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Transtorno Obsessivo Compulsivo

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Por:   •  1/12/2014  •  1.189 Palavras (5 Páginas)  •  513 Visualizações

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Introdução:

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tem apresentação universal, com prevalência de aproximadamente 2% ao longo da vida. O início dos sintomas ocorre geralmente no começo da vida adulta tendo seu curso usualmente crônico e flutuante. Um estudo de acompanhamento por mais de 40 anos descreveu melhora em 83% dos casos, mas apenas 20% de remissão completa. Quase 60% apresentaram mudanças dos sintomas ao longo do tempo, observando-se pior evolução em casos com início precoce, curso crônico, rituais e comprometimento social no início. O desconforto emocional da doença não se limita a ansiedade e medo, mas inclui dúvida, nojo, culpa, sensação de imperfeição [1]. Alem disso é alta a taxa de casos mal diagnosticados, evidências sugerem que até metade dos pacientes não recebe nenhum tratamento ou recebem tratamento inadequado para a condição [2].

Caso clínico:

Paciente P.R, 36 anos, sexo feminino, proveniente de Álvares Machado, casada, deu entrada no ambulatório de Psiquiatria do Hospital Regional de Presidente Prudente para atendimento em primeira consulta no dia 25/10/2011.

Refere no momento que há oito anos no trabalho apresentou episódio súbito de taquicardia, dor torácica, fraqueza, mal estar, sudorese e parestesia em membros. Refere que na ocasião havia acabado de saber da traição do marido e que esses sintomas começaram a aparecer com frequência. Procurou atendimento médico e passou a fazer uso de medicações para ansiedade por três meses e parou o tratamento por julgar que não fizeram efeito desejado. O quadro evoluiu então para sintomas inclusive no ambiente doméstico. Voltou a fazer uso de medicação prescrita pelo clínico (Fluoxetina e Diazepam), mas novamente sem melhora. Abandonou as consultas e o tratamento referindo que pensou ter que aprender a conviver com esses sintomas até então acreditando não terem cura.

A três meses da data da consulta referiu que ao limpar a casa inverteu os panos e buchas de limpeza do banheiro e cozinha passando a acreditar que havia um verme e que por mais que ela lavasse a casa não conseguiria limpar as coisas.

Acredita que tudo que cai no chão torna-se contaminado. Parou de usar a panela e o congelador de sua casa que tiveram contato com ovo “contaminado” e atualmente não consegue parar de pensar na contaminação deixada por insetos que entram em sua casa.

Refere que sempre foi detalhista em sua casa em limpeza e arrumação, demorando horas para faxina e organização da casa. Também faz questão de manter objetos em distâncias simétricas e não suporta ver nada fora do lugar.

Afirma que esses sentimentos e rituais lhe causam intenso sofrimento e angústia, ocupando a maior parte do tempo do seu dia com esses sintomas.

Antecedentes familiares: pai com história de tratamento para transtorno do pânico, mãe com depressão, filhos hígidos. Esposo etilista.

Antecedentes pessoais: nasceu de parto normal a termo, DNPM sem alteração, sem comorbidades clínicas ou internações prévias.

Na primeira consulta então foi prescrito Sertralina 50 mg cedo e Risperidona 1mg a noite e encaminhada a psicoterapia

Após cinco meses deu entrada no PAI referindo não estar fazendo uso das medicações, pois acredita que irão lhe fazer mal. Parou com psicoterapia. Relata manter os delírios de contaminação, quando deixa cair roupas no chão tem que joga-las fora. Refere diminuição do apetite com perda de 10 kg nesse período. Tem que lavar as mãos com álcool e água quente constantemente apresentando queimaduras nas mãos. Foi internada na enfermaria da psiquiatria e reintroduzida medicação com aumento progressivo das doses de Sertralina. Recebeu alta após 20 dias de internação em uso de 200mg de Sertralina e encaminhada ao ambulatório de psiquiatria para seguimento.

Retornou no ambulatório após um mês referindo estar em uso contínuo da medicação, mas mantendo os sintomas com pensamentos obsessivos com relação a contaminação e rituais de limpeza. Chega a lavar as mãos de 20 a 50 vezes ao dia. Foi prescrito Clonazepam 0,25mg sublingual nas crises de ansiedade.

No retorno após um mês, refere insônia, angústia e ansiedade além de crises no casamento e vem pensando em se divorciar. Foi mantida Sertralina e aumento da Risperidona para 2mg/dia

Em retorno dia 14/06/2012 refere que quase queimou as mãos após jogar água quente quando segurou um pacote que tinha um escorpião e então acreditava ter se contaminado. Lavava as louças com buchas diferentes, não mistura suas roupas com a da família e continua com pouco apetite pois tem medo de se contaminar com a comida. Foi prescrito clomipramina 25mg a noite

Após um mês na consulta referiu que não fez uso da Clomipramina pois acha que o medicamento ira piorar

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