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Resumo Sobre O Bicho Preguiça

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Por:   •  23/1/2015  •  1.441 Palavras (6 Páginas)  •  523 Visualizações

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A preguiça pode ser designada, zoologicamente, como um mamífero da classe Eutheria, ordem Edentata, subordem Xenarthra e família Bradypodidae. O gênero Bradypus é constituído de três espécies distintas: a preguiça-de-bentinho (B. tridactylus), restrita à região amazônica; a preguiça-comum (B. variegatus), de ampla distribuição, ocorrendo nas Américas Central e do Sul desde a Costa Rica, incluindo Equador, Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia, Argentina e praticamente todo o Brasil; preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), única seriamente ameaçada de extinção, está restrita às florestas remanescentes da Mata Atlântica nos estados da Bahia, Espírito Santo e do Rio de Janeiro. O bicho preguiça é encontrado nas regiões de floresta tropical da América, desde Honduras e Nicarágua, mais ao norte, pelo Panamá, e mais ao sul pelo Brasil e Bolívia. Ocorre em ambos os lados dos Andes, um fato que os primeiros observadores não reconheceram. Bradypus ocorre somente em baixas altitudes neotropicais, e prevalece em regiões onde a temperatura não varia muito, como florestas tropicais.

A biologia reprodutiva das xenarthras ainda apresenta muitas incógnitas, principalmente no que se refere ao comportamento reprodutivo e à fisiologia endócrina, do ciclo estral à gestação. Preguiças machos e fêmeas são difíceis de serem distinguidos, exceto pela marca dorsal em Bradypus.

As investigações relativas a anatomia e histologia do trato genital feminino destes animais é crucial para futuro sucesso reprodutivo de programas de conservação de espécies. Em estudos feitos na espécie B. tridactylus observou-se que os ovários localizam-se no interior do espaço intra-abdominal, no fundo do útero, protegidos por uma bolsa ovariana, composta por mesovário e mesossalpinge. A vascularização é realizada por um plexo arteriovenoso que irriga e drena o útero, e suas ramificações na parede uterina atingem os ovários. Os ovários possuem, em média, espessura, largura e comprimento, respectivamente iguais a 0,37, 0,73 e 0,62 cm.

O útero das preguiças possui uma única cavidade, trompas uterinas enroladas, ovários escondidos e bilobados, com uma fenda funda no hilo, e uma bolsa ovárica formada de uma dobra do mesossalpinge. Os ovários contêm folículos primários, folículos de Graaf e ocasionalmente um corpo lúteo. O ovário é bilobado e é localizado em uma bolsa uterina. A vagina é dupla em seu terço caudal, e dessa maneira, possui duas pequenas saídas. Apresentam o clitóris bem desenvolvido, sendo às vezes encurvado. A vagina é característica, pois em seu terço caudal é dobrada, constituída de duas saídas estreitas que, durante um certo período, são completamente obstruídas por uma membrana. O canal genital e o ânus abrem-se em uma pseudocloaca, com cerca de 8 a 12 glândulas de Bartholin nas paredes laterais do seio urogenital.

Os ovários do bicho preguiça localizam-se no interior do espaço intraabdominal, posicionados sobre a parede uterina externa, um em cada lado do fundo do útero, o qual tem formato periforme (Fig.4A). Estão protegidos por uma bolsa ovariana, que possui uma estreita abertura dorsal, e é formada por uma extensão do mesossalpinge e por mesovário. Inserida na porção do mesossalpinge que compõe a bolsa ovariana, encontra-se a tuba uterina, que atinge o

ovário na extremidade cranial (Fig.4B). Os ovários fazem sintopia com o mesossalpinge, o mesovário, as tubas uterinas, o útero, o estômago, o intestino delgado e o reto, e existe esqueletopia com o osso coxal. São ovalados, achatados craniocaudalmente e possuem duas extremidades, duas superfícies e duas bordas. A extremidade cranial ou tubária está em contato com a bolsa ovariana, e a extremidade caudal ou uterina está em contato com a parede uterina, sendo conectado ao útero pelo pequeno ligamento ovariano. As superfícies lateral e medial encontram-se em contato com a bolsa ovariana. A borda mesovárica é dorsal, e a borda livre é ventral. Não foi observada a presença do ligamento suspensório do ovário (Fig.4C).

Não foi observada vascularização direta dos ovários como foi observada nos testículos. Existe um plexo arterio-venoso que irriga e drena o útero, e as ramificações destes vasos sobre a parede uterina atingem os ovários através da extremidade caudal, irrigando e drenando os mesmos. Em ambos os rins, existe um ramo cranial e um ramo caudal da veia renal. No antímero direito, um plexo venoso vindo do lado direito do útero (e do ovário direito) envia ramificações para o ramo direito da veia cava caudal e para a veia cava caudal acima da união de seus ramos direito e esquerdo. Este ramo venoso recebe uma veia da glândula adrenal.

A aorta, por sua vez, envia uma artéria renal, e desta partem ramificações arteriais para o plexo, de onde a glândula adrenal recebe suas artérias. No antímero esquerdo, o plexo venoso oriundo do lado esquerdo do útero (e do ovário esquerdo) se une aos ramos cranial e caudal da veia renal e ao ramo esquerdo da veia cava caudal, unificando-se. Em seguida, o plexo recebe uma veia oriunda da glândula adrenal, formando o ramo esquerdo da veia cava caudal, o qual se une ao ramo direito, originando a veia cava caudal única.

A aorta emite a artéria renal, e desta parte um ramo, que se divide e se enovela no plexo, até atingir a parede uterina. A glândula adrenal recebe uma artéria vinda do plexo arteriovenoso. Não existe ligamento de peritônio entre os ovários e as glândulas adrenais (Fig.4D).

Sobre a morfometria ovariana, os parâmetros biométricos, as médias e desvios padrão estão representados nográfico (Fig.5). A espessura, a

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