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AVALIAR O USO DO PÓ DE ROCHA DA PEDRA CARIRI

Por:   •  5/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.420 Palavras (6 Páginas)  •  260 Visualizações

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AVALIAR O USO DO PÓ DE ROCHA DA PEDRA CARIRI EM Manihot esculenta CRANTZ

        Apresentação: Pôster

           Autor Principal[1]; Coautor[2]; Coautor[3]; Coautor[4]; Orientador[5]

Introdução

        A mandioca (Manihot esculenta Crantz.) é uma Euphorbiaceae de grande importância para a América Tropical, cultivada e consumida por pequenos produtores rurais em áreas com solos pobres, onde as condições climáticas são desfavoráveis à exploração de outras culturas. A raiz é o principal produto obtido com a exploração da cultura, mas pode contribuir com o aumento na suplementação e no fornecimento de nutrientes na ração dos ruminantes de várias maneiras, dentre elas o aproveitamento da parte aérea (NUNES IRMÃO et al., 2008).

          O cultivo de mandioca sem adubação pode dificultar de forma bastante severa a produção da planta ao longo dos anos, segundo Howeler (1984), na produção de raízes de mandioca ocorre grande extração de nutrientes do solo. Sendo que de potássio em media retira-se 7,38kg, 6,38kg de nitrogênio, 1,63kg de fosforo dos nutrientes nas raízes por tonelada( J.O. LORENZI  et al, 1980).

           A indústria de fertilizantes e corretivos para o solo tem se mostrado bastante  lucrativa ao longo dos anos, desde de a comprovação da necessidade de tais produtos para a produção agrícola em solos com baixa fertilidade natural( grande parte dos solos do nordeste brasileiro se encaixam nessa classificação) e áreas que apresentem pH desfavoráveis as plantas a serem cultivadas. Por se mostrar uma indústria bastante lucrativa, o preço de tais insumos costuma ser bastante elevados, se tornando inviáveis para pequenos produtores. O emprego de adubos minerais de alta solubilidade revela-se inviável para a ampla maioria das famílias agricultoras em função de seu alto custo e dos impactos ambientais negativos gerados (ALMEIDA et al., 2007).

            Diante dessa dificuldade para pequenos produtores, a utilização do pó de rocha, um produto adquirido do beneficiamento simples de matérias minerais, de solubilidade mais lenta, que disponibilizam os nutrientes para as plantas por um período maior do que o de fertilizantes convencionais (THEODORO; LEONARDOS, 2006.)

        A rochagem é uma tecnologia que apresenta significativas vantagens  econômicas, ambientais e produtivas para a cultura da mandioca, quando comparada à adubação com fontes minerais altamente solúveis (THEODORO; LEONARDOS, 2006.). A liberação de nutrientes pelo pó de rocha depende tanto do tipo de rocha quanto da superfície de contato da partícula. Está superfície é função do tamanho da partícula, que quanto menor for a partícula, mais a rápida será a reação química, disponibilizando nutrientes (LUCHESE et al., 2002)

       Os principais benefícios advindos da utilização de pós de rocha são: o fornecimento lento de macro e micronutrientes; aumento da disponibilidade desses nutrientes nos solos cultivados; reequilíbrio do pH do solo e aumento da reserva nutricional do solo (Melamed et al. 2007)

.    A remineralização do solo através do uso de pó de rocha é uma alternativa viável em termos econômicos e ecológicos devido ao baixo custo do processo de beneficiamento, que consistem em moer as rochas que compõem o produto, as quais liberam gradualmente os nutrientes diminuindo assim as perdas por lixiviação e favorecendo uma ação de longo prazo do insumo aplicado Melamed et al (2007)

       A extração de calcário laminado no Cariri Cearense em 30 anos gerou, aproximadamente, 2,5 milhões de toneladas de resíduos. A aplicação do pó de rocha de rejeitos da pedra cariri na agricultura poderá aumentar a produção e diminuir o impacto ambiental existente na região. A pesquisa objetivou avaliar o uso agronômico do pó de rocha da pedra cariri (amarelo e cinza) em mandioca irrigada. .

 

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Fundamentação Teórica

         M.K WELTER (2011) teve como objetivo avaliar o desenvolvimento inicial de mudas de camu-camu (Myrciaria dubia H.B.K. McVaugh) em função de doses de pó de basalto. O experimento foi conduzido em casa de vegetação pertencente ao CCA/UFRR. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com cinco repetições, em esquema fatorial (5x2+1), sendo seis doses de pó de basalto (0; 0,42;1,04; 2,08; 4,17 e 8,33 g kg-1), duas granulometrias (0,05 e 0,10 mm f) e uma testemunha. Vasos de polietileno de 14 litros foram as unidades experimentais e utilizou-se um Latossolo Amarelo distrófico textura média. A incubação do solo nos vasos teve duração de 120 dias e, após esse período, fez-se o transplante das plântulas. Após seis meses do plantio, foram determinada altura, diâmetro do colo, número de ramos e biomassa seca da parte aérea e de raiz das mudas. A partir destes dados, foram calculados os índices morfológicos. Os tratamentos sem pó de basalto (0 g kg-1) e a dose de 0,42 g kg-1 produziram mudas de menor qualidade em ambas as granulometrias testadas. As melhores mudas de camu-camu foram obtidas aplicando-se 4,17 e 8,33 g kg-1 de pó de basalto com a granulometria de 0,05 mm. Termos de indexação: caçari, fertilizante alternativo, rochagem, propagação.

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Metodologia

        A pesquisa participativa foi realizada no Assentamento Sitio Salobra, Missão Velha (CE). Os materiais foram passados em peneira de malha de 0,053 mm (silte), aplicados conforme delineamento experimental em blocos ao acaso, em quatro doses de cada pó na cova (0, 50, 100 e 200 g por cova), em cobertura, com quatro repetições. As parcelas foram três linhas de 5 m de comprimento, espaçadas em culturas de espaçamento 1,0 x 1,0 m. A parcela útil foi composta pela linha central, eliminando-se 1,0 metros de bordadura em cada extremidade, resultando em três plantas. As variáveis avaliadas foram: altura média da planta, tamanho médio das raízes, diâmetro médio das raízes, quantidade de raízes, peso médio total das raízes.  Foi realizada a análise de variância através do teste F. Os dados qualitativos foram comparados pelo teste de Tukey, e os quantitativos, através de regressão polinomial. O solo da propriedade foi classificado como Neossolo Quartzarênico, com as seguintes características químicas e físicas: pH (H2O) = 5,1; Al = 0,53 (cmolc dm-3); Ca = 2,6 (cmolc dm-3); Mg = 0,6 (cmolc dm-3); T = 9,8 (cmolc dm-3); P = 2,1 (mg dm-3); K = 39,0 (mg dm-3); V = 30,0%; teor de matéria orgânica = 2,7 (dag kg-1).

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