Emergencias e cuidados intensivos em pequenos animais
Por: jeffdornelas • 10/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 876 Palavras (4 Páginas) • 1.317 Visualizações
Emergência e cuidados intensivos em pequenos animais
- Uma urgência pode se tornar uma emergência! (Dependendo do tempo de espera)
Materiais necessários em um ambiente de cuidados intensivos (internação ou emergência)
- Fonte de oxigênio;
 - Mascaras faciais;
 - Laringoscópios e sortimentos de lâminas (para laringoscópio);
 - Tubos endotraqueais;
 - Cateteres;
 - Ambu;
 - Aparelho de anestesia;
 - Estetoscópio;
 - Glicosímetro;
 - Centrífuga (hematócrito);
 - Esfignomanômetro;
 - Aquecedor;
 - Bomba de infusão;
 - Aparelho de hemogasometria;
 - Incubadora neonatal;
 - Analisador de lactato;
 - Monitor multiparâmetros;
 - Lanterna;
 
- Lactato: quanto mais baixo pior o estado do paciente! (confirmar informação*).
 
TRIAGEM
- Método de classificar pacientes; permite a identificação e o tratamento rápido de problemas que ameaçam a vida do paciente;
 - Pacientes classificados como atendimento de urgência devem ser atendidos em até no máximo 1 hora.
 - Pacientes que implicam riscos de morte devem ser encaminhados diretamente para emergência.
 
ABCD do trauma: fazer avaliação primária rápida com atenção para o ABCD do trauma, sendo:
A = Air Way – Vias respiratórias;
B = Breathing – Respiração;
C = Circulation – Circulação;
D = Drogas de emergência;
- A = Determinar se as vias aéreas estão livre e se animal está conseguindo respirar, se há obstrução (caso haja, limpar, entubar e ventilar).
 - B = Se o animal está respirando, a respiração dele é eficaz? Administrar oxigênio, classificar padrão respiratório, frequência respiratória, cianose, taquipnéia ou apneia.
 - C = Canular veia, para suporte de fluidoterapia e administração de drogas de emergência, pode ser intratraqueal, intravenosa ou intraóssea e massagem cardíaca.
 - D = Drogas para melhorar a frequência cardíaca e aumentar pressão.
 
Massagem cardíaca, sempre acompanhada de massagem abdominal (isso auxilia da pressão diafragmática que ajuda no retorno respiratório)
Após ABCD
- Avaliar mucosas, podendo estar:
 
Hipocoradas – que podem indicar: má perfusão, choque, dor, anemia;
Cianótica – que podem indicar: comprometimento cardiorespiratório;
Hipercoradas – que pode indicar: intoxicação;
- Avaliar TPC (Tempo de preenchimento capilar): pressionar mucosa gengival e esperar até que a mesma retorne a coloração inicial, o tempo normal é de 1 a 1,5 seg;
 
Determinar a qualidade do pulso – pulso femoral
- Avaliar frequência cardíaca:
 - taquicardia
 
> 160 bpm para raças grandes;
> 180 bpm para raças pequenas;
> 200 bpm para filhotes;
> 220 bpm para felinos;
- bradicardia
 
< 60 bpm em cães;
< 80 bpm em felinos;
Determinar a temperatura corpórea: Hipotermia – 35ºC (aquecer)
Hipertermia – 41ºC (resfriar)
Avaliação neurológica: buscar evidências de traumatismo, presença de nistagmo, oscilação da cabeça, midriase, míose, RPL, nível de consciência, etc;
Tratamento de feridas e lesões;
CHOQUE
Choque hipovolêmico: volume sanguíneo baixo e pouco retorno venoso. Deve ser tratado com fluidoterapia intensa.
Volume sanguíneo:
Cão: 80 a 90 mL/Kg
Gato: 50 a 60 mL/Kg
Choque cardiogênico: caracteriza-se por um estado de baixa perfusão tecidual, mas com adequado volume sanguíneo intravascular, devido à dificuldade na contração do músculo cardíaco, há comprometimento no debito e no suprimento dos diversos tecidos. Nesse caso não deve-se administrar fluidoterapia.
Choque séptico: Tratamento é basicamente antibioticoterapia.
Monitoração Sistema Cardiovascular
- Parâmetros:
 
- Coloração da mucosa;
 - TPC;
 - Frequência cardíaca: número de batimentos em 15 seg., multiplicado por 4;
 - Aferição do pulso: ideal palpar pulso enquanto se faz a auscultação cardíaca;
 - Temperatura retal: extremidades frias, sugerem vaso constrição;
 
ECG (Eletrocardiograma) – registra atividade elétrica no coração e arritmias.
Dicas para mensurar PAS:
- Largura do manguito para mensurar pressão deve ser cerca de 40% da circunferência do membro;
 - Sempre justo, porém não apertado;
 - Colocar o manguito no meio do membro anterior, na base da cauda ou abaixo do joelho;
 - Pressão sistólica normal – 80 a 150 mmHg.
 
Monitoração Sistema Respiratório
Parâmetros:
- Auscultação respiratória;
 - Frequência respiratória – 15 a 30 mpm;
 - Padrões respiratórios: Taquipnéia, apnéis, hipoventilação, hiperventilação.
 - Sons anormais: crepitações, sibilos, etc.
 - Observar cianose em mucosas.
 
TRANSFUSÃO SANGUINEA
- Respeitar tempo de administração de cada componente sanguíneo (concentrado de hemácias, sangue total fresco, concentrado ou papa de plaquetas, plasma fresco congelado)
 - Se possível realizar teste de compatibilidade sanguínea (teste de reação cruzada)
 - Administração de corticoides em doses imunossupressoras para evitar reações.
 - Monitorar parâmetros físicos a cada 1 hora, durante a transfusão e nas primeiras 1-2 horas subsequentes (tºC, taquipneia e taquicardia).
 
FLUIDOTERAPIA
Objetivos:
- Hidratação;
 - Restaurar volume sanguíneo circulante;
 - Corrigir desequilíbrios eletrolíticos ou ácido-básicos.
 
Tipos de Fluídos:
Cristalóides isotônicos – níveis de sódio equivalentes ao plasma – soro fisiológico NaCl 0,9%.
Cristalóides hipotônicos – níveis de sódio inferiores ao do plasma; Ringer e Ringer Lactato.
Cristalóides hipertônicos – possuem concentrações de sódio ou glicose maiores que do plasma; solução de NaCl a 7,5%, manitol, hipertônico de glicose.
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