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Produtividade da soja com diferentes dosagens de turfa líquida

Por:   •  19/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.723 Palavras (11 Páginas)  •  328 Visualizações

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Produtividade da soja com diferentes dosagens de turfa líquida

Luiz Henrique de Souza Ferreira1* ; Cornélio Primieri1

Centro Universitário Assis Gurgacz, Colegiado de Agronomia, Cascavel, Paraná. ¹

lhmidiadigital@gmail.com ¹*

     

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo avaliar dosagens de turfa líquida na produtividade da cultura da soja. O experimento foi realizado na área experimental da Fazenda Escola do Centro Universitário FAG, situado no município de Cascavel – PR. Tendo início em 4 de outubro de 2017 e finalizado em 22 fevereiro de 2018. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso (DBC), com 4 tratamentos e 6 repetições, totalizando 24 unidades experimentais. Cada área experimental é composta por uma área de 2 . Os tratamentos foram: T1 – Testemunha (sem adição de fertilizante organomineral à base de turfa); T2 – 2,5 L ha-1; T3 – 5,0 L ha-1 e T4 – 7,5 L ha-1. Todos os tratamentos possuem associação com Bradyrhizobium spp e Azospirillum brasiliense, nas proporções de 248 mL ha-1 e 166 mL ha-1, e produto a base de boro (B) na proporção de 620 mL ha-1. Após colhido foram selecionadas 10 plantas por unidade experimental, no qual foi medido o comprimento das plantas com uma trena e o número de vagens. Os grãos foram passados por uma máquina trilhadora. Em seguida foi pesado com uma balança de precisão afim de obter a produtividade por unidade experimental. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas com o teste de Tukey a 5% de significância, utilizando o programa ASSISTAT. Conclui-se que o T3 apresentou produtividade de 4.493,57 kg ha-1, sendo superior aos demais tratamentos. Não houve diferenças estatísticas nas demais variáveis avaliadas.[pic 1]

Palavras-chave: Sistema radicular; simbiose; nodulação.


Productivity of soybean with different dosages of liquid peat

Abstract: The present work has the objective of evaluating liquid peat dosages on soybean yield. The experiment was carried out in the experimental area of ​​Fazenda Escola of the University Center FAG, located in the municipality of Cascavel - PR. Beginning on October 4, 2017 and ended on February 22, 2018. The experimental design was a randomized complete block (DBC), with 4 treatments and 6 replicates, totaling 24 experimental units. Each experimental area is composed of an area of ​​2 m 2. The treatments were: T1 - Witness (without addition of organomineral fertilizer based on peat); T2 - 2.5 L ha-1; T3 - 5.0 L ha-1 and T4 - 7.5 L ha-1. All treatments were associated with Bradyrhizobium spp and Azospirillum brasiliense, in the proportions of 248 mL ha-1 and 166 mL ha-1, and boron-based product (B) in the proportion of 620 mL ha-1. After harvesting, 10 plants per experimental unit were selected, in which the length of the plants with a scale, the number of pods and the number of stems were measured. The grains were passed through a threshing machine. It was then weighed with a precision scale in order to obtain productivity per experimental unit. The results were submitted to analysis of variance and the means were compared with the Tukey test at 5% of significance, using the ASSISTAT program. It was concluded that T3 had a yield of 4,493.57 kg ha-1, being higher than the other treatments. There were no statistical differences in the other variables evaluated.

Key-words: Root system; symbiosis; nodulation.

Introdução  [pic 2]

A soja tem como principal ponto de origem o continente asiático, região correspondente à China Antiga. Referências bibliográficas, informam que essa leguminosa era a base alimentar do povo chinês há mais de 5.000 anos (FEDERIZZI, 2006) e (CÂMARA, 2015).

A cultura da soja foi introduzida no Brasil através de sementes provenientes dos Estados Unidos da América em 1882. Seu ponto inicial de testes de algumas variedades foi na Bahia, sendo após isso realizado vários testes em várias regiões no país. Desde então esta cultura passou por um explosivo crescimento da área cultivada e produção, podendo-se destacar os avanços alcançados nas últimas décadas no país (EMBRAPA, 1999).

A soja representa em âmbito mundial o papel da principal oleaginosa mais consumida e produzida mundialmente. Justificando pela sua importância tanto para o consumo humano através da extração do óleo de soja, quanto para o animal, através de farelo de soja. A soja compreende uma cadeia produtiva que envolve desde produção interna voltada para a exportação do produto bruto, até a transformação do produto voltada para a indústria que processa a soja em farelo ou óleo para a exportação ou para consumo interno (CERICATTO, et al., 2010).

A soja se tornou a principal cultura cultivada no país, principalmente por sua rentabilidade econômica, ela tem ocupado lugar de outras culturas, avançando também sobre áreas de pastagens. Segunda dados da Embrapa (2017), a estimativa de produção mundial da soja é cerca de 351,311 milhões de toneladas, sendo distribuídas em 120,958 milhões de ha-1. O Brasil é o segundo maior produtor mundial da oleaginosa com uma produção de aproximadamente 113,923 milhões de toneladas, em uma área de 33,890 milhões de ha, com participação na produção mundial de aproximadamente 32%, sendo os Estados Unidos o maior produtor mundial com 117,208 milhões de toneladas, e tendo uma área plantada de 120,958 milhões de ha-1, e com participação na produção mundial de aproximadamente 33,5% (EMBRAPA, 2017).

O nitrogênio (N) é considerado o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura de soja, por ser rico em proteínas, apresenta um teor médio de 6,5% de N. Desta forma, para se produzir 1 ton. de grãos, são necessários 65 kg de N, pelo menos mais 15 kg de N, para as folhas, caules e raízes, tendo uma necessidade de aproximadamente 80 kg para cada 1000 kg de grãos, dos quais 65 kg são retirados pela lavoura pelos grãos  (EMBRAPA, 2001).

Segundo Franchi (2000), a turfa é uma substância fóssil, organo-mineral, originada de decomposição de material orgânico e restos vegetais, sendo encontrado em áreas alagadas, como várzeas de rios e planícies costeiras. A turfa é uma fonte de MO amplamente empregada na agricultura mundial há séculos, embora seu estudo só tenha se intensificado a partir dos anos 60, principalmente na Europa.

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