O Centro Educacional

CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR

PSICOLOGIA

ANA CARLA RODRIGUES DE ALMEIDA

RESENHA CRÍTICA

ITAPERUNA

2020

Terapia Cognitiva Focada em Esquemas

O livro intitulado Terapia Cognitiva Focada em Esquemas, têm por objetivo nos explicar como a TE contribui para o campo da personalidade e do desenvolvimento humano. Young (1990) em suas teorias sobre os transtornos de personalidade explica que há uma série de pontos para se entender uma personalidade normal de uma patológica, para isso ele utiliza exemplos, como as relações entre genética e identidade, aspectos cronológicos que afetam a identidade do indivíduo, traumas de infância, afeto, etc. Muitas dessas características eram usadas de forma muito rasa, sendo elas, não utilizadas em terapias cognitivas.

A terapia de esquemas tenta relaciona tanto a teoria com a prática clínica, utilizando-se das teorias gerais da terapia cognitiva. Entretanto, ela tenta superar a frequência de sintomas, em pacientes com as mesmas categorias sintomáticas, de modo a indicar falhas feitas pelos tratamentos terapêuticos cognitivos. É possível que essas falhas ocorram pela falta de atenção em outros aspectos, como, por exemplo, os diferentes traumas causados ao longo da vida, porque cada sujeito vive uma realidade, portanto não há como se utilizar somente a moda de sintomas característicos de uma patologia, mas também dos aspectos vivenciais que, podem ser diferentes.

 O TE utiliza componentes que constituem a personalidade do indivíduo, embora Young não quisesse abordar este ramo da pesquisa, a teoria geral da personalidade acabou participando desse esquema indiretamente. O modelo de TE é como se fosse o modelo biopsicossocial, que não se concentra somente nos sintomas e sim nos fatores sociais, psicológicos, e biológicos, tendo em vista as diversas situações que o paciente pode enfrentar ao longo da vida. 

Muitas dessas situações se dão pela comunicação e interação entre parentes e outros elementos que compõem a vida social do indivíduo. Os esquemas mentais acontecem de forma cronológica como os EIDS (Esquemas Sociais desadaptativos ou adaptativos), as influências dos cuidadores, experiências vivenciadas, os reforços, os sintomas, a necessidades emocionais básicas, e o temperamento filogenético.

A personalidade é constituída por vivências que começam na infância, essa estruturação é um processo natural é que tem suas funções baseadas em genética, definindo as tendências comportamentais, afetivas, cognitivas e emocionais. Estes processos são entendidos como naturais, é a partir deles podemos entender que a uma inter-relação que contribui para o desenvolvimento do temperamento. Para o TE o temperamento é visto com um processo de determinante biológica, sendo assim, muitas tendências de comportamento não podem mudar em relação a acontecimentos posteriores ao seu nascimento, porém elas podem ser moldadas através de técnicas cognitivas, de modo a reduzir, ampliar e encobrir.

Cada temperamento varia de pessoa para pessoa, por exemplo, um irmão pode ser mais afetivo que o outro na infância, porém posteriormente pode ser que o outro irmão precise de uma relação afetiva mais forte. A TE consegue explicar essas variações complexas e multifatoriais da personalidade humana, demonstrando que na maior parte do tempo o cuidado com crianças e adolescentes é necessário, pois nestas fases muitas situações são fatores cruciais para o desenvolvimento da identidade, personalidade e o temperamento.

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