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A SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÓLVULO-GÁSTRICA EM CÃES: REVISÃO DE LITERATURA

Por:   •  3/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  99 Visualizações

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SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÓLVULO-GÁSTRICA EM CÃES: REVISÃO DE LITERATURA

Náthaly Larissa Oliveira do NASCIMENTO¹.

Palavras-chaves: Medicina Veterinária, Dilatação vólvulo-gástrica, Cães.

A síndrome dilatação-vólvulo gástrico (DVG) é uma condição  clínica-cirúrgica emergencial,  aguda e potencialmente mortal, caracterizada pelo aumento do tamanho gástrico associado à rotação em seu eixo mesentérico acometendo principalmente cães grandes e gigantes com tórax estreito. Esse aumento da pressão intragástrica desencadeia distúrbios fisiopatológicos locais e sistêmicos que levam à morte do animal. Esse artigo objetiva realizar uma revisão bibliográfica das informações existentes acerca do tema, trazendo  informações relevantes e expondo deste modo seu sobre  os  fatores  de  risco,  fisiopatologia,  diagnóstico  e  tratamento a fim de resumir as mais importantes para os médicos veterinários que buscam um consistente entendimento do assunto. Foram utilizados artigos científicos pesquisados no Google Acadêmico, Pubvet e livros da área de clínica e cirurgia veterinária. A dilatação gástrica, geralmente acompanhada por vólvulo, constitui afecção aguda e de alto risco de mortalidade em cães caracterizada por posicionamento inadequado do estômago, acúmulo rápido de ar intraluminal, pressão intragástrica aumentada e choque.  Como resultado da torção gástrica, o estômago comprime as veias caudal e porta, resultando em severa redução da perfusão tecidual, afetando múltiplos órgãos, incluindo o sistema respiratório e cardiovascular. Diante desses fatores, as altas taxas de mortalidade tornaram-se uma realidade, portanto, quanto mais cedo o paciente for internado e diagnosticado, maior a chance de sobrevida. O piloro e a cárdia são as referências de referência para determinar o grau de rotação, onde se analisa o desvio do eixo longitudinal, que geralmente se situa entre 270 e 360 ​​graus. Se a rotação for inferior a 180 graus, ela é determinada como "torcida" e rotações maiores são determinadas como volvo. A etiologia da torção da dilatação gástrica é multifatorial, e as principais teorias são geralmente baseadas na obstrução da saída do alimento gástrico dentro do piloro, anormalidades gástricas e movimentação do animal após ingestão de alimento, água e ar. A suscetibilidade genética tem sido relatada como um fator de suscetibilidade, pois está associada à variação anatômica entre o esôfago e o estômago, o que pode contribuir para o desenvolvimento da síndrome. A dilatação do volvulo gástrico raramente afeta cães de pequeno porte e felinos.Em relação ao sexo e tamanho corporal, os machos de grande porte e/ou abaixo do peso são mais suscetíveis. Suas manifestações clínicas são dor, distensão abdominal com sons timpânicos, vômitos fracos, pulso fraco, ansiedade, apatia, fraqueza e arritmia, que rapidamente colocam o animal em estado de choque com potencial de letalidade devido à diminuição do débito cardíaco, a hipóxia celular e necrose de órgãos como estômago e baço. O diagnóstico é feito inicialmente pela investigação da história clínica e dos sinais clínicos, com ênfase na distensão abdominal; seguido de radiografia e exames laboratoriais, como hemograma, características bioquímicas e eletrocardiograma. O tratamento consiste principalmente em estabilizar o paciente, reduzir os sintomas e, em seguida, tratar cirurgicamente as complicações da doença.O tratamento cirúrgico recomendado é a gastrectomia parcial de fundo de estômago com o objetivo de avaliar o estômago e o baço para remover possíveis tecidos necróticos, liberar o estômago e posicioná-lo na orientação correta e, finalmente, fixá-lo à parede abdominal para evitar recorrência (gastropexia). Por se tratar de uma doença com alto índice de letalidade, os veterinários devem orientar os proprietários de raças de cães suscetíveis sobre o manejo adequado para evitar a síndrome, bem como reconhecer os sinais clínicos e buscar ajuda aos primeiros sinais para otimizar as chances de sucesso do tratamento.

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