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Redução de danos em enfermeiros na área de atenção primária à saúde

Tese: Redução de danos em enfermeiros na área de atenção primária à saúde. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/11/2014  •  Tese  •  1.987 Palavras (8 Páginas)  •  345 Visualizações

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A redução de danos na perspectiva do enfermeiro na atenção primária.

Problema de pesquisa:

Quais as dificuldades encontradas pelo enfermeiro na redução de danos

Quais estratégias o enfermeiro pode utilizar como ferramenta de redução de danos

Existe preconceito relacionado ao tema

Objetivo Geral:

Identificar qual a perspectiva do enfermeiro em relação a redução de danos.

Objetivos específicos:

Identificar quais as estratégias o enfermeiro pode utilizar para redução de danos.

Identificar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro na redução de danos.

Desenvolvimento

Essa pesquisa tem por objetivo traçar um perfil da atuação do enfermeiro da Atenção Básica na questão da redução de danos, descrevendo as principais estratégias encontradas que podem ser utilizadas por esse profissional no acolhimento dos usuários de álcool e outras drogas bem como as dificuldades encontradas por ele durante a abordagem e acolhimento do dependente químico.

Introdução

A redução de danos foi inicialmente empregada em meados da década de 80 frente a combater o avanço da Aids, visto que a sua transmissão estava relacionada ao uso de drogas injetáveis e o compartilhamento das seringas pelos usuários dessas substancias. Com o passar do tempo toma a proporção de estratégia em Saúde Publica e deixa de ser uma intervenção exclusiva dos programas de DST\Aids e passa a fazer parte da realidade no combate ao uso abusivo do álcool e outras drogas (PASSOS, SOUZA, 2011).

Segundo esses autores, essa estratégia tem enfrentado questões de caráter moral e religioso, pois a sociedade de um modo geral e a comunidade cristã tem se posicionado negativamente a esse modo de manejar a questão das drogas no país, se posicionando contra ao fato de que muitos usuário não tem interesse em parar de fazer uso dessas substancias e na maioria das vezes apenas diminuir o uso de forma abusiva e prejudicial a sua saúde. Mesmo assim a redução de danos ganha a denominação de estratégia em saúde pública e passa a fazer parte da pauta do Ministério da Saúde na criação de políticas publicas de saúde na questão do consumo de álcool e outras drogas.

De acordo com o Ministério da Saúde (2013) a redução de danos passa a fazer parte do conjunto de ações que incorporam a atenção integral a saúde, contribuindo com a promoção da saúde e promovendo a reabilitação e prevenção dos agravos.

A atenção primaria, em especial as unidades de estratégia de saúde da família, as ESFs consistem nas principais portas de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e a redução de danos deve ser utilizada como ferramenta de acolhimento do individuo dando resolutividade as condições de saúde nessa questão do uso de álcool e outras drogas (BRASIL, 2013).

O acolhimento consiste na principal ferramenta para criar vinculo entre o profissional e o usuário. É durante a conversa no acolhimento que o enfermeiro constrói subsídios para diagnosticar, acompanhar o caso e se necessário compartilhar a responsabilidade com outros serviços (BRASIL, 2013).

Beck e David (2007), cita dentre outras questões que podem dificultar o acolhimento do usuário de álcool e outras drogas o preconceito, pois o uso dessas substancias quase sempre está relacionado a delinquência e ao trafico de drogas como única fonte de trabalho e geração de renda para os usuários sendo esses incapacitados de interação social.

De acordo com esse autor, o enfermeiro tem que estar capacitado para atuar na questão do abuso de álcool e drogas, sendo desejável conhecimentos específicos dessa área, principalmente conhecer as ferramentas básicas de redução de danos. Deve ter uma visão ampla da situação estabelecendo um diagnostico preciso e implementando as estratégias de redução de danos para a manutenção da saúde do individuo. Deve-se sobre tudo atuar como ponte entre o usuário a uma rede de serviços e recursos sociais que irão fortalecer esse vinculo incluindo-se aqui a família do individuo.

Dentre as funções do enfermeiro dentro desse contexto podemos destacar (BRASIL, 2013):

• Escuta, proporcionando sempre ao usuário um momento para refletir.

• Acolhimento, tratando sempre com respeito e legitimidade as queixas trazidas pelo usuário

• Suporte para as queixas

• Terrritorialização da comunidade, identificando os grupos mais vulneráveis ao abuso de álcool e outras drogas

• Garantir atenção a saúde bem como cuidados a esses grupos

• Busca ativa e notificação de agravos e doenças compulsórias

• Participar das reuniões de equipe fortalecendo o vinculo com a equipe e discutindo casos tentando soluções junto com a equipe

• Garantir um atendimento humanizado ao usuário

O enfermeiro que for utilizar da redução de danos como estratégia em suas orientações e atendimento tem que pactuar com o usuário uma meta a ser alcançada por ele. Essa meta deve ser de baixa exigência, para que exista a aderência ao tratamento proposto, mesmo que essa intervenção não produza uma diminuição imediata no consumo da droga mas vai aos poucos estabelecendo vinculo entre o usuário e o profissional enfermeiro e garantindo o retorno dele na unidade (ALVES, 2009).

Essa política de redução de danos segundo Alves (2009) visa a reinserção social e a promoção da cidadania, pois o modelo antigo baseado na abstinência total de drogas como única forma de tratamento levava a exclusão social, quebra dos laços familiares e preconceito dos profissionais de saúde em atender os usuários.

Contexto Historico

O uso de drogas pelo homem não é recente, historiadores indicam o consumo de drogas e álcool em períodos remotos da nossa história, sendo até mesmo utilizada como medicamento. Com a revolução industrial e a destilação do álcool em larga escala, a drogadição passou de ser uma questão religiosa a um problema de saúde publica e uma proibição aos olhos da justiça (MACHADO, BOARINI, 2013).

Segundo

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