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ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA DISLIPIDEMIA

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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ATUAÇÃO NUTRICIONAL NA DISLIPIDEMIA

Alunos: Deisyanne Freitas, Francielly Sena, Giselli Tavares, Jéssica Gomes,

Lidiane Braga, Roberta Vasconcelos e Rosangela Sena

Fomentador: Diego Ricardo

jessicagomeznascimento@gmail.com

Instituto Brasileiro de Gestão e Marketing (IBGM)

Curso de Nutrição – Interdisciplinar 2017.1

Recife, PE.

Palavras-chave: Dislipidemia. Nutrição. Lipídeos. Colesterol. Obesidade.

Introdução

              Integrando um dos principais problemas da saúde pública atual, as doenças cardiovasculares (DCV) trazem um acréscimo significativo de anos perdidos da vida produtiva e mortalidade precoce (MOURA, 2000). Formado por diferentes aspectos, esse conjunto de doenças pode ser prevenido com a identificação e controle dos fatores de risco (SBC, 2001). Dentre eles, temos as alterações do perfil lipídico (VALVERDE et al., 1999), a obesidade (FRANCISCHI, 2000) e os fatores nutricionais (NÓBREGA, 2000).  Estando constantemente agregados no indivíduo, esses fatores podem ainda estar associados a mutações no metabolismo lipídico, como níveis elevados de colesterol total (CT), LDL-Colesterol (LDL-C), triglicerídes (TG) e redução do HDL-Colesterol (HDL-C) (CARVALHO, 2000).

             

Objetivos

             Observar a associação das dislipidemias a fatores nutricionais, avaliando assim a importância da adequação alimentar na prevenção e tratamento de fatores de risco no desenvolvimento de doenças coronárias.

Materiais e Métodos

 A pesquisa foi realizada no período de Março à Abril de 2017, a partir de artigos científicos retirados de bibliotecas eletrônicas como Scielo e Pubmed; páginas acadêmicas e livros de ensino básico. Palavras-chave foram retiradas do site DeCS. Como critério de inclusão foram extraídas ideias consideradas atemporais de artigos publicados entre 1996 e 2017. Como critério de exclusão houve o descarte de artigos que não correspondiam ao foco do objeto proposto.

Resultados e Discussão

            O século XX foi um período de transição alimentar, com predomínio de dieta rica em gorduras, açúcares e pobre em fibras, favorecendo ao aumento dos casos de obesidade, dislipidemias e doenças cardiovasculares (Lima 2000). Hipócrates, estudioso grego e também considerado “Pai da Medicina”, acreditava que as doenças não estariam apenas relacionadas a fatores climáticos e ambientais, e sim associadas à dieta adotada pelo indivíduo. Dessa teoria, surgiu uma de suas frases mais marcante e considerada lema da nutracêutica atual: “Deixe a comida ser o remédio e o remédio ser a comida” ( Nutrição: fundamentos e aspectos atuais, 2002).

               (...) a comida representa a manifestação da organização social, a chave simbólica dos costumes, o registro do modo de pensar a corporalidade no mundo, em qualquer que seja a sociedade. (FREITAS,1996).

            As dislipidemias definem-se como alterações metabólicas do lipídio provenientes de algum distúrbio em uma das fases desse processo, promovendo ou não, uma repercussão sobre o território vascular, podendo apresentar manifestações clínicas (COELHO, 2005). Assim são classificadas de acordo com a fração lipídica alterada: hipercolesterolemia isolada (LDL-C > 160mg/dL), hipertrigliceridemia isolada (triglicérides > 150mg/dL), mista (LDL-C > 160mg/dL e triglicérides > 150mg/dL) e redução do HDL-C (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou associada com aumento do colesterol e/ou triglicérides (IV DIRETRIZES BRASILEIRA SOBRE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇAO DA ATEROSCLEROSE, 2007).

 Os lipídios são moléculas orgânicas, cuja melhor classificação baseia-se na presença ou ausência de ácidos graxos em sua composição. Os que possuem esses ácidos são consideráveis saponificáveis. Essas biomoléculas energéticas fornecem acetil-coA para o Ciclo de Krebs. As duas substâncias mais populares dessa categoria orgânica são as gorduras e os óleos. Por um lado, esses dois tipos de lipídios as vezes preocupam por estarem associadas a altos índices de colesterol no sangue, e por outro, são eles que exercem importantes funções no metabolismo, sendo fundamentais para a sobrevivência da maioria dos seres vivos (Food Ingredientes Brasil, 2016). A principal função lipídica é prover energia para o organismo, estando deposto em seus componentes básicos, ácidos graxos e glicerol, através da lipólise. O glicerol não é significativamente utilizado pela maioria dos tecidos, pois seu aproveitamento necessita da enzima glicerol quinase apresentada pelo fígado, onde pode ser oxidado para a obtenção de energia ou ser convertido em glicose (Nelson & Cox, 2002). Os ácidos graxos são atraídos por diversos tecidos, especialmente os músculos (Maughan, 2000). As moléculas precisam atravessar a membrana mitocondrial interna e chegar à matriz da mitocôndria, onde são oxidadas numa via denominada b-oxidação ou ciclo de Lynen. Porém, como são geralmente impermeáveis à membrana, o transporte é realizado pela enzima carnitina-acil transferase I (CAT-I) que torna sua entrada na matriz mitocondrial viável resultando na oxidação para a produção de ATP (Devlin, 1998).

 As lipoproteínas são partículas cujo componente proteico é denominado de apolipoproteína (apo), que por sua vez, são classificadas como: apo A (apoA-I, apoA-II e apoA-IV), apo B (apoB-100 e apoB-48), apo C (apoC-I, apoC-II, apoC-III) e apo E, variando em  tamanho e composição química (Arq Bras Cardio 1996).

             A apoA-I é o principal componente do HDL e sua síntese é prevalentemente hepática e intestinal. A diminuição das concentrações de HDLcolesterol e apoA-I tem sido associadas a diferentes mutações no gene da apoA-I, como a mutação apoA-I Iowa, causada por uma sequência de 84 resíduos de aminoácidos, correspondentes à parte amino terminal da apoA-I, que ao sofrer proteólise, têm seus fragmentos associados às proteínas amiloides, ocasionando mutações no domínio amino terminal (Arq Bras Cardio 1996). A apo-B é o principal componente da partícula de LDL, sintetizada pelo fígado e intestino. A abetalipoproteinemia é um raro distúrbio autossômico recessivo definido por má-absorção de gorduras, que também manifesta baixos níveis plasmáticos de colesterol e triglicérides, além de ausência completa de apo-B, VLDL, LDL e quilomicra plasmáticos. (Arq Bras Cardio 1996).

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