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O Sistema Sensorial

Por:   •  10/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  529 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – FACIME

CURSO: MEDICINA

DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA

PROFESSORES: FRANCISCO DAS CHAGAS, SUZANA GALVÃO

SISTEMA SENSORIAL NO HOMO SAPIENS SAPIENS 

ALICE JANUÁRIO GUEDES FERNANDES

LUANA NASCIMENTO DA SILVEIRA

MARIANA DE ANDRADE SOOUSA

 

JUNHO/2017

INTRODUÇÃO

O corpo humano precisa recolher informações tanto do meio externo quanto do meio interno. Isso ocorre através de células especializadas dos sistemas sensoriais que levam as informações colhidas para serem processadas e analisadas no sistema nervoso central (SNC).

Há receptores que detectam compressão mecânica ou o estiramento do receptor ou tecidos adjacentes, são os mecanorreceptores. Há os que detectam as alterações de temperatura, são os termorreceptores. Os nociceptores detectam os danos que ocorrem nos tecidos e os receptores eletromagnéticos percebem a luz que incide na retina dos olhos. Já os quimiorreceptores detectam fatores que compõem a química do corpo, como o gosto na boca. Assim, percebe-se que cada receptor tem sensibilidade específica a um tipo de estímulo, mas é insensível, simultaneamente, aos outros (GUYTON; HALL, 2006).

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo sobre sistema sensorial na espécie Homo sapiens sapiens se deu no laboratório de fisiologia da Faculdade de Ciências Médicas (FACIME) da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Este experimento consistiu de seis etapas.

Na primeira etapa, os voluntários introduziram-se o dedo indicador em uma bacia com água quente, a 50 ºC, por 15 segundos ou quanto resistir. Após algum tempo, colocaram a mão inteira nesta mesma água, por mais 15 segundos. Na mesma bacia, utilizando a outra mão, fez-se o inverso ao colocar primeiro a mão inteira e depois o somente o dedo, conservando o mesmo tempo de 15 segundos cada, e alternando a introdução do dedo e da mão. Logo depois, repetiu-se todo o procedimento com uma bacia de água fria, a 10 ºC, e comparou-se as sensações experimentadas nos dois testes.

A segunda etapa consistiu em colocar simultaneamente uma das mãos em água quente, a 50 ºC, e a outra em água fria, a 10 ºC, durante um minuto. Após terminado esse tempo, colocou-se ambas as mãos em um recipiente com água a 33 ºC e verificou-se a sensação térmica obtida.

Na terceira etapa aplicou-se sobre a fronte de dois voluntários tubos de ensaio contendo água quente durante 15 segundos, após o qual foi anotado o tempo de persistência da sensação de calor depois do tudo ser retirado. Repetiu-se este procedimento, porém prolongando o tempo para um minuto. Posteriormente, outros voluntários fizeram procedimentos semelhante, porém com o uso de pedras de gelo.

Para a quarta etapa, colocou-se água quente em dois tubos de ensaio, encostando-se, simultaneamente, um nos lábios e outro em um dedo, a partir do qual foi anotado a dificuldade em aguentar a temperatura elevada em ambas as regiões.

 Escreveu-se, na quinta etapa, com o dedo na testa de um voluntário, o qual se encontrava de olhos fechados, as letras p ou q, todas escritas em letra minúscula e “em forma”, verificando-se qual delas conseguia ser identificada.

A sexta etapa consistiu em pesquisar a distância mínima na qual o voluntário consegue perceber de forma clara dois pontos estimulados pelas extremidades de duas canetas do tipo Bic. Para isso foi escolhido as seguintes regiões: dorso da mão, lateral do dedo indicador, parte ventral do antebraço, face e costas.

RESULTADOS

Primeira experiência:

Nessa experiência, foi observado que a sensação de elevada temperatura foi menos suportável, em especial quando a mão estava inserida por completo na bacia. Outra conclusão dessa etapa foi que, em todos voluntários, a sensação térmica na mão foi mais intensa do que no dedo.

Segunda experiência:

Na segunda etapa, a mão que estava na água quente teve uma sensação de calor, enquanto que a outra mão que se encontrava na água fria teve sensação de frio. Ao colocar as mãos simultaneamente em uma bacia com água à temperatura ambiente foi observado a transferência de calor. Assim, a mão proveniente da água quente obteve sensação de frio, e a mão que estava na água fria teve percepção de calor.

Terceira experiência:

Na terceira etapa, dois voluntários participaram para que pudéssemos observar diferentes reações. A primeira parte da experiência consistia em deixar o tubo em contato com a pele por 15 segundos, e após a retirada do tubo um voluntário sentiu a sensação de calor durante 3 segundos e o outro permaneceu com a sensação por 5 segundos. Posteriormente, manteve-se o tubo em contato com a pele por 60 segundos. Um voluntário sentiu a sensação de calor por 35 segundos, enquanto o outro voluntário sentiu calor durante 50 segundos.

Na segunda parte da experiência foi utilizado pedras de gelo em contato com a pele por 15 segundos e depois estendeu-se o tempo para 60 segundos. Em ambos os casos foi observado a sensação de dor e queimação. Em relação aos resultados obteve-se valores semelhantes ao tubo com água quente e a sensação de frio permaneceu por mais tempo após os 60 segundos.

Quarta experiência:

Nessa etapa, ao encostar o tudo de ensaio com água quente, foi observado a sensação de calor em ambas as regiões. Contudo, a sensação foi bem mais intensa no dedo.

REGIÃO

SENSAÇÃO

LÁBIOS

XX

DEDO

XXX

Legenda: (XX) – quente; (XXX) – muito quente.

Quinta experiência:

O voluntário que participou dessa experiência não conseguiu identificar as letras, confundindo assim a letra “p” com a letra “q”.

Sexta experiência:

[pic 1]

6 cm

5 cm

4 cm

3 cm

2 cm

1,5 cm

1 cm

0,5 cm

DORSO DA MÃO

X

X

X

+

+

+

+

+

LATERAL DO DEDO INDICADOR

X

X

X

X

X

X

X

X

PARTE VENTRAL DO ANTEBRAÇO

+

+

+

+

+

+

+

+

FACE

X

X

X

+

+

+

+

+

COSTAS

X

X

+

+

+

+

+

+

Legenda: (+) – discrimina um ponto; (X) – discrimina dois pontos.

DISCUSSÃO

       Na primeira experiência foi imergido apenas um dedo, seguido pela mão inteira em água quente (50ºC), repetindo-se o processo em água fria (10ºC). Percebeu-se que o dedo resistiu mais tempo na água a 50ºC em comparação com a mão, isso se deve ao fato da mão possuir maior superfície de contato com a água que o dedo. Houve, portanto, uma visível amplificação das sensações correspondentes, que foram associadas a um maior número de receptores relacionados a terminações de fibras nervosas ativados simultaneamente durante a inserção da mão, no fenômeno chamado de “somação espacial” (GUYTON 12ªed, 2011) em comparação com a inserção de apenas um dedo. No caso da imersão em água fria não houve diferença de tempo na experiência, mas esperava-se o mesmo resultado da água quente devido ao aumento dos receptores.

...

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