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A Cadeia Agroindustrial da Soja

Por:   •  28/6/2022  •  Exam  •  2.216 Palavras (9 Páginas)  •  123 Visualizações

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CAMPUS DE TRÊS LAGOAS

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

KETLEN FERNANDA CESAR ALVES

LUDIMILA SANTOS SOUZA

SARAH LOPES DE ALBUQUERQUE

Cadeia Agroindustrial da Soja

TRÊS LAGOAS – MS

2022

Ketlen Fernanda Cesar Alves

Ludimila Santos Souza

Sarah Lopes de Albuquerque

Cadeia Agroindustrial da Soja

Trabalho apresentado ao professor Dr. Diego Gilberto Ferber Pineyrua para fins avaliativos da disciplina de Agronegócio do 7º período do curso de Engenharia de Produção da UFMS – CPTL.

TRÊS LAGOAS – MS

2022

Sumário

  1. Introdução 4
  2. Caracterização do mercado de produtos agroindustriais da soja  5
  3. Organização industrial da cadeia produtiva da soja 6
  4. Análise das transações no sistema agroindustrial da soja7
  5. Análise do ambiente institucional da cadeia produtiva da soja 8
  6. Considerações Finais9
  7. Referências 10

CADEIA AGROINDUSTRIAL DA SOJA

  1. Introdução

Em comparação com outras culturas agrícolas, a soja possui maior participação de valor de produção e uma das principais culturas em extensão territorial, de acordo com o IBGE. A liderança da soja na agricultura brasileira se deve principalmente pelo retorno econômico e versatilidade do grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis.

A produção de soja no Brasil iniciou-se no fim do século XIX e já em 1949, o país começou a aparecer como produtor mundial com uma produção de 25.000 toneladas. Em decorrência da melhor adaptabilidade na região Sul do país, em 1969, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina eram responsáveis por 98% de toda a produção brasileira (CONAB, 2014). As características geográficas do centro-norte do país contribuem para uma rápida expansão e uma crescente incorporação do cerrado nos mercados nacional e internacional. Além das questões naturais, a soja avança no Centro-Oeste e no Nordeste, por drivers econômicos e políticos (ESPÍNDOLA; CUNHA, 2015).

Atualmente, segundo dados do IBGE, disponível no Atlas Socioeconômico do RS, o maior produtor de soja no Brasil é o Estado de Mato Grosso que produz em média 20 milhões de toneladas por ano, seguido do Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás (Figura 1).

Figura 1 - Quantidade produzida de soja em grão no Brasil, média 2018-2020

[pic 1]

Fonte: Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul (2022).

Já no cenário internacional, nos últimos trinta anos, a soja passou a ser um dos grãos mais produzidos e consumidos no mundo, perdendo apenas para o trigo, o milho e o arroz (ESPÍNDOLA; CUNHA, 2015). De acordo com a Food and Agriculture Organization - FAO, em 2020, o continente americano foi responsável por 86,5% de toda soja produzida no mundo. O Brasil produziu 122 milhões de toneladas, sendo o maior produtor mundial. Em segundo está os EUA com 112 milhões. Juntos, Brasil e EUA são responsáveis por 66,3% de toda soja produzida no mundo (Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, 2022).

O presente trabalho tem como objetivo apresentar a cadeia produtiva da soja e seu contexto no ambiente organizacional, os principais elos que a compõem, como estão estruturados, o ambiente institucional, quais leis, normas e tradições influenciam o negócio e as principais transações utilizadas. As informações acerca da cadeia produtiva da soja foram retiradas de artigos, revistas e canais de notícias.

  1. Caracterização do mercado de produtos agroindustriais da soja

Existe uma diversidade de produtos à base de soja, porém, a demanda mundial pelo grão ainda é derivada do seu farelo proteico direcionado para a alimentação animal. Em outros termos, o portfólio de mercado para a soja cresceu, com a inserção de novos negócios, como os biocombustíveis, mas o óleo de soja ainda não possui efeito significativo nos preços da commodity (MANDARINO, 2015).

Na região centro-oeste, o Mato Grosso é o maior produtor de soja. Considerando a cadeia produtiva do óleo refinado, o Estado possui filial de uma das maiores empresas da indústria alimentícia, a Bunge, em Rondonópolis - MT, na qual é responsável pelo refino de óleo e processamento de soja. A Bunge Brasil trabalha no segmento de óleos vegetais, alimentos e grãos e compra a produção de mais de 17 mil agricultores em todo o país, entre eles três mil têm origem na agricultura familiar (JANKAVSKI, 2016). A Bunge atua em toda a cadeia produtiva do agronegócio indo do campo à mesa do consumidor. A empresa compra grãos, como a soja, e processa alimentos com óleos, margarinas, maioneses e azeite (JANKAVSKI, 2016).

O sistema de produção de óleos vegetais comestíveis é constituído por dois setores industriais: o processamento ou esmagamento e o refino. O primeiro relaciona-se diretamente com o setor agrícola e o segundo utiliza o derivado do esmagamento (óleo bruto) como matéria-prima para o processo a jusante, a produção de óleo refinado (FREITAS, 2000).

O suprimento de óleo de soja no Brasil diferencia-se dos demais itens do complexo soja, pois o mercado interno é o principal destino da produção. O óleo refinado pode ser destinado à exportação, a outras indústrias alimentícias, inclusive às responsáveis pela produção de gorduras hidrogenadas e ao mercado varejista (FREITAS, 2000).

  1. Organização industrial da cadeia produtiva da soja

A cadeia agroindustrial da soja segue o seguinte esquema apresentado na Figura 3 abaixo.

Figura 2 - Cadeia Produtiva da Soja[pic 2]

Fonte: SANTOS, 2010.

A indústria de insumos agrícolas representa a indústria produtora das matérias-primas necessárias para a produção de soja, tais como: fertilizantes, multiplicadores de sementes, maquinários e outros. Destaca-se a Monsanto, indústria produtora de tecnologias transgênicas. Já a produção agrícola envolve os produtores rurais e suas atividades “dentro da porteira” como análise e correção do solo, adubação, plantio, colheita e outros processos de produção primária de alimentos, fibras e energia (OLIVEIRA; CALEMAN; NAKASE, 2016).

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