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O FILME PEREGRINO

Por:   •  18/4/2019  •  Resenha  •  1.953 Palavras (8 Páginas)  •  1.221 Visualizações

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UNIAGES

CENTRO UNIVERSITÁRIO

BACHARELADO EM ODONTOLOGIA

FERNANDO JOSÉ SANTANA CARREGOSA

O PEREGRINO

Fichamento apresentado no curso de Odontologia no Centro Universitário AGES como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina de Tópicos de Periodontia no 5º período, sob a orientação da Professora Vanessa Tavares da Silva Fontes.

Paripiranga-BA

Setembro, 2018

Referência bibliográfica:

BUNYAN, John; traduzido por Eduardo Pereira e Ferreira. O PEREGRINO. São Paulo: Mundo Cristão, 2013.

Texto dissertativo:

O autor John Bunyan (1628-1688) foi um pregador puritano batista, nascido na Inglaterra. Por não ser um ministro ordenado pela Igreja da Inglaterra, ele foi sucessivamente encarcerado por causa de sua atividade de pregação, tendo passado um total de 12 anos na prisão, quando escreveu a maioria de seus livros. Com uma fértil e poderosa imaginação, Bunyan era um escritor nato e incansável, tendo escrito cerca de 60 livros, entre eles a sua obra-prima, O peregrino – em duas partes, a primeira em 1678 e a segunda, A peregrina, em 1684 –, que se tornou o livro mais publicado do mundo, com exceção da Bíblia. A obra é uma reflexão sobre a vida, sobre tudo que se pode passar, baseado na Bíblia.

Vi também que ele olhava para um lado e para o outro, como se pretendesse correr, porém permanecia imóvel, pois, como percebi, não conseguia decidir que caminho tomar.

Pois fixe o olhar nessa luz, e suba direto até lá. Ao chegar, você verá a Porta (BUNYAN, p. 19).

Um os grandes desafios do ser humano é encontrar seu caminho, o propósito ou perspectiva para a vida. A busca, muitas vezes sozinho, traz a todos muitos momentos de incertezas, fraquezas e muita inquietação, das quais as respostas e a  orientação ao caminho correta podem estar acessíveis a todos, em um livro, o qual é muito difícil de interpretar, mas, ao encontrar a orientação correta, este abrirá a as cortinas dos mistérios entre a vida na terra e a eternidade. Refletindo dessa forma, Bunyan (2013, p. 20) faz um convite: se vocês vierem comigo, e o alcançarem, desfrutarão também, assim como eu, pois lá para onde vou há bastante e de sobra. Venham e comprovem as minhas palavras.

Ter a certeza de estar no caminho certo requer muita fé e confiança, se verdadeiramente mostrar-se disposto a tê-la, ele irá conceder gratuitamente. Mas para ser forte na fé, é necessário superar os caminhos mais tortuosos, à medida que o pecador desperta para sua perdição, surgem em sua alma muitos medos, dúvidas e desanimadoras preocupações, e todas se reúnem e se acomodam num lugar, um terreno pantanoso, o qual pode prender a fé, enfraquecendo-a.

O mesmo ocorre a outros fracos, que se metendo com coisas elevadas demais para si, caem subitamente nessas mesmas dificuldades, que não só castram os homens, como vejo que as suas lhe fizeram, mas os levam a aventuras desesperadas para alcançar nem eles sabem o quê. Entregando-se a igrejas das mais diversas, com cultos constantes ao dinheiro e a cura física e material, acabam a enterrar a verdade, mantendo seus seguidores atolados no pântano da enganação e do sonho.

Mas eis que, quando já se aproximava da colina, esta lhe pareceu tão alta, e, além disso, a encosta mais próxima do caminho pendia a tal altura, que Cristão teve medo de se aventurar mais, temendo que a colina lhe caísse sobre a cabeça. Portanto ali ficou imóvel, sem saber o que fazer. O fardo agora lhe parecia mais pesado do que quando ele seguia seu caminho (BUNYAN, p. 27).

Se um homem se esforça por convencê-lo de que isso será a sua morte, você deve odiar tal doutrina, pois sem a verdade você não pode ter vida eterna, é o que lembra Bunyan (2013, p. 29). Muitos desistem e voltam para casa, para a acomodação, outros se desviam e tomam o caminho da morte. Convencidos pelos argumentos mundanos oferecidos hoje pela internet, TV, círculos de pessoas que não temem a Deus e ambientes pouco desconectados com o sentido real da vida.

Todos carregam um fardo, talvez alguns ainda não tenham sentido o peso dele, porque, por estarem distraídos com a correria da vida, não pararam para olhar as próprias costas, mas quando o fizerem, terão de contentar-se em carregá-lo, até chegar ao local da libertação, pois lá por si só cairá de suas costas. Bunyan (2013, p. 35-36) afirma, guarde bem o que viu, para que não encontre, durante a sua jornada, alguém que finja estar encaminhando você ao rumo certo, quando na verdade o está levando à ruína e à morte. A alma se faz limpa pela fé, preparando-se consequentemente para que o Rei da Glória a habite.

Pessoas que não tem fé, veem o provérbio “Mais vale um pássaro na mão que dois voando” tem para eles mais autoridade do que todos os testemunhos divinos do bem do mundo que há de vir. A paciência exibe a sabedoria mais perfeita, e isso por duas razões. Primeiro porque aguarda as melhores coisas. E, segundo, porque também terá a glória, enquanto ao outro nada resta senão farrapos. A fé é parceira da paciência, pois necessita constantemente dela para conseguir sobreviver, manter-se acesa, na certeza de que não é melhor cobiçar as coisas que hoje existem, mas esperar pelas que virão. Portanto é necessário distanciar de todas as promessas, e como Bunyan (2013, p. 41) reflete, meus pecados também me vieram à mente, e minha consciência me acusava a cada passo.

Há pessoas que escolhem pegar um atalho ao invés de seguir o caminho correto, deixar de passar pela porta, para pular o muro, entrando por conta própria, ou pensando que conseguiram entrar. Estes, ao final, nunca virão a ser tidos como homens verdadeiros. Entraram por conta própria, sem a orientação dele, e seguirão por conta própria, sem a misericórdia dele. Do ponto de vista de Bunyan (2013, p. 46) “Observe a formiga, preguiçoso, reflita nos caminhos dela e seja sábio!”.

Quantos passos não dão em vão. Quanto já não poderia ter avançado no caminho em todo tempo já caminhado. De qualquer modo, deve agradecer a Deus por estar onde chegou. O homem, por sua conduta, pode logo derrubar aquilo que por argumentos ou persuasão tenta impor aos outros, para o próprio bem deles. Se o caminho estiver difícil, muito tortuoso e lembre-se do verso da Bíblia levantado por Bunyan (2013, p. 66) “Embora ande pelo Vale da Sombra da Morte, não temerei mal nenhum, pois tu estás comigo”. Portanto, prefira atravessar o vale rumo à honra que os mais sábios tanto valorizam a escolher aquilo que ele estimava mais digno do nosso afeto.

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