Responsabilidade técnica em supermercados

---

Médico Veterinário como Responsável Técnico na Garantia da Segurança Alimentar em Supermercado

Alessandro Brito; Erika Barbosa; João Nilo; Karielly Melo; Rebeca Santos; Rinaldo de Andrade; Rodolfo Dias; Wanessa Roque.

Professor (a) Fomentador (a) da Turma 1B M.V.: Erika Korinfsky Wanderley

 E-mail : [e-mail]

Instituto Brasileiro de Gestão e Marketing (IBGM)

Instituto Brasileiro de Saúde (IBS)

Curso Medicina Veterinária – Semana Interdisciplinar 2015.1

Recife, PE.

Palavras-chave: Responsável Técnico, Interdições, Segurança Alimentar, Vigilância Sanitária.

Introdução

Em um país que é grande produtor de alimentos e o maior exportador de carne bovina e de frango para países exigentes do chamado ¨primeiro mundo¨, era de se esperar que a sociedade brasileira desse valor ao trabalho do médico veterinário como um ator importante na prevenção de doenças, considerando o cenário reinante no qual a precária saúde pública é predominante.

Todos os produtos precisam passar por inspeção e na maioria das vezes quem realiza esse monitoramento é um veterinário... Alimentos de origem animal como: o leite, a carne o peixe, o mel e os ovos dentro de um supermercado passam por um rígido controle higiênico sanitário realizado por este profissional, com o intuito de prevenir riscos de perigos como: os biológicos (bactérias e vírus), os químicos (desinfetantes) e os físicos (pelos e cabelos), com isto o médico veterinário contribui na segurança dos alimentos desde a produção até mesa do consumidor.

Podemos observar que o homem na sua evolução vem aprimorando suas normas sanitárias e assim resguardando que a população tenha acesso a um alimento de qualidade e que não traga malefício a sua saúde. Calderari et al (2001)

Limites de carga horária: O profissional poderá comprometer seu tempo no máximo com carga horária de 56 (cinquenta e seis) horas semanais. Assim, o número de empresas que poderá assumir como Responsável Técnico (RT) dependerá da quantidade de horas que consta do contrato firmado com cada uma, bem como do tempo gasto para deslocamento entre uma e outra empresa. A carga horária mínima para Pessoa Jurídica é de 06 (seis) horas semanais. (Manual do responsável Técnico – CRMV PE, Junho de 2001)

Entende-se por estabelecimento de produtos de origem animal, qualquer instalação ou local nos quais são abatidos ou industrializados animais produtores de carne, bem como onde são recebidos, manipulados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, acondicionados, embalados e rotulados com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, o mel e a cera de abelhas e seus derivados e produtos utilizados em sua industrialização.  (João Cleofas, 1952 - RIISPOA  Art. 8º pág. 2)

         Além de verificar as características organolépticas dos produtos como cor, odor, sabor, aparência... É importante verificar a qualidade da água, o controle da cor, alcalinidade e odor da água é realizado rotineiramente de acordo com a planilha de monitoramento, realizando a análise bacteriológica (Escherichia Coli, Coliformes Fecais e Coliformes Totais) e físico-químico (ph, cor, cloro, ferro, acidez, nitidez...), por laboratório licenciado para garantir a qualidade da água e um alimento de qualidade.

A manipulação das carnes nos frigoríficos deve ser monitorada por um RT para verificar o acondicionamento (resfriado ou congelado) dos produtos, qualidade do alimento, a espécie, higiene do colaborador e setor, equipamentos, cortes de modo geral (músculos e vísceras).

Os resíduos gerados são armazenados em lixeiras, a mesma deve ser devidamente  identificada para ser removida diariamente do supermercado e armazenadas em locais apropriados (fechados e isolados) para a coleta de resíduo. O supermercado deverá realizar dedetizações e apresentar os documentos de comprovação por empresa licenciada.         

Objetivo Geral

        Descrever as habilidades e competências da atuação do Médico Veterinário como Responsável Técnico em supermercados, para garantir um alimento de qualidade sem riscos de contaminação (física, química ou microbiológica) e seguro para o consumidor final.         

Objetivos Específicos

Informar quanto à importância da atuação do Médico Veterinário nos supermercados, as condições adequadas da área operacional, estrutural e documental.

Conscientizar sobre a importância da higienização correta do ambiente onde os alimentos serão manipulados, orientar os colaboradores quanto à higiene pessoal para garantir a qualidade dos alimentos, expor a necessidade de treinamento periódico dos trabalhadores que manipulam os alimentos durante todas as etapas de processamento, pois, somente através dessas informações, conscientizações e treinamentos é que se conseguirá  oferecer a venda de alimentos seguros, que satisfaçam o consumidor cada vez mais informado e exigente

Materiais e Métodos

Esta pesquisa foi realizada com base em documentos, entrevistas, regulamentos, legislações disponíveis na rede mundial de computadores: Conselho Regional de Medicina Veterinária - CRMV, Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA, Vigilância Sanitária - VISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco - ADAGRO, entrevistas com responsável técnico, vídeos, reuniões de grupo, discursões, dinâmicas, com finalidade de compreender o conteúdo e aplica-lo no dia- a dia.

        

Resultados e Discussão

O trabalho do Médico Veterinário vai muito além das clínicas e consultórios, por meio dos serviços prestados a sociedade no cuidado com a saúde e bem-estar dos animais, na preservação da saúde pública, na fiscalização e produção de alimentos de origem animal, bem como em atividades voltadas para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta, recolhendo os resíduos de maneira adequada, ou seja, realizando a coleta seletiva. A segurança alimentar é uma exigência universal, no Brasil, ainda se convive com uma vergonhosa dicotomia em relação a exigências. (Tatiana Ribeiro. Março de 2007)