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Perfil epidemiológico da malária no estado de São Paulo- Brasil entre 2001 a 2020- um estudo ecológico de séries temporais

Por:   •  21/1/2022  •  Artigo  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  130 Visualizações

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Perfil epidemiológico da malária no estado de São Paulo- Brasil entre 2001 a 2020: um estudo ecológico de séries temporais.

Introdução

A malária ou paludismo é uma doença potencialmente grave, transmitida ao homem majoritariamente por mosquitos, do gênero Anopheles, infectados pelo parasita do gênero Plasmodium, sendo o mais comum o Plasmodium falciparum, que é capaz de invadir uma grande proporção de glóbulos vermelhos, podendo levar o paciente a um quadro de falência múltipla dos orgãos(1,2).

A maioria dos casos de malária não falciparum é causada por Plasmodium vivax; entretanto podem ser causados por outros dois gêneros de ​​ espécies de Plasmodium : Plasmodium ovale ou Plasmodium malariae,  é possível ocorrer infecções concomitantes, envolvendo mais de uma espécie do parasita(3,4).

Artefatos de tempos imemoriais revelam que a malária acompanha a humanidade a milênios, exemplos disso são escritos mesopotâmicos mencionam quadros febris  mortais  sugestivos de malária. O antígeno da malária foi detectado recentemente em vestígios egípcios que datam de 3200 e 1304 aC (5,6).

Na Índia védica deram nomearam a malária com “rei das doenças". Em 270 aC,  um médico conhecido como Nei Chin ligava as febres terciárias (a cada três dias) e quartan (a cada quatro dias) e a esplenomegalia  e culpava as dores de cabeça, calafrios e febres da malária em três demônios - um carregando um martelo, outro um balde de água e o terceiro um fogão (7).

A malária tem um lugar sui generis na história, durante milênios vitimou desde povos neolíticos, gregos, chineses, realezas e pobres. No século XX a malária a malária aniquilou, entre 150 milhões e 300 milhões de vidas, respondendo por 2% a 5% de todas as mortes(8,9).

Conquanto as principais populações afetadas sejam pessoas em situação de pobreza, na África subsaariana, Ásia e regiões tropicais como a bacia amazônica, 40% da população ainda habita onde a malária é transmitida, a malária é tida como uma enfermidade tropical negligenciada (2,10–12). 

No território brasileiro foram notificados em 2020 140.974 casos de malária. A malária mostra-se mais prevalente na região amazônica concentrando cerca de 99% dos casos do país. Em outras regiões do país em 2020, 90% das notificações eram de casos importados regiões endêmicas ou de outros países endêmicos como os do continente africano. Do total de casos registrados no país em 2020, 84% destes casos foram por Plasmodium  vivax, sendo a espécie mais prevalente no Brasil(4,13,14).

 O Brasil possui um programa específico para o controle e prevenção da malária que é constituído objetivando a redução morbimortalidade da malária e bem como a gravidade dos casos. Também para impulsionar a redução da transmissão, bem como manter zonas que livres da doença mantidas seguras de um possível retorno (15).  

O estado de São Paulo é considerado um estado seguro quanto a malária, entretanto devido ao fluxo migratório intenso e sua ampla densidade demográfica, casos ainda são notificados, como supra mencionado a ampla maioria destes casos foram importados de regiões endêmicas(13,14).

Apesar de ser de baixa prevalência no estado de São Paulo, conhecer os fatores que ainda levam o estado a notificar casos da doença é sine qua non descrever quais as populações ainda acometidas por elas no estado. Portanto, o objetivo desse estudo é verificar o perfil epidemiológico dos casos notificados de malária no estado de São Paulo entre os anos de  2001 a 2020

Referências:

1.         Kirchgatter K, Del Portillo HA. Clinical and molecular aspects of severe malaria. An Acad Bras Cienc [Internet]. 2005 Sep [cited 2021 Nov 10];77(3):455–75. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0001-37652005000300008&lng=en&tlng=en

2.         Hotez PJ, Molyneux DH, Fenwick A, Kumaresan J, Sachs SE, Sachs JD, et al. Control of Neglected Tropical Diseases. N Engl J Med. 2007;357(10):1018–27.

3.         Lalloo DG, Shingadia D, Pasvol G, Chiodini PL, Whitty CJ, Beeching NJ, et al. UK malaria treatment guidelines. J Infect. 2007;54(2):111–21.

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