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Conservação e manejo sustentável de abelhas sem ferrão no Vale do Gurguéia

Por:   •  30/11/2018  •  Artigo  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  195 Visualizações

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Conservação e Manejo Sustentável de Abelhas sem Ferrão no Vale do Gurguéia: Formação de Multiplicadores em Meliponicultura

Amauri Felipe Evangelista1; Elói Rodrigues de Carvalho2; Sinevaldo Gonçalves deMoura3; Janailton Coutinho4; Rafael Felippe Ratke5

Resumo: O trabalho foi conduzido com o objetivo de levar conhecimento e aprendizado para os alunos e famílias de produtores rurais da região de Eliseu Martins, Piauí, pelos discentes e docentes do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) da UFPI, sobre multiplicadores para conservação de espécies da fauna brasileira, com vistas à preservação e manejo sustentável das abelhas nativas sem ferrão no vale do Gurguéia. O trabalho foi desenvolvido na Escola Família Agrícola de Eliseu Martins – EFAEM no município de Eliseu Martins, Piauí.

Palavra-chave: Meliponicultura, consciência ambiental, manejo sustentável.

Introdução

A meliponicultura é a criação racional de abelhas nativas, é pouco difundida no Brasil. No entanto, essas abelhas nativas são de fácil manejo e podem ser criadas em áreas rurais e urbanas, seja visando o lazer, educação ou uma criação comercial. Pouco conhecidas pela maioria das pessoas, as abelhas sem ferrão são nativas e recebem esse nome por possuírem o seu ferrão atrofiado.

No Brasil, são conhecidas mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam heterogeneidade em vários aspectos como cor, tamanho, forma, hábitos de nidificação e número de indivíduos em cada ninho (SANTOS, 2010, p. 104). Segundo Lopes et al. (2005,

p. 7), ainda há muito trabalho de pesquisa a ser feito para conhecer essa diversidade. A importância dessas abelhas na preservação ambiental é indiscutível. Responsáveis pela polinização de 30% das espécies da Caatinga e Pantanal e até 90% das espécies da Mata Atlântica (KERR et al., 2001), o desaparecimento dos meliponíneos coloca em risco a flora e fauna silvestre.

1Graduando em Zootecnia na Universidade Federal do Piauí, Campus Prof. Cinobelina Elvas, Bom Jesus-PI. 2Graduando em Engenharia Agronômica na Universidade Federal do Piauí, Campus Prof. Cinobelina Elvas, Bom Jesus-PI.

3Professor Adjunto II da Universidade Federal do Piauí, Campus Prof. Cinobelina Elvas, Bom Jesus-PI. 4ProfessorAssistenteunto da Universidade Federal do Piauí, Campus Prof. CinobelinaElvas, Bom Jesus-PI. 5Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí, Campus Prof. CinobelinaElvas, Bom Jesus-PI


O estado do Piauí é referencia nacional na produção e exportação de mel de abelhas do gênero Apis que são exploradas na apicultura (Apis melíferaLinnaeus, 1758) e que foram introduzidas no Brasil em 1839 (Apismelífera melífera), 1845 (Apis melífera carnica), 1870/80 (Apis melífera ligústica) e 1956 (Apis melífera scutellata). Portanto, estas abelhas são exóticas e hoje o que se tem é a exploração de um poli hibrido oriundo no cruzamento destas quatro subespécies, denominado de abelha africanizada.

No Piauí, as abelhas africanizadas tiveram seu registro de entrada na década de 60 do século passado e a exploração apícola racional teve inicio mais tarde, em 1976, com a chegada de duas famílias de apicultores paulistas na cidade de Picos, centro sul do estado (famílias Bende e Wenzel). Anterior à chegada da abelha africanizada e da apicultura, o que se tinha era o extrativismo com a retirada da natureza do mel de abelhas nativas brasileiras, conhecidas como abelhas indígenas sem ferrão.

A extensão universitária é de suma importância na graduação por criar olhares diferentes na direção de uma mudança na vida social, sendo esta uma troca mútua de experiências entre a universidade e a comunidade. Sendo assim objetivou com esse trabalho levar conhecimento e aprendizado para os alunos e famílias de produtores rurais da região de Eliseu Martins, Piauí, pelos discentes e docentes do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE) da UFPI, sobre multiplicadores para conservação de espécies da fauna brasileira, com vistas à preservação e manejo sustentável das abelhas nativas sem ferrão no vale do Gurguéia.

O trabalho foi desenvolvido na Escola Família Agrícola de Eliseu Martins – EFAEM no município de Eliseu Martins, Piauí.

Material e Métodos

Conservação e manejo sustentável de abelhas sem ferrão no vale do Gurguéia: formação de multiplicadores em meliponicultura é um projeto de extensão formado por graduandos de diferentes cursos da Universidade Federal do Piauí do Campus Professora Cinobelina Elvas, Bom Jesus-PI. Estes passam por um processo seletivo, onde é julgado o currículo e o histórico escolar destes graduandos e em seguida eles passam por uma entrevista, esta que é de responsabilidade dos docentes da instituição já citada responsável por tal projeto. Após estesgraduandos serem selecionados eles assinam um termo de compromisso para com o projeto e cada um deles ficam sob a orientação de docentes em suas respectivas áreas.

O projeto foi realizado na Escola Família Agrícola de Eliseu Martins – EFAEM no município de Eliseu Martins, Piauí, que se encontra a 150 km da Universidade Federal do


Piauí – CPCE.O projeto envolvia 40 estudantes de três séries e 120 agricultores familiares. As visitas eram realizadas uma vez por mês.

O CPCE/UFPI forneceu transporte para os discentes e docentes realizarem as visitas técnicas necessárias durante a realização do projeto. Durante as visitas foram realizadas atividades de nivelamento, apresentação do plano de ação e implementação do mesmo que contou com palestras sobre meliponicultura e divisão dos alunos em gupos, por município (Alvorada do Gurguéia, Eliseu Martins, Manoel Emídio, Tamboril e Brejo, Lagoa Cercada e Canto do Buriti) para levantamento expedito de espécies (nomes populares); o curso de meliponicultura foi dividido em blocos e inciou-se com a teoria sobre a temática, seguida de confecção de iscas para captura, confecção de colmeias racionais, translado de exames para caixa racional, instalação de meliponário. A escola respeitou a metodologia do projeto assim como os discentes e docentesenvolvidos.

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