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O Papel do Colágeno na Cicatrização de Feridas

Por:   •  1/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  442 Palavras (2 Páginas)  •  199 Visualizações

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O papel do colágeno na cicatrização de feridas

        O colágeno é uma proteína pouco solúvel, sendo o maior componente na matriz extracelular tecidual e com maior abundância no tecido conjuntivo na fase de cicatrização. Ele é o responsável pela sustentação da ferida e sua forma tênsil. Pode ser composta pelos aminoácidos glicina, prolina, lisina, hidroxilisina, hidroxiprolina e alanina. As fibras de colágeno no tecido conjuntivo são helicoidais, com três ramos de peptídeos: glicina, prolina e hidroxiprolina. Logo no início do surgimento da ferida, ocorre a síntese de colágeno, porém seu pico máximo se dá por volta de uma semana após o evento e sua maturação pode continuar até 18 meses.

        Para realizar esta síntese, que é mediada por fibroblastos, o colágeno necessita de oxigenação e hidroxilação dos aminoácidos, que produzem enzimas para atuar junto com as vitaminas A, C e E, ferro, tiroxina, testosterona, proteínas e zinco. Este período da cicatrização denominado fibroplasia, contém fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) como potente fator de fibroblastos quimiotático e mitogênico, para estimular síntese de colágeno e outra população de fibroblastos que se proliferam em menor quantidade e sintetizam mais colágeno.

        Além disso, os fibroblastos também estão envolvidos com a produção e secreção dos glicosaminoglicanos que se ligam as proteínas, formando proteoglicanos que atuam como apoio para formação de fibrilas de colágeno, compondo o tecido de granulação.

         O colágeno também atua em outra fase da cicatrização chamada de maturação do colágeno, onde a matriz de colágeno passa por reabsorção e deposição durante remodelação. No início da cicatrização, a matriz de colágeno possui baixa a resistência à ferida quando comparada ao tecido normal. Durante essa fase, os fibroblastos seguem depositam colágeno.

        A partir da terceira semana, ocorre a produção e destruição de fibras de colágeno de modo equilibrado, mediado pela colagenase. Quando há o desequilíbrio, surgem as queloides e cicatrizes hipertróficas.  Ao final, o colágeno possui fibras espessas e resistentes, por ação da lisil-oxidase que realiza a ligação cruzada e transversa entre fibras de colágeno, tornando-o um colágeno insolúvel com aumento da força de tensão.

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Referências

CAMPOS, A. C. L.; BORGES-BRANCO, A.; GROTH, A. K. Cicatrização de feridas. ABCD, arq. bras. cir. dig.,  São Paulo ,  v. 20, n. 1, p. 51-58,  Mar.  2007.

MEDEIROS, A.C. DANTAS, F.A.M. Cicatrização das feridas cirúrgicas. J Surg Cl Res. 2016;7(2): 87–102.

TAZIMA, M.F.G.S, VICENTE, Y.A.M.V., MORIYA, T. Biologia da Ferida e Cicatrização. Simpósio: Fundamentos em Clínica Cirúrgica. Medicina. 2008;4:259-64.

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