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Hepatites

Por:   •  5/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.943 Palavras (8 Páginas)  •  354 Visualizações

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INTRODUÇÃO

 A hepatite é a inflamação do fígado que ocorre através de várias causas. Podem ser causadas por microrganismos (vírus), pelo uso abusivo de drogas, determinados medicamentos e de álcool ou por doenças hereditárias e autoimunes. Sendo assim, podemos encontrar vários tipos de hepatites. Entretanto, as causas mais comuns e vistas como de mais importância são as virais.
Existem pessoas que são portadoras do vírus que causa a hepatite, mas não apresentam sintomas clínicos da doença. São aqueles que carregam o vírus no organismo e, muitas vezes, por não saberem disso acabam o transmitindo através de relação sexual sem proteção, doação de sangue ou de órgãos, perfuro-cortantes contaminados.

No decorrer do trabalho abordaremos os tipos de hepatite, os principais na odontologia e a importância dos mesmos. Além de detalhar a causa de cada um, formas de contaminação e tratamento.

DESENVOLVIMENTO

Hepatite A

Esse vírus é eliminado nas fezes e seu modo de transmissão é chamado fecal-oral, ou seja, ingestão de água e ou alimentos contaminados. Por isso, essa forma de hepatite é bastante comum em países menos desenvolvidos e em locais com precárias condições de higiene e saneamento básico. Acontece principalmente em crianças, na faixa etária entre dois e seis anos, mas qualquer indivíduo pode ter a doença, caso ainda não tenha tido.

Quando os sintomas aparecem, o vírus já está começando a desaparecer das fezes, a fase de maior transmissibilidade já está terminando. Mesmo assim, recomenda-se um período de isolamento (não ir à escola, creche, trabalho, etc.) de mais ou menos sete dias, a partir do início dos sintomas. Uma característica importante é que esse tipo de hepatite não se torna crônica.

A vacina contra a hepatite A é uma das mais seguras vacinas disponíveis, praticamente isenta de reações e confere 100% de proteção. A vacina está indicada para todas as crianças a partir de 1 ano de idade, em duas doses, por via intramuscular, com intervalo de 6 meses entre elas. No adulto, não há limite superior de idade para receber a vacina. Nos pacientes que já possuem imunidade contra o vírus da hepatite A (documentada através de exame de sangue especifico), a vacinação não é necessária. A vacina contra a hepatite A pode ser feita concomitante a qualquer outra vacina, sem interferência. 

Hepatite B

É causada pelo vírus B (chamado também de VHB). Uma vez dentro do organismo humano, o vírus ataca os hepatócitos – as células do fígado – e começa a se multiplicar, levando à inflamação do órgão. É considerada uma doença sexualmente transmissível e é a que mais acomete a área odontológica. Pode se desenvolver de duas formas, aguda e crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração podendo não apresentar sintomas. A forma crônica também pode não apresentar sintomas aparentes, entretanto há uma grande probabilidade de desenvolver doenças como cirrose hepática e câncer de fígado, os profissionais de saúde consideram a forma crônica quando a doença dura mais de quatro meses. O risco da doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção. As crianças são as mais afetadas.

As formas de transmissão do vírus B: sexual, sanguínea e vertical.

Transmissão sexual: Por ser considerada uma doença sexualmente transmissível (DST), pode ser transmitida de pessoa a pessoa por meio do contato com sêmen, saliva e secreções vaginais durante relação sexual desprotegida. Isso acontece porque o vírus atinge concentrações muito altas em secreções sexuais. Transmissão sanguínea ocorre por meio do compartilhamento de seringas com sangue contaminado, que é uma prática comum entre usuários de drogas injetáveis, em acidentes com material perfurante contaminado, entre trabalhadores da área da saúde, por meio de pequenos ferimentos presentes na pele e nas mucosas. Transmissão vertical é quando a contaminação acontece de mãe portadora do vírus B para a criança, que se dá durante o parto.

Os principais sintomas da doença: Dor abdominal, urina escura, febre, dor nas articulações, perda de apetite, náusea e vômitos, fraqueza e fadiga. Esses sintomas vão melhorando aos poucos, geralmente duram alguns dias e desaparecem, essa fase inicial com sintomas e com alteração dos exames de sangue é chamada de Hepatite Aguda, nessa fase o seu sistema imunológico consegue combater o vírus facilmente.

A hepatite fulminante acontece no período de hepatite aguda onde é conhecida como hepatite aguda grave, é uma das inflamações mais graves do fígado e tem grande incidência de morte. Esta doença se caracteriza por sua rapidez, onde um indivíduo aparentemente sadio pode ficar profundamente doente em poucos dias, desenvolvendo os sintomas característicos da hepatite, necessitando de internamento hospitalar.

As causas da hepatite fulminante podem ser doenças autoimunes, hepatite A ou B e o uso de medicamentos como antibióticos, antidepressivos, remédios para diabetes, analgésicos como o Paracetamol. Como esta doença não é causada por vírus ou bactérias, a hepatite fulminante não é contagiosa.

A hepatite B crônica acontece quando o corpo não consegue combater o vírus B, permanecendo com infecção ativa, caracterizando a forma crônica da doença, que pode evoluir para problemas mais graves no fígado, a exemplo da cirrose e do câncer.

A maioria das crianças infectadas durante o parto ou até os cinco anos de idade não conseguem eliminar o vírus e apresentam hepatite B crônica.

Além de ser mais grave, é também mais traiçoeira, pois pode passar despercebida por décadas. Muitas pessoas não apresentam os sintomas de fase aguda. Quando entram em contato com o vírus e ele permanece sem causar sintomas, porém causando destruição progressiva do fígado.

O tratamento para a hepatite B aguda é repouso e aconselhamento ao doente a não consumir bebidas alcoólicas e alimentos ou medicamentos que possam ser tóxicos para o fígado.

Se a hepatite B evolui para uma doença crónica pode fazer-se o tratamento com interferon ou com medicamentos que têm como objetivo interromper a multiplicação do vírus e estimular a destruição das células infectadas. Como por exemplo:  Lamivudina, Adefovir Dipivoxil.

Interferons são glicoproteínas produzidas por células infectadas por vírus. Age diretamente contra o vírus e também aumenta a resposta imune.

Lamivudina e Adefovir são análogos nucleosídeos inibem a multiplicação do vírus HBV bloqueando a ação da enzima chamada transcriptase reversa. Mas necessitam de administração mais prolongada do que o interferon para se obterem taxas de resposta semelhantes.

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