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A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAN E O COMPONENTE ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO CONCEITO

Por:   •  8/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.132 Palavras (5 Páginas)  •  701 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAS E DA SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

AMANDA CRISTINE DOS S. AMARAL

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAN E O COMPONENTE ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO CONCEITO

Goiânia
2017

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS[pic 5][pic 6][pic 7][pic 8]

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAS E DA SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

AMANDA CRISTINE DOS S. AMARAL

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAN E O COMPONENTE ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO CONCEITO

Trabalho complementar da N1, da matéria de Saneamento Ambiental, curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Professora: Nair Augusta.

Goiânia
2017

O conceito de Segurança Alimentar e Nutricional – SAN é um conceito em permanente evolução e construção. A questão alimentar e nutricional está relacionada com os mais diversos tipos de interesses. Esse conceito evolui na medida em que avança a história da humanidade e alteram-se a organização social e as relações de poder em uma sociedade. Durante a Primeira Guerra Mundial, o seu conceito tinha estreita ligação com o conceito de segurança nacional e com a capacidade de cada país produzir sua própria alimentação, de forma a não ficar vulnerável a possíveis embargos ou boicotes devido a razões políticas ou militares.

Esse conceito ganha força a partir da constituição da Organização das Nações Unidas – ONU, em 1945, que entendiam que a segurança alimentar seria garantida por mecanismos de mercado, como o Fundo Monetário de Investimentos – FMI e o Banco Mundial. Toda a tensão era reflexo da disputa política entre os principais blocos em busca de superioridade e vantagens.

Após a Segunda Guerra, a segurança alimentar foi hegemonicamente tratada como uma questão de insuficiente disponibilidade de alimentos. Havia o entendimento de que a insegurança alimentar decorria, principalmente, da produção insuficiente de alimentos nos países pobre. Então com o intuito de aumentar a produtividade foi lançada uma experiência denominada de Revolução Verde, com o uso de sementes de alto rendimento, fertilizantes, pesticidas, irrigação, mecanização, tudo isso associado ao uso de novas variedades genéticas. Na Índia foi onde ocorreram as primeiras experiências, com um enorme aumento da produção de alimentos, porém, sem nenhum impacto sobre a redução da fome no país. E após um período começaram a identificar as terríveis consequências ambientais, econômicas e sociais dessa estratégia, como: redução da biodiversidade, menor resistência a pragas, contaminação do solo e dos alimentos com agrotóxicos, redução dos recursos hídricos, poluição do ar, entre outras consequências.

Desde o final da 2ª Guerra Mundial a produção de alimentos cresceu além do aumento da população. A fome persiste e é resultado da grande injustiça social, não da falta de alimentos. As estatísticas mostram que há mais de 1 bilhão de pessoas com fome no planeta.

No início da década de 70, a crise mundial levou a Conferência Mundial de Alimentação, decidirem de não era suficiente só produzir alimentos, mas garantir a regularidade de abastecimento.  Porem o foco ainda era o alimento e não a população, então, a Revolução Verde foi intensificada, inclusive no Brasil  no aumento de produção de soja, e mais uma vez foi constatado que crescia o numero de famintos e excluídos , e que o aumento da produção não implicava acesso aos alimentos. Os excedentes de produção continuaram durante a década de 80 e foram colocados no mercado como produtos industrializados, e persistiu a fome. Então chegaram à conclusão que o que impedia o acesso aos alimentos era em decorrência a pobreza e da falta de recursos para aquisição de alimentos.

Entre a transição da década de 80 à 90, o conceito alimentar passou a incorporar o fato de precisar se ter acesso a alimentos seguros, de qualidade biológica, sanitária, produzidos de forma sustentável e equilibrada. Essa visão foi consolidada nas declarações da Conferência Internacional de Nutrição, em 1992, pela OMS. Logo em seguida, começa-se um movimento à reafirmação do Direito Humano à Alimentação Adequada, que associou esse fato à garantia da Segurança Alimentar e Nutricional, que foi quando a SAN começou a ser entendida como estratégia para garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada.

A evolução conceitual ocorre em nível internacional e nacional e se caracteriza como um processo que acompanha as necessidades de cada povo de acordo com a época. No Brasil, esse conceito vem sendo debatido há pelo menos 20 anos, e sofre alterações em função da própria história do homem e das sociedades.

O entendimento de segurança alimentar foi consolidado em 1994, e foi articulado em duas dimensões definidas em: alimentar e nutricional. Alimentar se referindo a produção, comercialização e acesso ao alimento, enquanto a nutricional, diz respeito à escolha, preparo e consumo de alimentos relacionados à saúde e manutenção biológica. Porém o termo Segurança Alimentar e Nutricional obteve mais força no Brasil após o processo preparatório para a Cúpula Mundial de Alimentação, de 1996, e com a criação do Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional, em 1998.

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