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TÉCNICAS DE CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

Por:   •  12/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.171 Palavras (5 Páginas)  •  108 Visualizações

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Fundamentos para Atenção à Criança I

TÉCNICAS DE CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO INFANTIL

O uso de técnicas de manejo comportamental é muito importante para desmistificar o tratamento odontológico, para que a criança tenha uma boa impressão das consultas odontológicas, reformulando a imagem de que a odontologia traz apenas experiências desagradáveis. Dessa forma, o profissional pode utilizar técnicas não farmacológicas que podem ser divididas em restritivas e não restritivas (PALHARES, 2019). Segundo Lopes (2019), as técnicas não restritivas incluem a comunicação, controle de voz, dessensibilização, dizer-mostrar-fazer, distração, modelagem e reforço positivo:

COMUNICAÇÃO VERBAL: A comunicação verbal consiste em explicar verbalmente para a criança como será o procedimento. Contudo, para garantir que o resultado seja eficaz é importante que a comunicação ocorra de uma única fonte, pois se a criança ouvir várias pessoas falando o resultado pode ser indesejado, para prevenir que a mesma se confunda.

TÉCNICA DIZER-MOSTRAR-FAZER: A técnica do dizer-mostrar-fazer consiste em dizer para a criança o procedimento que será realizado, mostrar os instrumentais e demais materiais que serão utilizados e “fazer” consiste na execução do procedimento. A linguagem utilizada deve ser de acordo com a idade de cada criança. A utilização do humor relacionada a técnica do dizer-mostrar-fazer ajuda a quebrar a tensão no consultório, principalmente quando associada a diversão através de brincadeira, jogos, rimas, dentre outras, parecem conquistar a atenção das crianças.

MODELAGEM: A modelagem é a técnica utilizada para mostrar a uma criança o comportamento de outra ao ser atendido pelo cirurgião dentista. Trata-se de uma técnica muito usada em clínicas de faculdade de odontologia, onde os acadêmicos atendem muitas crianças ao mesmo tempo, e é possível usar como modelo alguma criança que esteja se comportando bem e aceitando o tratamento. O aprendizado das crianças é baseado na observação e imitação de outras pessoas, também sendo possível a utilização de irmãos ou membros da família.

DESSENSIBILIZAÇÃO: Na técnica da dessensibilização, o planejamento utilizado para que se obtenha sucesso na boa relação com a criança, é iniciar o tratamento com o procedimento menos invasivo, que possua menor potencial de gerar medo e ansiedade. Dessa forma, o profissional irá desfrutar de tempo para estabelecer uma maior interação social e de certa maneira registrar as manifestações de comportamento durante a execução dos procedimentos.

DISTRAÇÃO: A técnica da distração muda o foco de visão do paciente para o mesmo não preste atenção exclusiva no procedimento realizado. O uso de desenhos animados, música e historinha são exemplos de distração. Também é possível que o cirurgião dentista mude o tom de voz ao falar com a criança, deixando-a menos tensa.

REFORÇO POSITIVO: O reforço positivo é uma técnica que consiste em recompensar o paciente por bons comportamentos de cooperação e automaticamente abre espaço para marcar novas consultas. Essa recompensa pode ser coisas simples como um pirulito, adesivos, balão, escova de dente, dentre outros.

As técnicas de manejo comportamentais não farmacológicas são eficientes na redução do medo do consultório odontológico e do cirurgião dentista. É fundamental que o odontopediatra compreenda as técnicas e a utilidade de cada uma, para tornar as consultas e procedimentos o menos traumático possível para a criança.

TECNICAS ANESTÉSICAS EM ODONTOPEDIATRIA

DISTRAÇÃO PARA ANESTESIAR A CRIANÇA: No momento da anestesia deve ser usadas técnicas de distração, como histórias, músicas, monólogos para que o foco e a atenção sejam desviados. A criança não deve ver a agulha.

MATERIAIS UTILIZADOS: Os materiais usados para a anestesia devem estar organizados previamente ao atendimento e cobertas por um campo estéril para evitar com que o paciente veja agulha ou outros instrumentais que cause medo e ansiedade.

Seringa carpule com auto aspiração

Solução de clorexidina a 0,12%

Tubetes anestésicos

Rolinho de algodão esterilizado

Anestésico tópico de sabor agradável, evitando o sabor de menta devido seu ardor.

Abridor de boca com amarria de fio dental para evitar deglutição

Agulha curta e extra curta.

Gaze estéril

TIPO DE AGULHA: Curta ou Extracurta.

PRINCIPAIS TECNICAS ANESTÉSICAS EM ODONTOPEDIATRIA:

TÓPICA

Colocar o anestésico sobre a mucosa seca e deixar no local por, pelo menos, dois minutos para atingir o efeito máximo.

MAXILA-INFILTRATIVA

A agulha deve penetrar na região de fundo de sulco e ser inserida na profundidade dos ápices dentais. A Introdução ao atendimento odontológico infantil solução é depositada supraperiostal e, por difusão, se infiltra através do osso alveolar para alcançar o ápice da raiz. Na região anterior superior nas crianças menores, é recomendável o uso das agulhas extracurtas.

INTERPAPILAR OU PAPILAR

A punção da agulha é na papila gengival por vestibular, que já deve estar anestesiado pela técnica infiltrativa, injetar apenas algumas gotas do líquido anestésico e, a seguir, passar a agulha pelo palatino e continuar aplicando a anestesia do local já anestesiado para os pontos ainda não anestesiados.

BLOQUEIO REGIONAL MANDIBULAR

Anestesia os dentes inferiores até a linha média, corpo da mandíbula, mucosa anterior ao primeiro molar inferior e 2/3 da língua, assoalho. Ela permite o tratamento por quadrante em uma consulta. Para o bloqueio alveolar inferior, posicionamos o dedo na depressão entre a linha oblíqua externa e lateralmente à fossa da mandíbula. Se já houver a presença do primeiro molar permanente, direcionamos a agulha 1 cm acima do plano oclusal.

BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR

Não é uma técnica usual na odontopediatria, e sim uma alternativa para a técnica de bloqueio do nervo alveolar inferior. Ao injetar anestésico no forame mentual, a solução difunde-se pelo canal mentual e bloqueia o nervo alveolar inferior. Anestesia a gengiva vestibular, mucosa do mento e lábio inferior.

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