidos e não apresenta efeitos colaterais.

As indicações para o uso da acupuntura segundo Coutinho (2011) baseiam-se em antipirética - no combate das enfermidades febris, nas síndromes de calor do tipo Shi (excesso), causadas por fatores patogênicos exógenos e excesso de Yang; auxiliar na eliminação da dor ocasionada pela obstrução de algum canal de energia - da estase

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