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Medicina Nuclear

Por:   •  24/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.043 Palavras (9 Páginas)  •  531 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – CAMPUS GARANHUNS            [pic 1]

CURSO: 1° PERÍODO DE MEDICINA 2015.2

PROFESSORA: SINARA ALMEIDA

ALUNOS: JOSÉ VICTOR DIAS LEITE E VICTOR MATHEUS LIMA SILVA

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE FISIOLOGIA N°3 – SENSIBILIDADE

INTRODUÇÃO

O sistema nervoso detecta estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos, e desencadeia as respostas musculares e glandulares. É através dos impulsos sensoriais somáticos, originados no corpo, bem como as vias condutoras de impulsos do encéfalo para os músculos esqueléticos que produzem os movimentos. Contudo, é importante ressaltar que tal processo exige a participação de um componente essencial no processo de integrar a recepção e a resposta dos estímulos tanto internos como externos à outras informações que chegam ao mesmo tempo e também àquelas previamente armazenadas. Essa função é feita pelo sistema integrativo, que a faz ao longo de muitas estações do Sistema Nervoso Central (SNC) tanto ao nível consciente quanto inconsciente. Nessa integração, a medula espinhal, o tronco encefálico, o cerebelo, os gânglios de base e o córtex cerebral atuam na resposta motora, que pode ser modificada em diversos níveis para fazer os músculos contraírem.

OBJETIVO

No dia 06/11/2015, fomos submetidos à 6 procedimentos distintos que tinham o intuito de examinar a sensibilidade exteroceptiva, proprioceptiva, vibratória, barestésica, estereognóstica e a descriminação entre dois pontos, visando entender as suas características e mecanismos envolvidos relacionados às questões neurofisiológicas.

MATERIAL E MÉTODOS

 O presente relatório é referente à prática de sensibilidade realizada; a turma foi dividida em duplas, onde cada um dos componentes realizava no outro os procedimentos de sensibilidade; foram utilizados: Mechas de algodão, 2 tubos de ensaio, 1 aquecedor de água, 2 bolas de gelo, 1 recipiente de isopor, algodão ou monofilamentosemmens de 10 g/cm².

Procedimento:

1. Sensibilidade superficial ou exteroceptiva

- sensibilidade tátil: com uma mecha de algodão foi explorada a região da polpa digital, do braço, antebraço e rosto, observando se o paciente sente as diferentes sensações e se faz relato do que está ocorrendo.

- sensibilidade térmica (frio e calor): deve ser explorada usando dois tubos de ensaios, um contendo água gelada (10ºC) eoutro agua quente (temperatura 45º C). Explorar a polpa digital, palpa da mão, antebraço e pescoço.

2. sensibilidade profunda e propioceptiva

- cinético-postural ou batiestésica: noção de posição segmentar deve ser explorada colocando-se passivamente um determinado segmento de membro, separando-o e imprimindo-lhe movimentos suaves para cima para baixo, devendo o paciente indicar a posição em que está. Pode ser feito deslocando-se lenta e suavemente uma articulação (dedos dos pés e das mãos, tornozelos, joelhos, punhos). Ou pode-se pedir ao paciente para estender o braço e tocar a ponta do dedo do observador com seu indicador. Em seguida, fecha os olhos e desloca o braço para a direita para depois tocar novamente o dedo do observador. Repete-se com o outro braço.

3. sensibilidade vibratória ou palestésica

- pesquisa com o auxilio do diapasão de vibrações lentas (128 ciclos/s) que se faz vibrar mediante a golpe em U. Diapasão vibrando é aplicado em diversas saliências ósseas (artelhos, maléolos, tuberosidade da tíbia, dedos, olecrano), devendo o paciente acusar ou não as vibrações.

4. sensibilidade á pressão ou barestésica

- Pesquisar exercendo-se pressão progressiva, com polpa de um dedo ou objeto rombo sobre a pele em diferentes pontos do corpo, devendo o paciente acusar em que ponto sofreu mais pressão.

5. discriminação de dois pontos (trato epicritico)

- pesquisar a capacidade de localização do estímulo e reconhecer se o estímulo é único ou duplo. Trocar as duas pontas do compasso simultaneamente na polpa digital, palma da mão e antebraço. Análise dos dados encontrados, local distancia entre dois pontos (polpa digital, palma da mão, antebraço).

6. sensibilidade estereognóstica

- reconhecimento de objetos pela palpação estando com os olhos fechados. Observação feita com objetos comuns em cada uma das mãos.

RESULTADOS        

O teste de sensibilidade superficial foi subdividido em sensibilidade tátil e sensibilidade térmica, sendo que no primeiro a sensibilidade esteve presente, no segundo houve uma inversão na identificação da temperatura exposta na polpa digital do dedo mínimo, a sensibilidade esteve presente.

A sensibilidade profunda teve duas fases, na primeira o braço do paciente foi movido e este detectou o movimento (sensibilidade presente), na segunda fase foi notado que o braço esquerdo do paciente sempre deixou um espaço de aproximadamente 1 cm em relação ao do observador. No braço direito a distancia foi de aproximadamente 3 cm.

A sensibilidade esteve presente em todas as realizações do teste de sensibilidade vibratória; assim como no teste de sensibilidade por pressão.

No teste de discriminação de dois pontos o paciente não conseguiu identificar a distinção dos pontos em até uma distancia de aproximadamente 2 cm.

No último teste, sensibilidade estereognóstica, a sensibilidade esteve presente permitindo ao paciente a identificação dos objetos.

DISCUSSÃO

A partir dos processos sensoriais e perceptivos é possível conhecer como o organismo humano reage aos diferentes estímulos internos e externos aos quais ele é submetido. Antes de iniciar a discussão propriamente, é importante pontuar que o sistema somatosensitivo compreende dois componentes distintos:

- O sentido posicional, a sensibilidade vibratória e o tacto fino são veiculados através das colunas posteriores em seguida pelo lemnisco medial até ao núcleo ventro póstero-lateral do tálamo (VPL). A sensibilidade da face é processada pelo núcleo sensitivo do trigêmeo e levada até ao núcleo ventro póstero-medial do tálamo (VPM).

 - A dor e a temperatura provenientes do corpo são conduzidas pelo feixe espinho-talâmico e as provenientes da face pelo feixe e núcleo espinhal do trigêmeo.  

No primeiro experimento foi possível conhecer como os exteroreceptores atuam na superfície externa do corpo. Inicialmente, observou-se que a exploração da polpa digital, do braço, do antebraço e do rosto por uma mecha de algodão provocou sensações de prurido e de cócegas, que são detectadas por terminações nervosas livres não mielinizadas e delgadas, do grupo C. Os tratos grosseiro e discriminativo entraram no processo. O primeiro identificando que alguma coisa entrou em canto com a pele. O segundo fornece informações mais precisas, como a localização precisa, a textura e o tamanho da fonte do estímulo. Ainda no trato discriminativo, vale destacar os receptores de adaptação rápida (corpúsculos do tato e os plexos das raízes dos pelos) e lenta (mecanorreceptores cutâneos tipo I e II) para o tato. A adaptação se refere à diminuição do potencial gerador, que é o responsável pela geração do estímulo sensorial pelo neurônio até o limiar de ação, sem necessariamente haver a diminuição do estímulo provocador. No segundo momento, observamos que a sensibilidade térmica produzida pelo frio e pelo calor dos tubos de ensaio está relacionada aos receptores para frio e para calor respectivamente. Os primeiros ficam localizados no estrato basal da epiderme e estão ligados às fibras de diâmetro médio e mielinizadas, do tipo A, sendo estimulados por temperaturas entre 10° e 40°C. Os receptores para calor ficam localizados na derme e estão presos à fibras do tipo C e são estimulados por temperaturas entre 32° e 48°C. Ambos os receptores são de adaptação rápida. É importante salientar que temperaturas abaixo de 10° e acima de 48° estimulam nociceptores, produzindo sensação de dor.

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