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RESENHA CRÍTICA FILME : UM GOLPE DO DESTINO

Por:   •  21/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  7.311 Visualizações

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA PARAÍBA

CURSO DE MEDICINA

LUANNA CHRISTINA SERPA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

 FILME: UM GOLPE DO DESTINO

CABEDELO – PB

2016

LUANNA CHRISTINA SERPA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

FILME: UM GOLPE DO DESTINO

                                               

[pic 1]

CABEDELO – PB

2016

THE DOCTOR. No Brasil, GOLPE DO DESTINO. Direção: Randa Haines. Produção: Edward S. Feldeman. Studio Touchstone Pictures, EUA, 1991. Formato: 122 min.      

      O filme The Doctor (Um golpe do destino) trata-se de uma autobiografia do Dr. Edward Rosenbaum, na qual conta a história de um cirurgião renomado chamado Dr. Jack Mackee. Muito competente, mas com poucas emoções, o Dr. Mackee é conhecido pela sua fria relação com os seus pacientes e os consideravam apenas como casos clínicos, sem se preocupar com o tratamento que vida a abordagem biopsicossocial. Além de médico era professor e sempre dizia a seus alunos que não deveriam se apegar aos pacientes, que as doenças deviam ser tratadas e operações realizadas, e o que realmente importava era o tempo. Sua relação com a família também era precária e aos poucos, tornou-se um homem solitário, sem lazer e focado apenas no trabalho. Entretanto, após descobrir um câncer da laringe, ele muda de posição e passa a ser então o paciente. A partir disso, passa a ter uma nova visão como médico e como ser humano.

      Nessa primeira fase do filme, na qual o Dr. Jack Mackee ainda não passou pela experiência de ser o paciente, fica claro que ele assume um papel de médico Sacerdotal, que se caracteriza por ter uma postura paternalista com relação ao paciente, onde a decisão tomada pelo médico não leva em conta os desejos, crenças ou opiniões do paciente. Nesse modelo, o médico não só exerce autoridade, mas também o poder na relação com o paciente. Essa relação médico-paciente é de baixo envolvimento e há uma relação de submissão por parte do paciente. Percebe-se no início do filme que o paciente que estava sendo operado pelo Mackee, não era devidamente respeitado pela sua equipe cirúrgica, pelo fato destes ficarem brincando com o corpo do rapaz e com o motivo da sua fatalidade, demonstrando desta forma, um princípio que muitos médicos atribuem a si próprios como: a onipotência, evidenciando ainda mais o modelo sacerdotal. Uma outra situação desse modelo de relação que o filme retrata, é a cena na qual a mulher se queixa das marcas de cicatriz da cirurgia feita no coração e o fato disto estar afetando sua vida conjugal, porém o Dr. simplesmente ignora.

      Durante a consulta com a Dra. Leslie Abboutt, o Dr. Meckee percebeu uma certa indiferença no seu atendimento, o que na verdade ele também fazia para com seus pacientes, notou que ela nem se importou com o seu nome e na hora do exame, o médico experimentou a desconfortável sensação de ter um periscópio dentro da boca, mas mesmo assim ele ainda fazia graça da situação, até que o exame revelou um nódulo na laringe e posteriormente um diagnóstico de câncer.

      A partir do diagnóstico, este médico onipotente e arrogante se torna paciente do hospital em que trabalha e percebeu que não tinha nenhum privilégio, sendo tratado como mais um paciente. Começa então a ter uma percepção sobre o sistema de saúde, sobre as regras, as normas, o trabalho. Esse processo de inversão de papéis colaborou para que o cirurgião entrasse no mundo do outro e reconhecesse a importância da humanização para compreender as dores dos pacientes. Essa experiência como paciente contribuiu bastante para o entendimento da vida, ética, solidariedade, da perda e principalmente da amizade. Pois, durante o tratamento de radioterapia, o Dr. Mackee conhece uma mulher, também com câncer, com quem faz amizade. Porem, ela acaba morrendo e ele passa a experimentar da dor da perda, compreendendo assim que não é o detentor do saber e que não pode suprimir a dor da perda e que como qualquer pessoa, possui suas limitações.

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