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FATORES CULTURAIS EM EPIDEMIOLOGIA

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Por:   •  26/3/2015  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  1.926 Visualizações

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FATORES CULTURAIS EM EPIDEMIOLOGIA

A Epidemiologia é uma ciência que tenta relacionar a doença de uma pessoa com seus hábitos, condições de vida, para, no geral, saber a etiologia da doença num determinado contingente de pessoas. A epidemiologia e a antropologia são bastante parecidas no quesito de estudarem a população como um todo, e não o ser em particular buscando entender o papel e o impacto das variáveis sociais na vida dos individuo.

O método de pesquisa epidemiológica conhecido como caso-controle examina uma amostra da população que sofre de uma determinada doença, tentando correlacionar a exposição dos indivíduos a certo fatores de risco com a doença a ser postulada. Porém, no âmbito particular, a noção de fatores de risco não é completamente fiel, já que uns podem desenvolver certa doença quando expostos a um ambiente enquanto outros podem não ter nenhuma consequência sobre isso. Isso acontece porque a análise é de um caráter macro. Acredita-se que, na verdade, quando o individuo contrai uma doença em um determinado momento, isso está mais associado a multifatores como por exemplo fatores genéticos, psicológicos, culturais do que a simples relação causa-efeito da doença. Ou seja, variáveis como classe social, posição econômica, gênero, eventos da vida, crenças, práticas culturais e inclusive desigualdades raciais e econômicas podem ser relacionados com a incidência de certas doenças. Com frequência se dá mais atenção a relação causa efeito do que a multifatorial. Por exemplo fatores como tabagismo, obesidade, ingesta de certos alimentos são examinados excluindo muitas vezes as influências culturais que levam aos padrões de tal dieta, ou do fumo, etc.

Ainda que difícil de quantificar, há evidências do papel de influência dos fatores culturais no desenvolvimento da doença, mesmo que isso seja de forma indireta.

A formação cultural do epidemiologista pode afetar na validade dos dados estudados, visto que não possuem uma perspectiva transcultural, refletindo apenas a realidade particular de seu meio, que são características de uma sociedade mas podem não ser características de outra. Um exemplo disso é, por exemplo, a mesma doença ser diagnosticada de forma diferente no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em um é efisema e no outro é bronquite crônica. A política de rotulagem influencia diretamente na imprecisão dos quadros. Há estudos que comprovam isso, onde foram analisados epidemiologistas de diferentes países e houveram diferenças significativas na forma como os médicos avaliam e diagnosticam certos sinais e sintomas. O conceito de epidemiologia cultural surgiu na necessidade de diminuir essas diferenças para um tratamento eficaz e uma visão ampla da situação, concentrando-se mais no estudo dos conceitos locais e no contexto que ocorre a doença, do que nos conceitos médicos em si.

Os fatores culturais mais comumente examinados por antropólogos e epidemiologistas são: situação econômica, estrutura familiar, papéis de cada gênero na sociedade, padrões de casamento, comportamento sexual, padrões de contracepção, política populacional, práticas de gravidez e parto, práticas de criação dos filhos, alterações na imagem corporal, dieta, vestuário, higiene pessoal, moradia, saneamento, ocupações no dia-a-dia, religião, costumes funerários, estresse culturogênico,

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