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RELATÓRIO DE ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ENTORNO DO MORRO PEDRA BRANCA

Por:   •  5/5/2015  •  Abstract  •  1.463 Palavras (6 Páginas)  •  549 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

        

SAÚDE E AMBIENTE

PROFESSOR ROBERTO MARIMON

GABRIEL DI BERNARDI POLI E JOÃO GUILHERME BETTONI

        

PALHOÇA – SANTA CATARINA

10 de abril de 2015

RELATÓRIO DE ANÁLISE DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO ENTORNO DO MORRO PEDRA BRANCA

A saída de campo ocorreu em torno do Morro Pedra Branca de frente para Universidade. Os locais analisados ocorrem em três regiões, que são conhecidas como a roça de baixo, roça do meio e roça de cima. Na Rua João Bernardino da Rosa, não pavimentada, observamos construções em terrenos com baixa inclinação e área plana em sua maioria. Na roça de baixo há em torno de 70 casas e uma igreja, grande parte construída após aterramento, uma boa área da mata nativa foi desmatada. Antigamente essa região era um banhando e havia umas três casas e a igreja, segundo um morador local. Na ultima década o local tem sido alterado, visando construções com fins imobiliários, há também construções publicas e uma escola desativada. Em algumas residências percebemos pequenos cultivos de alimentos, nada em grande escala e também animais em pastos, como gado e cabra. Há muitos animais nativos como os pássaros (Beija flor, Gralha azul, Saracura), que são facilmente percebidos, há variedades de repteis (Lagartos teiú, cobras), aranhas e peixes também. No local cruza um riacho, visualmente limpo, mas as casas estão construídas próximas dele, com falta de saneamento adequado. Antigamente a região contava com várias nascentes, muitas soterradas com a chegada do progresso. A Rua João Bernardino da Rosa mostra não ter planejamento algum, muitas irregularidades, que fogem às Leis. Essa rua não pavimentada e com muitas erosões é via de acesso entre o condomínio Pedra Branca à cidade de São José. [pic 1]

O acesso para a roça do meio também é feita por essa rua, esse acesso é íngreme e de chão batido com muitas pedras, não são boas as condições, observamos lixo nas beiras. Logo na entrada, onde há restos de um Parque Aquático desativado, haverá a construção de um condomínio residencial de grande dimensão, gerando variados impactos (sonoro, visual, aumento populacional causador de mais lixos). As casas já construídas no local são em áreas planas, devido à terraplanagem e extração do solo, há aproximadamente umas dez, algumas com fins imobiliários. Essa área foi bastante desmatada e antigamente a empresa Perfuratriz explorava os recursos naturais do lugar. A pequena comunidade é abastecida pelas águas do rio que passa perto. A mata ciliar é preservada. Na fauna local a biodiversidade em sua maioria é nativa e nas casas há animais domésticos.[pic 2]

Logo á frente, no mesmo acesso à roça do meio, chegamos à roça de cima. Local íngreme, inclinação media e plana (terraplanagem) onde há uma grande área construída, iniciada a uns trezes anos atrás, pelo Sr. Schmidt, proprietário das terras dessa região. Antigamente era mata nativa, hoje contem as construções de fins residenciais e imobiliários, com campo de futebol e outras áreas de lazer.  O proprietário cria alguns animais (bovinos e eqüinos), animais domésticos e cultiva alguns alimentos (milho, mandioca, frutíferas e hortaliças) para uso da família. Alem dos animais do Sr. Schmidt, o local tem muitos nativos e a água utilizada pelos moradores vem da roça do meio.[pic 3]

CONTORNO RODOVIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS

[pic 4]

 Analisando as informações contidas no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o contorno de Florianópolis é uma nova rodovia que passará em três municípios, Palhoça, São José e Biguaçu.

 O objetivo da construção da nova rodovia visa desviar o tráfego da BR-101, na região de Florianópolis, minimizando os congestionamentos, melhorando o trafego urbano, a redução de poluentes devido aos carros no transito lento e a melhoria da qualidade de vida. Por ser uma via congestionada, muitos que vivem ao redor querem soluções para melhorias desta, que provavelmente essa construção trará. Seus objetivos são focados na BR já existente, porém a nova construção ocorrerá em áreas de preservação, acabando com a pouca mata atlântica existente (fauna, flora e nascentes), gerando um impacto ambiental sobre as comunidades locais (poluição sonora, do ar, desapropriações), aumentando a poluição da BR existente mais ainda, para um local que ainda há natureza. Muitos dos impactos relatados são negativos e de alta relevância.

 Grande parte das pessoas ao redor são contra a nova estrada, muitos já  lutam contra sua construção a muito tempo, no entanto sem grandes sucessos. As indenizações propostas pela construtora são injustas. Inúmeras irregularidades estão sendo cometidas na área da pedra branca, novamente percebemos interesses pessoais envolvidos em mais uma obra publica, destruindo assim o pouco que resta de um dos maiores biomas brasileiros. Junto com a natureza levam junto nossa cultura, segundo estudo foi constatado quatro comunidades indígenas da etnia Guarani serão afetadas pelo empreendimento. Exterminados por um ideal de progresso. A estudo prevê um total de setenta e quatro impactos ao meio ambiente, que mudara de uma maneira drástica gerado um desequilíbrio de proporções inconcebíveis, Atitudes devem ser tomadas e talvez a criação de um parque ecológico seria uma boa alternativa a esse crescimento desordenado o qual presenciamos inúmeras vezes calados, quando não , silenciados.

LEIS AMBIENTAIS

O conjunto de leis ambientais brasileiro é bem elaborado, infelizmente pelo descaso de inúmeros setores públicos e fatores socioculturais é desrespeitado e visto com descaso por todos. Das dezessete principais leis ambientais podemos determinar que pelo menos dez delas foram desrespeitadas com a ocupação do entorno da Pedra Branca e nenhuma atitude legal foi tomada por nenhum dos órgãos competentes. Pratica da caça é comum na região, ocupação de partes da encosta, desmatamento, poluição em geral. Inúmeras são as causas e muitos estragos já foram feitos, precisamos de mais educação ambiental, conscientizar a nova e a velha geração, retomar a Terra como nossa figura materna. Pondo em pratica métodos menos invasivos e muito mais ecológicos visando uma real proteção a fauna e a flora nativas. Seguindo exemplos de países desenvolvidos que como nos já tiveram muita biodiversidade e hoje com o mínimo percebem o real valor dessas áreas que hoje são fiscalizadas com todo vigor que elas exigem. Necessária a criação de um novo plano diretor voltado a preservação e não a especulação imobiliária claramente percebida e melhor representada no mapa a seguir.

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