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Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil

Por:   •  22/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.293 Palavras (22 Páginas)  •  487 Visualizações

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Introdução

Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína. Alguns elementos como sanidade, nutrição, bom manejo da granja, produção integrada e, principalmente, aprimoramento gerencial dos produtores, contribuíram para aumentar a oferta interna e colocar o País em destaque no cenário mundial. (MAPA, 2012)

Especialistas brasileiros também investiram na evolução genética da espécie por 20 anos, o que reduziu em 31% a gordura da carne, 10% do colesterol e 14% de calorias, tornando a carne suína brasileira mais magra e nutritiva, além de saborosa. Consequência de investimento, a produção vem crescendo em torno de 4% ao ano, sendo os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul os principais produtores de suínos do País. Atualmente, o Brasil representa 10% do volume exportado de carne suína no mundo, chegando a lucrar mais de US$ 1 bilhão por ano. (MAPA, 2012)

Esses fatores apontam para um crescimento ainda mais satisfatório: estima-se que a produção de carne suína atinja média anual de 2,84%, no período de 2008/2009 a 2018/2019, e o seu consumo, 1,79%. Em relação às exportações, a representatividade do mercado brasileiro de carne suína saltará de 10,1%, em 2008, para 21% em 2018/2019. O crescimento do mercado de suínos no Brasil tem o apoio do Ministério da Agricultura, que promove políticas públicas para o setor e garante a sanidade da cadeia suína, requisito imprescindível no comércio desses animais. (MAPA, 2012)

2. A historia da suinocultura

A produção de carne suína existe no Brasil desde os primórdios da nossa civilização e suas carne e banha vêm sendo utilizadas pela população brasileira desde então, tendo inicialmente apresentado um maior dinamismo em Minas Gerais (nas regiões de garimpo). No final do século XIX e início do século XX, com a imigração européia para os estados do Sul, a suinocultura ganhou um novo aliado. Esses imigrantes vindos principalmente da Alemanha e da Itália trouxeram para o Brasil os seus hábitos alimentares de produzir e consumir suínos, bem como um padrão próprio de industrialização. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Até nos anos 1970 a suinocultura era uma atividade de duplo propósito. Além da carne, fornecia gordura para o preparo dos alimentos (esta inclusive era demanda mais relevante). A partir dos anos 1970, com o surgimento e difusão dos óleos vegetais, a produção de suínos como fonte de gordura perdeu espaço, sendo quase que totalmente eliminada do padrão de consumo da população brasileira. Para fazer face a esta transformação, os suínos passaram por uma grande transformação genética e tecnológica e desde então perderam banha e ganharam músculos. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Dois fatores são fundamentais para o comportamento negativo na produção suinícola brasileira até os anos 1990. O primeiro está relacionado a nossa baixa inserção no comércio internacional e o segundo ao nosso baixo consumo per capita. No caso das exportações nacionais, os problemas sanitários como a peste suína clássica (que afetou os rebanhos principalmente em Santa Catarina nos anos 1980), impediu a participação mais efetiva do Brasil no mercado internacional até o ano de 1999. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Outro problema é o pequeno tamanho do comércio internacional de carne suína decorrente do alto protecionismo à produção local feito por diversos países e blocos econômicos (União Europeia e Estados Unidos) e do não consumo de carne suína por questões religiosas pelas populações muçulmana e judia. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Ainda que seja o 5º maior produtor mundial de carne suína, o consumo brasileiro fica abaixo da média mundial (16,5 kg em 2007). De fato, enquanto que o consumo per capita, em 2007, na União Europeia era de 44,3 kg, na China de 33,3 kg, nos Estados Unidos de 29,8 kg e no Japão de 19,4 kg, no Brasil foi de apenas 12,3 kg. Até o inicio do século XXI, enquanto a produção mundial cresceu a uma taxa de 3,3% ao ano, a produção nacional cresceu 2,6%. Somente a partir da última década do século XX, depois da abertura comercial que possibilitou o crescimento das exportações nacionais através do incremento de tecnologias no setor, é que a suinocultura nacional reverteu esta situação, tendo crescido a uma taxa anual de 5,7%, enquanto no resto do mundo este crescimento foi de somente 2,2%. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Mas estas mudanças na genética e na produção de suínos ainda não foram totalmente percebidas pelos consumidores brasileiros e esse fato aliado aos preconceitos em relação ao efeito da carne suína sobre a saúde humana (a percepção popular de que a carne suína faz mal) fez com que o consumo de carne suína no Brasil tenha ficado praticamente estagnado nos anos 1980 e 1990. Além disso, os anos 1980 foram marcados pela crise macroeconômica na economia nacional (alta inflação e déficit na balança de pagamentos) que resultou em um crescimento insignificante da renda dos consumidores brasileiros. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

Devido a todos esses problemas, a demanda do mercado pela carne suína somente apresentou um crescimento mais significativo a partir de meados da década de 1990, induzido pela queda de preços deste produto ao consumidor final e a ações lançadas pelos próprios suinocultores. Um fundo de promoção e divulgação para a carne suína e seus derivados criado nessa época atuou diretamente nas promoções feitas em supermercados, sendo que na televisão foram divulgados os benefícios do produto, procurando eliminar os mitos referentes ao consumo desta carne. (CIAS – EMBRAPA, 2010)

3. A suinocultura no Brasil atualmente

O Brasil, apesar de ser um país continental, da formação cultural e a falta de uma política efetiva que estimule o desenvolvimento sustentável. Em se tratando da suinocultura, verificamos que ela passou por profundas alterações tecnológicas

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