TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Produtividade Do Milho No Brasil: O Novo Desafio Para Consolidar As Exportações

Exames: Produtividade Do Milho No Brasil: O Novo Desafio Para Consolidar As Exportações. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/9/2013  •  662 Palavras (3 Páginas)  •  900 Visualizações

Página 1 de 3

O mercado mundial do milho vem atravessando um profundo cenário de mudança. O cereal se tornou uma das principais fontes para produção de etanol, o que alterou sua curva de demanda. Aliado ao forte crescimento da economia mundial nos anos recentes – que por sua vez ocasionou uma maior demanda por carne, e por conseqüência elevou o consumo de ração animal – a relação estoque/consumo de milho no mundo é a menor desde a safra 1973/74.

Em termos de suprimento mundial, a situação torna-se delicada diante do amplo potencial de crescimento da indústria de etanol, principalmente nos Estados Unidos, onde o milho é a matéria-prima básica do biocombustível. Os Estados Unidos são responsáveis por quase 70% das exportações mundiais do grão. Com boa parte do excedente de milho norteamericano direcionado à produção de etanol, no médio e longo prazo haverá uma menor participação dos Estados Unidos nas exportações mundiais.

Neste cenário, abre-se um imenso espaço para o Brasil ocupar parte deste mercado. Estima-se que em 2017 as exportações mundiais de milho atingirão 105,8 milhões de toneladas e a participação dos Estados Unidos será restrita a 50%.

Todavia, será necessário reduzir o nosso custo de produção para aproveitar esta janela de oportunidade. Historicamente, o Brasil só consegue exportar milho nas seguintes situações: quando a taxa de câmbio está significativamente desvalorizada; quando o preço internacional do milho está significativamente alto; e quando há um casamento entre estas duas variáveis.

Pelo fato de o Brasil ter uma das produtividades mais baixas entre os exportadores de milho, o preço do produto brasileiro é mais alto do que o do mercado internacional. Choques de produtividade serão, assim, necessários para reduzir o custo de produção. No contexto atual, a introdução da biotecnologia é fundamental ao Brasil. É importante lembrar que o milho ainda é, em parte, uma cultura de subsistência no País, e não tem um foco comercial tão elevado quanto nos Estados Unidos e na Argentina. O foco comercial ganha importância justamente quando a produtividade é alta e precisa-se escoar o excedente produzido, utilizando geralmente a exportação.

Tanto na Argentina quanto nos Estados Unidos, é possível observar claramente o choque de produtividade alcançado após a introdução do milho geneticamente modificado. O aumento da produtividade média nos Estados Unidos entre 1988 e 1997 foi de 0,6% ao ano, ao passo que no período de 1998 (introdução da biotecnologia do milho nos EUA) a 2007, o crescimento médio foi de 1,6% a.a.

No caso da Argentina, o comportamento é semelhante. A elevação da produtividade média no período de 1988 a 1997 foi de 1,9%, ante um crescimento médio de 2,8% entre 1998 (também com a introdução da biotecnologia) e 2007. A barreira de rompimento da produtividade média é explícita com a introdução de variedades geneticamente modificadas. De 1990 a 1997, a Argentina manteve sua produtividade média sempre na casa de 4.200 kg/hectare. Com a introdução do milho geneticamente modificado em 1998, a produtividade média saltou imediatamente para o patamar de 6.000

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com