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Baleia Azul

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Por:   •  4/4/2014  •  2.617 Palavras (11 Páginas)  •  1.075 Visualizações

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A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho pertencente à subordem Mysticeti dos cetáceos. Com até 30 m de comprimento2 e mais de 180 t de peso3 , elas são os maiores animais que já existiram de que se tem conhecimento.4

Longo e esguio, o corpo das baleias-azuis apresenta seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto que seu ventre é geralmente mais claro.5 Existem pelo menos três subespécies distintas: B. m. musculus, cujo habitat restringe-se ao norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, B. m. intermedia, do oceano Antártico e B. m. brevicauda (também conhecida como Baleia-azul-pigméia), encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico. B. m. indica, do oceano Índico, pode ser uma outra subespécie. Como é o caso das outras espécies pertencentes à subordem Mysticeti, a dieta das baleias-azuis consiste quase que exclusivamente de pequenos crustáceos conhecidos como krill, os quais filtram da água do mar usando lâminas córneas em sua cavidade bucal.6 Porém, elas também podem se alimentar de pequenos peixes e lulas.

As baleias-azuis eram, até o início do século 20, abundantes em quase todos os oceanos da Terra. Caçadas por mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até tornarem-se objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996. Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo,7 distribuídas em pelo menos cinco agrupamentos. Contudo, pesquisas mais recentes sobre as subespécies pigméias sugerem que a população atual é maior.8 Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos.9 Os agrupamentos remanescentes atuais, muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelos menos outros dois no Hemisfério Sul.

A nadadeira dorsal das baleias-azuis é pequena,10 visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Através de seu espiráculo, elas podem podem produzir jatos de água de até 9 m de altura. O volume de seus pulmões pode chegar a 5 000 ℓ. Elas também são os animais mais ruidosos do mundo, podendo emitir sons que atingem os 188 dB — mais fortes que o som de um avião a jato — e que podem ser ouvidos a mais de 800 km de distância.3

Índice [esconder]

1 Taxonomia

2 Características

2.1 Dimensões

2.2 Alimentação

3 População e pesca

4 Ver também

5 Referências

6 Ligações externas

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Baleias-azuis são balenopterídeos, uma família que inclui as baleias-jubarte, as baleias-comuns, as baleias-de-bryde, as baleias-sei e as baleias-de-minke.11 Acredita-se que a família Balaenopteridae tenha divergido das outras famílias da subordem Mysticeti durante a metade do Oligoceno. Não se tem conhecimento de quando os membros destas famílias divergiram uns dos outros.

A baleia-azul é classificada usualmente como uma de oito espécies do gênero Balaenoptera; uma autoridade a atribui a um gênero monotípico, o Sibbaldus12 , contudo esta atribuicão não é reconhecida.13 Análises usando sequenciamento de DNA indicam que as baleias-azuis são filogeneticamente mais próximas às baleias-sei (Balaenoptera borealis) e às baleias-de-bryde (Balaenoptera brydei) do que às outras espécies de balenopterídeos, sendo também mais próximas às baleias-jubarte (Megaptera) e às baleias-cinzentas (Eschrichtius) do que às baleias-de-minke (Balaenoptera acutorostrata e Balaenoptera bonaerensis).14 15 Caso mais pesquisas confirmem estas descobertas, os balenopterídeos precisarão ser reclassificados.

Pelo menos onze casos de indivíduos adultos híbridos entre baleias-azuis e baleias-comuns foram documentados na natureza. Arnason e Gullberg afirmam que a proximidade genética das baleias-azuis e das comuns é equivalente à existente entre os humanos e os gorilas.16 Pesquisadores que estavam trabalhando na região das ilhas Fiji acreditam ter fotografado um exemplar híbrido de baleia-jubarte e baleia-azul.17

A primeira publicação descrevendo a baleia-azul encontra-se na obra Phalainologia Nova (1694), de Robert Sibbald. Sibbald encontrou uma baleia-azul encalhada no Estuário de Forth, na Escócia, em setembro de 1692. Era um macho de 23,78 m de comprimento, que tinha “placas pretas e com chifres” e “duas grandes aberturas, cuja forma assemelhava-se à de uma pirâmide”.18

O sufixo musculus vem do Latim e significa "músculo", mas também pode ser interpretado como "camundongo pequeno".19 Carlos Lineu, que batizou a espécie em sua obra Systema Naturae, de 1758,20 estaria ciente disso ao usar este duplo sentido da palavra como uma ironia.21 Herman Melville chamava esta espécie de sulphur-bottom (ventre de enxofre, numa tradução livre do inglês) nos capítulos dedicados à descrição dos cetáceos presentes em sua obra-prima, Moby Dick, devido à tonalidade alaranjado-marrom ou amarela das camadas de diatomáceas presentes na pele de seu ventre. Outros nomes comuns utilizados no passado para as baleias-azuis incluem rorqual-de-sibbald (após Sibbald, o primeiro a descrever a espécie), grande-baleia-azul e grande-rorqual-do-norte. Atualmente, esses nomes não são mais utilizados. O primeiro uso do termo baleia-azul está registrado em Moby Dick, de Herman Melville. Contudo, a menção em Moby Dick é passageira e não está relacionada especificamente a esta espécie. Na realidade, o nome provém do norueguês blåhval, cunhado por Svend Foyn após este ter aperfeiçoado o lançador de arpões; em 1874, o cientista norueguês Georg Ossian Sars adotou-o como o nome vulgar da espécie em norueguês,18 que posteriormente foi traduzido para o português como baleia-azul.[carece de fontes]

A espécie está classificada em três ou quatro subespécies: B. m. musculus, a baleia-azul que constitui as populações que habitam o norte dos oceanos Pacífico e Atlântico, B. m. intermedia, a baleia-azul do oceano Antártico, B. m. brevicauda, a baleia-azul-pigméia encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico,22 e a controversa B. m. indica, o grande-rorqual-da-índia, que habita o oceano Índico e, apesar de ter sido descrita anteriormente, pode ser a

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