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CANCER

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Por:   •  3/11/2014  •  Seminário  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  231 Visualizações

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Neste capítulo, pretende-se abordar de forma sintética as alterações morfológicas e funcionais apresentadas pelas células dos tumores malignos. Para tanto, com o propósito de facilitar a compreensão dessas alterações, assinalam-se alguns postulados referentes ao comportamento biológico das células normais.

As células normais de todo organismo vivo coexistem em perfeita harmonia citológica, histológica e funcional, harmonia está orientada no sentido da manutenção da vida. De acor- do com suas características morfológicas e funcionais, determinadas pelos seus próprios códi- gos genéticos, e com sua especificidade, as células estão agrupadas em tecidos, os quais for- mam os órgãos.

Os mecanismos que regulam o contato e a permanência de uma célula ao lado de ou- tra, bem como os de controle do seu crescimento, ainda constituem uma das áreas menos co- nhecidas da biologia. Sabe-se que o contato e a permanência de uma célula junto à outra são controlados por substâncias intracitoplasmáticas, mas ainda é pouco compreendido o meca- nismo que mantém as células normais agregadas em tecidos. Ao que parece, elas se reconhe- cem umas às outras por processos de superfície, os quais ditam que células semelhantes per- maneçam juntas e que determinadas células interajam para executarem determinada função orgânica.

Sabe-se também que o crescimento celular responde às necessidades específicas do cor- po e é um processo cuidadosamente regulado. Esse crescimento envolve o aumento da massa celular, duplicação do ácido desoxirribonucléico (DNA) e divisão física da célula em duas célu- las filhas idênticas (mitose). Tais eventos se processam por meio de fases conhecidas como G1

- S - G2 - M, que integram o ciclo celular.

Nas células normais, restrições à mitose são impostas por estímulos reguladores que agem sobre a superfície celular, os quais podem resultar tanto do contato com as demais célu- las como da redução na produção ou disponibilidade de certos fatores de crescimento. Fatores celulares específicos parecem ser essenciais para o crescimento celular, mas poucos deles são realmente conhecidos.

É certo que fatores de crescimento e hormônios, de alguma forma, estimulam as células para se dividir. Entretanto, eles não têm valor nutriente para as células nem desempenham um papel conhecido no metabolismo. Presumivelmente, apenas sua capacidade de ligar-se a re- ceptores específicos de superfície celular os capacita a controlar os processos celulares.

O mecanismo de controle do crescimento celular parece estar na dependência de fatores estimulantes e inibidores, e, normalmente, ele estaria em equilíbrio até o surgimento de um es- tímulo de crescimento efetivo, sem ativação do mecanismo inibidor. Tal estímulo ocorre quan- do há exigências especiais como, por exemplo, para reparo de uma alteração tissular. As célu- las sobreviventes se multiplicam até que o tecido se recomponha e, a partir daí, quando ficam em íntimo contato umas com as outras, o processo é paralisado (inibição por contato).

Em algumas ocasiões, entretanto, ocorre uma ruptura dos mecanismos reguladores da multiplicação celular e, sem que seja necessário ao tecido, uma célula começa a crescer e divi- dir-se desordenadamente. Pode resultar daí um clone de células descendentes, herdeiras des-

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