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ANÁLISE HEMATOLÓGICA DE CÃES INFECTADOS NATURALMENTE POR ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE UBERABA ENTRE 2004 E 2006

Por:   •  17/5/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  356 Visualizações

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ANÁLISE HEMATOLÓGICA DE CÃES INFECTADOS NATURALMENTE POR Ehrlichia spp. ATENDIDOS NO HOSPITAL VETERINÁRIO DE UBERABA ENTRE 2004 E 2006

 

MARCELLE LOURENÇO BANDEIRA[1]; MÁRCIO DE CASTRO MENEZES[2]; RODRIGO SUPRANZETTI DE REZENDE[3]; JOELY FERREIRA FIGUEIREDO BITTAR3; THALIA DE CAMARGO ALVES[4]; NEÍZA PINTI AMÂNCIO4

ABSTRACT: BANDEIRA, M.L.; REZENDE, R.S.; MENEZES, M.C.; BITTAR, J.F.F.; ALVES, T.C.; AMÂNCIO, N.P. Hematology avaliation of dogs naturaly infected with Ehrlichia spp. attempted at Hospital Veterinário de Uberaba from 2004 to 2006. The Erhlichiosis is a important desease caused by Ehrlichia spp, an intracitoplasmatic bacterial that parasite a lot of species. Becouse of inespecific signs and diferents alterations in the laboratory examination, the erliquiosis diagnostic it’s very difficult. Thus, this study demonstred and discussed the haematologic alterations from dogs positive for erliquiosis. Thirty-eight dogs were attempted with clinic signs of ehrlichioses diagnosticated by cytological method and their hemogramas were analised. The main ones had been: anaemia normocytic normochromic, normal leukocytes (42,1%), leukocytosis (18,4%) leukopenia (39,5%), neutrophils normal (50%), neutrophily (23,7%), neutropeny (26,3%), normal lymphocyte (42,1%), lymphopenia (57,9%), normal monocyto (44,8%), monocytosis (13,1%), monocytopenia (42,1%), eosinophilia (2,6%) normal eosinophils (34,2%) eosinopenia (63,2%).

KEY WORDS: Ehrlichia spp., dog, hematology.

INTRODUÇÃO

O gênero Ehrlichia, pertencente à família das Rickettsiaceae, constitui bactérias intracitoplasmáticas de leucócitos ou trombócitos3. As espécies encontradas nos cães são: E. canis, Anaplasma phagocytophylum (E. phagocytophyla, E. equi e E. chaffeensis) e Anaplasma platys (antiga E. platys) que são transmitidas por carrapatos como R. sanguineus e/ou moscas6,1. Os carrapatos também podem veicular hemoparasitas como Babesia e Hepatozoon.  Os animais acometidos pela riquetsia e/ ou hemoparasitas apresentam sinais clínicos muito semelhantes como anemia, hemoglobinúria, icterícia, sangramentoo nasal e de ponta de orelha, além de áreas de petéquias pelo corpo o que dificulta a diferenciação clínica das enfermidades2,5. Nesse sentido os exames laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico da erliquiose.  Em virtude da inespecificidade e variabilidade dos sinais clínicos, e achados laboratoriais a erliquiose torna-se uma doença de difícil diagnóstico6. Portanto, o objetivo deste trabalho foi observar as principais alterações hematológicas de animais infectados naturalmente com Ehrlichia spp atendidos no Hospital veterinário de Uberaba.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um estudo retrospectivo a partir da análise de hemogramas de 38 cães atendidos Hospital Veterinário de Uberaba entre os anos de 2004 a 2006 positivos para Ehrlichia pela observação de mórulas no esfregaço sangüíneo de ponta de orelha. Os hemogramas foram realizados em contador automático de células CELM CC-530 a partir de amostras de sangue colhidas em tubos vacutainer com EDTA. Lâminas de esfregaço sangüíneo também foram confeccionadas e coradas pelo Panótico para contagem diferencial de leucócitos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As alterações laboratoriais observadas nos hemogramas estão discriminadas na tabela 1. Dezesseis animais (42,1%) apresentaram anemia normocítica normocrômica, porém, 13 animais (34,2%) não apresentaram alteração eritrocitária. Em contrapartida, a proteína plasmática total se manteve dentro da faixa de normalidade em 20 (52,6%) animais, 7 (18,4%) apresentaram aumento das proteínas plasmáticas e 11 (29%) tinham hipoproteinemia. Um achado comum em cães com erliquiose é o aumento de proteínas totais devido a uma maior produção de globulinas principalmente IgM8,9. Porém a hiperproteinemia não foi um achado comum nos animais avaliados. Apesar das plaquetas serem importantes no diagnóstico da erliquiose nem todas amostras sanguíneas tiveram plaquetas avaliadas. Somente sete amostras tiveram a contagem de plaqueta realizada onde pode-se observar que apenas um animal tinha plaquetas aumentadas, dois diminuídos e quatro normais. No leucograma, notou-se que os leucócitos totais apresentavam-se normais em 16 (42,1%) animais e diminuídos em 15 (39,5%). Apenas 7 (18,4%) animais positivos para Ehrlichia tinham leucocitose. Praticamente a mesma proporção foi encontrada em relação aos monócitos, ou seja, 17 (44,8%) estavam normais, 16 (42,1%) apresentavam-se com monocitopenia e 5 (13,1%) com monocitose. Na contagem de neutrófilos, foi observado valores de neutrófilos dentro da normalidade em 19 (50%) animais, neutrofilia em 9 (23,7%) e neutropenia em 10 (26,3%) animais. Segundo a literatura, a maioria dos animais infectados com Erlichia spp possuem leucopenia, podendo porém, apresentar leucocitose neutrofílica na fase inicial da doença e também monocitose2,7,4. Nenhum animal analisado apresentou linfocitose, porém 22 (57,9%) apresentaram linfopenia e 16 (42,1%) não apresentaram nenhuma alteração nos valores de linfócitos. A erliquiose numa fase crônica pode levar a exaustão medular compromentendo assim a imunidade do animal e favorecendo o aparecimento de outras doenças virais, bacterianas ou mesmo parasitária. Assim, a linfopenia observada pode ser devido a um processo viral secundário ou representar uma alteração da própria doença, já que 50% dos cães com erliquiose apresentam linfopenia1. Diante do exposto, conclui-se que a erliquiose é uma doença de diagnóstico clínico e laboratorial difícil, pois além da inespecificidade e variabilidade dos sinais clínicos, há diferentes alterações hematológicas que se relacionam principalmente com a fase da doença em que o animal se encontra e com a espécie infectante e/ou infecções secundárias. Assim, devemos sempre recorrer à técnicas de diagnósticos mais confiáveis como a presença do parasito em esfregaço de ponta de orelha (sob forma de mórulas acidófilas maiores ou corpúsculos basofílicos menores)1 ou diagnóstico sorológico.

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