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Educação Ambiental - Projeto Reciclagem de Óleo

Por:   •  24/3/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.040 Palavras (13 Páginas)  •  835 Visualizações

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MÉTODO DE APLICAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE PONTOS DE COLETA DESTINADOS À RECICLAGEM DO ÓLEO DE USO DOMÉSTICO

1. A escolha do tema

O tema foi escolhido devido que grande parte da população faz o consumo do óleo de cozinha, porém não têm o cuidado de descartá-lo em lugares apropriados e acabam por despejá-lo em pias, vasos sanitários, diretamente em lixões, podendo causar corrosão e entupimento nos encanamentos (pois o óleo adere nas paredes das tubulações que passam a reter restos de alimentos que quando acumulados podem atrais animais transmissores de doenças), contaminação de rios e lençóis freáticos e colocando em risco a vida de animais aquáticos, pois forma uma camada impermeabilizante na superfície que impede a passagem da luz solar, acabando com o oxigênio necessário para os peixes e as plantas. Inclusive calcula-se que 37% do óleo tem o seu descarte incorreto (Fonte: BioBras, 2012), dessa forma acaba entupindo bueiros, contaminando o solo, os rios, lagos (comprometendo a vida de espécies marinhas). Devido a essa série de problemas ambientais, alguns cidadãos mais engajados ambientalmente, já possuem a consciência e o resultado é que acabam armazenando o líquido em recipientes, contudo não possuem a informação da forma de descarte do resíduo. A fim de acabar com esses problemas e beneficiar o meio ambiente, a nossa proposta é de implantar pontos de coleta em mercados municipais, próxima a área da universidade. Visto que a grande parte da população que lida com esse problema costuma ser de donas de casa, pensamos que o melhor local para as instalações desses pontos de coletas seria em mercados, por serem de fácil acesso e constantemente frequentado pelo público alvo. Com a parceria de mercados e cooperativas destinadas à reciclagem, o projeto visa a destinação correta desse óleo.

Palavras chave: óleo de cozinha, problemas ambientais, reciclagem.

2. Objetivos

2.1. Objetivo geral

Tendo consciência dos problemas causados pelo descarte indevido do óleo de cozinha e a dúvida a respeito do que fazer com os recipientes onde o guarda, este trabalho tem como objetivo sanar essas duas questões de uma forma prática para o cidadão, de modo que este se sinta cômodo em passar a guardar o óleo em recipientes e levá-lo convenientemente até o ponto de coleta mais próximo de sua residência quando for, por exemplo, fazer suas compras.

2.2. Objetivos específicos

Esse trabalho tem como objetivos a serem alcançados:

* Conscientizar as pessoas a respeito dos efeitos que o destino incorreto do óleo pode causar;

* Implantar uma solução simples e eficaz para o descarte do líquido;

* Certificar que este seja levado para o devido local de reciclagem, onde serão gerados outros produtos (sabão, detergente e matéria-prima para fabricação de outros produtos);

* Contribuir, pelo menos um pouco, com a preservação do ambiente.

3. Introdução

Os tipos de óleos de cozinha mais usados são o de canola, milho, soja e girassol. Os óleos vegetais são extraídos de vegetais com propriedade oleaginosa como: soja, babaçu, mamona, palma, algodão (caroço), canola, girassol, amendoim, buriti e coco.

Independente da semente utilizada, a produção mundial de óleos vegetais aumentou aproximadamente 400% entre 1974/75 e 2006/07, passando de 25,7 milhões de toneladas para 123,1 milhões de toneladas:

Tabela 1: Evolução da produção mundial de óleo (mil toneladas)

1974/75 1984/85 1994/95 2000/01 2004/05 2005/06 2006/07 Particip. (%)

Palma 2.891 6.754 14.888 24.295 33.875 35.956 37.672 30,61

Soja 6.476 10.203 19.849 26.762 32.511 34.522 35.868 29,14

Canola 2.443 5.552 10.013 13.318 15.760 17.165 18.243 14,82

Girassol 3.868 6.125 8.260 8.385 9.038 10.389 10.733 8,72

Amendoim 2.743 2.875 4.118 4.535 5.069 5.172 4.975 4,04

Algodão 2.930 3.762 3.594 3.529 4.709 4.568 4.726 3,84

Palmiste 415 905 1.91 3.061 4.134 4.360 4.573 3,72

Côco 2.554 2.537 3.401 3.596 3.439 3.458 3.295 2,68

Oliva 1.379 1.579 1.760 2.490 2.968 2.593 2.990 2,43

Soma 25.699 40.289 57.623 89.971 95.743 118.183 123.075 100,00

Fonte: USDA (2007). Elaboração Deser.

É uma substância líquida e imiscível (não se mistura com água), pois as suas moléculas apolares não conseguem formar ligações intermoleculares fortes com as moléculas da água, sua composição desses óleos é formada por compostos que incluem o glicerol, ácidos graxos (principais componentes), ésteres (triglicerídeos ou triacilgliceróis), esteróis, tocoferóis, fenóis, flavonóides, compostos voláteis, vitaminas e pigmentos.

Quando aquecido em temperaturas muito elevadas e ao entrar em contato com ar, água e alimento, o óleo sofre reações químicas e físicas como a formação

do ácido graxo que resulta na alteração da viscosidade que aumenta e fica mais espesso, a formação de uma substância tóxica chamada acroleína que, de acordo com alguns estudos, pode atrapalhar no funcionamento dos sistemas digestivo e respiratório e no aparecimento de câncer. Portanto, há uma recomendação de que se utilize o mesmo óleo para fritura apenas três vezes, mas ainda existem algumas mudanças de características que se pode observar no óleo como sua cor que deve estar amarela claro, sua viscosidade que não deve estar grossa, o surgimento de espuma e fumaça exagerada no momento da fritura também é um indicador que o óleo já não deve mais ser utilizado.

Um estudo recente da Casa Civil identificou que no Brasil é descartado indevidamente 1,4 bilhão de litros de óleo de cozinha usado. O resíduo vai para o ralo da pia em 50 milhões de residências e pequenos estabelecimentos do ramo da alimentação¹.

A decomposição do óleo de cozinha

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