O Uso De Suplementos Antioxidantes Na Atividade Física

O Uso de Suplementos Antioxidantes na Atividade Física

Introdução

Os suplementos alimentares são substâncias que são acrescentadas à dieta, onde podem conter vitaminas, aminoácidos, antioxidantes e etc., isolados ou combinados entre si. Esses compostos são comercializados com variados propósitos, mas de maneira geral são vendidos com a finalidade de melhorar alguma característica física, como: aumentar a massa muscular, reduzir a gordura corporal e aumentar a capacidade aeróbica dos indivíduos.

Os antioxidantes são espécies capazes de inibir ou retardar a oxidação, diminuindo a concentração dos radicais livres no organismo. São extremamente importantes para os seres humanos e principalmente para aqueles que praticam alguma atividade física, pois atacam os radicais livres, que são grupos químicos instáveis e que geram danos à saúde.

A prática de atividades físicas associada a suplementos alimentares pode resultar em efeitos benéficos para o organismo, porém a frequência de exercícios físicos de alta intensidade pode acarretar em estresse oxidativo, que é o desequilíbrio entre as moléculas oxidantes e antioxidantes. Essas moléculas oxidantes estão envolvidas em vários processos fisiopatológicos como o envelhecimento precoce, o câncer, doenças inflamatórias e a aterosclerose (GARLIPP-PICCH et. al; 2012).

Os suplementos contendo antioxidantes podem ser empregados quando o organismo não consegue exerce os seus mecanismos normais de defesa corporal, reduzindo alguns marcadores do estresse oxidativo pós-exercício físico. Dentre os principais antioxidantes usados em suplementos dietéticos, destacam a vitamina C, o beta-caroteno, creatina, glutamina e o ômega 3 (PEREIRA; 2013).

A utilização dos suplementos dietéticos na maioria das vezes é feita por atletas de alto desempenho, como triátlon, natação, musculação e etc., no entanto a suplementação é indicada em casos que a oferta desses nutrientes pela dieta balanceada, que normalmente é suficiente, não for satisfatória. Sendo, portanto altas doses prejudiciais e não apresentarem os efeitos esperados (PEREIRA; 2013).

Objetivo Geral

Discutir o uso de suplementos antioxidantes na atividade física.

Objetivos Específicos

Demonstrar os efeitos dos exercícios físicos de alta intensidade na saúde.

Elucidar a importância do uso de suplementos antioxidantes no combate ao estresse oxidativo.

Descrever a relação entre exercício físico e zinco.

Relacionar suplementos antioxidantes e radicais livres.

Metodologia

O estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, onde foram encontradas quinze publicações na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) com os descritores “exercício físico” e estresse “oxidativo”. Posteriormente no mesmo banco de dados uma nova busca foi realizada na combinação dos descritores “estresse oxidativo” e “suplemento”, sendo localizados dois trabalhos. Dos estudos selecionados com a combinação dos dois primeiros descritores apenas nove foram utilizados, e na associação dos descritores “estresse oxidativo” e “suplemento” um artigo foi recuperado. Com relação aos critérios utilizados, o primeiro foi o delineamento de tempo, 2009 a 2014 e o segundo os assuntos abordados que mais chamaram a atenção dos pesquisadores.

Resultados e Discussão

Os Efeitos do Estresse Oxidativo em Exercícios Físicos na Saúde

Estudos demostram que o exercício físico de alto rendimento aumenta a fabricação de espécies reativas de oxigênio (EROs), e consequentemente acarreta estresse oxidativo (EO), gerando efeitos negativos em diversos órgãos e tecidos. O desequilíbrio entre produção e remoção das EROs leva ao processo de estresse oxidativo, que está associado a danos musculares e disfunções metabólicas (como aterosclerose), envelhecimento precoce e na redução do desempenho físico (SILVESTRE et al., 2013; TEODORO et al., 2010; TROMM et al., 2011).

As EROs atacam lipídeos e proteínas celulares roubando seus elétrons, com a finalidade de encontrar um estado químico estável, porém os suplementos antioxidantes atuam na diminuição das cargas desses radicais livres no organismo. As EROs podem modificar aminoácidos através de algumas reações por meio de agregados de proteínas suscetíveis a degradações proteolíticas. Durante esse processo, alguns aminoácidos são convertidos em derivados de carbonil que são menos degradadas por proteassomas (TROMM et al., 2011).

O EO altera o funcionamento fisiológico de vários órgãos, dentre eles o fígado e o coração. A alta taxa metabólica apresentada por esses órgãos está associada ao alto fluxo de elétrons na cadeia respiratória mitocondrial e consequente elevada produção de EROs. O fígado, principal órgão relacionado ao controle metabólico, é atacado pelo EO durante e após o exercício físico. Da mesma forma o coração, que é o órgão central do sistema circulatório, também apresenta um elevado consumo de oxigênio durante a realização de exercícios, e isso favorece a produção de EROs (TROMM el al., 2011).

Sabe-se que a catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) são biomarcadores do estresse oxidativo, esses sistemas antioxidantes intracelulares protegem a membrana da ação lesiva das espécies reativas de oxigênio. Em relação às atividades das enzimas antioxidantes, os resultados de um estudo apontaram aumento da SOD e CAT em camundongos, no grupo treinado com três sessões semanais de exercício. A SOD dismuta o radical superóxido (O2•) em peróxido de hidrogênio (H2O2), o qual é subsequentemente catalisado pela CAT e convertido em água e oxigênio molecular (JÚNIOR et al., 2013; TROMM et al., 2011). Os resultados do estudo estão representados nos Gráficos 1 e 2, demonstrando as atividades enzimáticas da superóxido dismutase (SOD) e Catalase (CAT).

O Uso