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A Cultura do Trigo

Por:   •  16/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.575 Palavras (7 Páginas)  •  1.219 Visualizações

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  1. A Embrapa Trigo é uma das 47 Unidades Descentralizadas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a qual tem por missão Viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação na cadeia produtiva do trigo e outros cereais de inverno para a competitividade e sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira. Atualmente, nesta instituição estão sendo desenvolvidas pesquisas sobre: Manejo integrado da germinação pré-colheita em trigo no Brasil e Novas estratégias para manejo da brusone do trigo, dentre outros assuntos. Sobre esses temas, faça uma busca na literatura científica e responda:
  1. Qual a importância do desenvolvimento de pesquisas para manejo da germinação pré-colheita em trigo?

Pesquisas nessa linha são muito importantes, uma vez que o trigo é uma planta vivípara e que a germinação pré-colheita vem a ser um dos fatores que podem reduzir drasticamente a qualidade dos grãos de trigo assim como o rendimento/produtividade da lavoura.

  1. O que é germinação pré-colheita? Quais as suas causas?

O trigo (Triticum aestivum L.) é uma planta considerada vivípara, assim sendo, quando a semente/grão atinge sua maturação fisiológica, a mesma pode vir a ocorrer ainda estando presente na espiga sobre a planta. Isso é muito comum quando chuvas acometem a cultura dias antes à colheita. Os fatores relacionados a germinação pré-colheita em plantas de trigo são fatores como: a dormência das sementes, genes, cor do grão, estrutura e morfologia da espiga, α-amilase e fatores ambientais.

  1. Como a germinação pré-colheita pode afetar os componentes do rendimento de trigo?

A germinação pré-colheita afetará os componentes de rendimento do trigo, reduzindo a qualidade dos grãos colhidos, desta forma reduzindo também seu peso hectolitro, o numero de queda, a estabilidade e a força do glúten que estes grãos terão. Quanto menor forem estes comonentes, mais depreciado e danificado os grãos apresentarão-se.

  1. Qual a razão para estudar métodos para controle da Brusone no trigo?

A Brusone é uma das principais doenças de espiga do trigo, porém ela pode afetar varias partes da planta como as folhas por exemplo. Por ser uma doença que causa grandes reduções no rendimento e na qualidade dos grãos o estudo e a busca de métodos eficientes para o controle da Brusone torna-se cada vez mais importante mesmo sabendo que a melhor forma de combatela é através da utilização de cultivares resistentes e da antecipação/atraso do plantio, tentando evitar épocas com clima favorável ao desenvolvimento da mesma.

  1. Como identificar se uma planta está com Brusone, a nível de campo?

As folhas apresentam lesões elípticas com margem cor de marrom-escuro e centro claro (acizentado). Os sintomas mais característicos ocorrem nas espigas, nas quais observa-se uma descoloração prematura da porção da espiga acima do ponto de infecção do patógeno, que ocorre no ráquis. Espigas afetadas pela doença são facilmente identificadas antes do inicio da maturação, pelo contraste de cores entre as porções abaixo (verde) e acima (palha) do ponto de infecção. Os grãos formados acima do ponto de infecção são menores, enrugados, em virtude da interrupção da translocaç˜åo de nutrientes. Os sintomas nos grãos s˜åo observados após a trilha da espiga.

  1. Quais os prejuízos na produtividade que podem ocorrer em razão da Brusone?

Quando a infecçãoo é precoce os grãos, se forem formados, apresentam-se deformados, pequenos e com baixo peso específico, sendo que a maioria é eliminada nos processos de colheita e de beneficiamento. No estado de MS observou-se redução no rendimento de grãos de 10 a 53% e 15 a 74% no peso dos grãos produzidos.

  1. Quais são as formas mais eficientes de controle da Brusone na cultura do trigo, atualmente.

A Brusone é uma doença considerada de difícil controle, sendo assim os métodos mais recomendados para controle/prevenção da doença seria a utilização de cultivares resistentes e o correto planejamento da época de semeadura. A rotação de culturas não apresenta-se como um método com potencial para controlar a doença uma vez que a mesma possui vários hospedeiros primários e secundários. A utilização de produtos químicos não é muito eficiente no controle da doença assim como o tratamento de sementes, o qual teria pouco impacto no controle da Brusone.

  1. Faça uma síntese do artigo “Ecofisiologia Tritícola”, apontando os principais aspectos que os autores abordam e explicando como essa revisão pode contribuir ara sua formação na área fitotécnica, em relação a cultura do trigo.

O artigo aborda aspectos sobre a ecofisiologia do trigo (Triticum aestivum L.). O artigo começa descrevendo um pouco sobre a planta de trigo, a qual é uma monocotiledônea pertencente a família das poaceas, que teve sua origem na antiga Mesopotâmia hoje Iraq e que em 2009 tinha como seu principal produtor a União Européia. No Brasil plantamos a espécie de trigo conhecida como trigo comum, sendo que esta é uma espécie hexaplóide e apresenta 3 genomas, A, B e D. O genoma D é o responsável pela qualidade de panificação de certos trigos, trigos duros ou trigos para macarrão apresentam apenas os genomas A e B. Os principais produtores de trigo no Brasil encontram-se nas regiões Sul, Centro-Sul e Central do Brasil. Este estudo tenta representar as principais características do trigo em diferentes estádios fenológicos e como os fatores ambientais podem afetar o desenvolvimento e produtividade da cultura. A germinação do trigo ocorre entre 4 e 37o C, porem sua faixa ótima de temperatura seria em torno de 20-25oC com um teor de umidade entre 35% e 45% da massa seca da semente. Para um melhor desenvolvimento inicial das plântulas pode se fazer uso de bioestimulantes, contudo, isso não garantirá necessariamente um aumento no rendimento de grãos. Uma importante característica que a cultura do trigo possui é quanto a germinação pré-colheita, a qual é dependente da base genética da cultivar, das condições de colheita, do manejo adequado da secagem para comercialização dos grãos, das condições de armazenamento, etc. Quanto ao crescimento das raízes da planta, este é restrito a uma zona de aproximadamente 10mm acima da ponta da raiz, cuja taxa de alongamento é de 0,5 a 3,0 cm por dia. Durante o pré-perfilhamento, o ápice de crescimento permanece pequeno e em forma de cúpula, com 0,5 a 1,0 mm de comprimento. Neste período o ápice gera folhas e afilhos até o momento do aparecimento do primeiro primórdio de espigueta no ápice. As plantas de trigo podem atingir de 0,3 a 1,5 m de altura, sendo que atualmente a média de crescimento citua-se em torno de 1,0 metros de altura. As folhas da planta emergem do meristema apical e se desdobram. A rapidez com que isso ocorre depende de condições de temperatura, intensidade luminosa, comprimento do dia e condições de nutrição da planta. O numero de flores por espigueta e o de espiguetas por espiga dependem de fatores nutricionais e ambientais, além de fatores inerentes à própria cultivar, sendo que quando se tem uma maior disponibilidade de assimilados próximos à antese um numero maior de flores férteis e consequentemente grãos em maior numero e tamanho. O trigo é uma cultura que pode sofrer muito devido a estresse causado por calor, o qual pode afetar negativamente vários caracteres da planta e consequentemente diminuir a produtividade de grãos. Precipitações insuficientes e mal distribuídas apos a semeadura também afetam o poder germinativo das sementes, as quais decrescem seu “stand” em até 50% e acabam tendo menor altura inicial. Quando o estresse hídrico ocorre durante o enchimento de grãos, ocorre uma redução do índice de colheita de até 19,1%. Quanto ao fotoperiodo as plantas de trigo são de dia longo, ou seja, elas aumentam sua taxa de desenvolvimento com o aumento do fotoperíodo. Em estádios iniciais de desenvolvimento da cultura a geada causa poucos danos pois as plantas nessa fase apresentam elevada tolerância por não ter muitas partes expostas. Na elongação essa tolerância diminui devido ao alto teor de solventes e baixa concentração de solutos dentro das células. Quando as espigas são expostas a tolerância depende da eficiência dos nós da ráquis e da ráquila em bloquear a propagação do gelo. Em respeito a vernalização, os trigos de inverno são muito sensíveis a mesma. Os solos considerados ideais para a cultura do trigo devem apresentar ausência de impedimentos de natureza química, ausência de impedimentos físicos, ausência de impedimentos a mecanização e pouca suscetibilidade a erosão, além de ter uma composição física média com aproximadamente 30% de argila, 50% de areia, 12-15% de silte e 5-8% de húmus. O uso de reguladores de crescimento vem sendo cada vez mais empregado, principalmente quando utilizadas cultivares que apresentam um maior desenvolvimento em altura. A importância da adubação nitrogenada à produtividade é elevada, e para que os efeitos no acamamento possam ser reduzidos, reguladores vegetais de crescimento são utilizados. Em relação a épocas de semeadura da cultura, estas dependeram basicamente do zoneamento agroclimático existente para cada região, sendo que este é feito baseado na analise das produções obtidas em experimentos conduzidos em cada região tritícola, riscos de geadas próximas a floração, a probabilidade de dispor de suficiente umidade no solo ou de excessivo encharcamento desse. Quanto a época de colheita, e para aquelas cultivares que não apresentam dormência, uma alternativa seria a antecipação da colheita, evitando assim a pré-germinação. Outra opção seria a secagem das sementes colhidas logo que atingem o ponto de maturação fisiológica.

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