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PRAGAS E DOENÇAS DO MILHO

Por:   •  22/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.664 Palavras (7 Páginas)  •  275 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays L.) é originário da América, provavelmente, da região onde hoje se situa o México. Foi domesticado num período entre 7.000 há 10.000 anos. Como resultado da seleção, tanto artificial, praticada pelo homem, como natural, para adaptação as diferentes condições ambientais, o homem civilizado herdou dos povos mais antigos cerca de 300 especies de milho, caracterizadas pelas mais diversas adaptações, tanto para condições climáticas, como para os vários usos do cereal (Paterniani, 1993).

O milho sofre ataque de pragas e doenças que ocorrem ao longo do desenvolvimento da cultura, desde a sementeira até a colheita dos grãos. A produtividade desses grãos será comprometida significativamente se essas pragas e doenças não forem manejadas adequadamente.

PRAGAS E DOENCAS DO MILHO

Pragas

As principais pragas da cultura do milho mais importantes em Moçambique são as brocas do colmo (Chilo partellos Swinhoe, Busseola fusca Fuller) lagarta-elasmo, o escaravelho preto (Heteronychus licas) as térmites, os ratos os pássaros. Pragas ocasionais como gafanhotos (vermelho e elegante), lagarta invasora podem ocorrer quando as condições forem favoráveis (FATO et al., 2001).

Lagarta-elasmo

É uma das principais pragas na producao de milho, o dano én caracterizado pelo murchamento e seca das folhas centrais das plantas jovens, que se destacam com facilidade ao serem puxadas, em seguida ocorre a morte ou perfilhamento da planta. (Viana, 1995)

A lagarta é esverdeada, com anéis e listras vermelho-escuras, podem atingir até 16 mm E o seu período larval varia em média de 14 a 20 dias dependendo das condições ambientais.  Os fatores que favorecem ao aumento populacional de elasmo estão associados a altas temperaturas, solos arenosos ou de fácil drenagem e períodos secos (Viana, 1995).

Controle

A alta umidade do solo é o principal fator no manejo de elasmo, afetando negativamente o comportamento dos adultos. As mariposas preferem depositar os ovos em solos mais secos.

  • A queima da palhada antes do plantio ou na colheita afectam negativamente a praga, a fumaça causam um estimulo olfativo que os atrai para áreas queimadas.
  • Controle de sementes na época da semeadura.
  • Recomenda-se remover os resíduos culturais no campo como uma prática para prevenir infestação com essa praga.

Percevejo-castanho (scaptocoris castanea)

A praga pode causar danos significativos vindo comprometer a produtividade final, o inseto apresenta corpo de coloração castanha e as pernas anteriores do tipo escavatórias, o tamanho varia de 6 a 8 mm de comprimento, as ninfas e os adultos alimentam-se das raízes e sugam a seiva, causando definhamento e morte da planta. Aração e a Gradagem expõem os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e adultos

Brocas do colmo (Chilo partellos Swinhoe, Busseola fusca Fuller e Sesamia calamistis)

As brocas do colmo são lagartas de 5-6cm de comprimento que eclodem dos ovos de depositados porborboletas, geralmente nas folhas do milho. Ao eclodirem as larvas pequenas inicialmente alimentam-se de folhas perfurando-as no interior do colmo, onde completam o seu desenvolvimento, pupam e depois eclodem os adultos (borboletas), por isso as folhas novas do milho emergem já com furos e/ou lesões (Sanchezetal, 2011).

Sintomas

O ataque ocorre em plantas muito jovens, as larvas podem atingir o ponto de crescimento, danificando-o e causando o dano típico conhecido como coração morto. As larvas da segunda geração podem atacar outras partes da planta tais como inflorescência ou espigas, depreciando a qualidade do grão e causando perdas económicas avultadas (CUGALA, 2007).

Controle

Para FATO et al., (2001), as pragas: Chilo partellos, Busseola fusca e Sesamia calamistisas tentativas de controle em Moçambique tem sido baseada no controle cultural e químico e incluem:

  • Semear cedo (no inicio da época de chuvas);
  • Fazer rotações com culturas que não sejam gramíneas;
  • Usar insecticidas;
  • Usar variedades resistentes;
  • Controlo biológico usando inimigos naturais.

As brocas são facilmente controladas por insecticidas, pode-se recomendar o uso de agó-químicos de grande escala como Cipermetrina, benfuracarb+esfenvaleratte e Baytroid.

Afídios, como ascicadelinas(Que são vectores do vírus listrado ou streak vírus em inglês),

Controle

Os afídios controlam se usando variedades resistentes, fazendo consorciação ou com uso de pesticidas naturais, esses pesticidas podem incluir Nim(também chamado amargosa) e tefrosia (também de uma árvore como amargosa), um quilograma de uma destas sementes é pilado e mergulhado em 25 litros de água durante 12 horas, depois o liquido, já é coado das sementes, é aplicado nas folhas e outras partes atacadas da planta com uma vassoura ou com um pulverizador. O mesmo procedimento pode ser usado para alho e cebola fortes (Sanchezetal, 2011).

Térmites ou muchem(Quecausam perdas de sementesantes da emergência, e acamamento das plantas já grandes as plantas caem no chão)

Controle

As térmites ou muchem podem ser controlados por:

  • Não deixar restolhos vegetais no chão da machamba;
  • Plantar variedades precoces;
  • Plantar no princípio das chuvas;
  • Fazer rotação com culturas muito susceptíveis a térmites.
  • Para o gorgulho deve se usar o produto ActellicSuper 2x DP;
  • Para o caso dos ratos deve-se usar ratoeiras.

Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)

É uma mariposa da família Noctuidae.  A forma adulta da espécie tem 4 cm de envergadura, pode ser encontrada próxima ao solo ou na região do cartucho do milho. As mariposas fêmeas colocam em média, de 200 a 300 ovos, estruturados em camadas, nas faces inferior e superior das folhas do milho.

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