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RESUMO DO LIVRO: TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E COOPERATIVISMO

Por:   •  30/7/2019  •  Resenha  •  2.326 Palavras (10 Páginas)  •  273 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

ADENILSON SILVA SANTOS JUNIOR

RESUMO DO LIVRO: TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E COOPERATIVISMO

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Turismo de Base Comunitária e Cooperativismo

        O modo de produção capitalista abrange em seu marco conceitual a economia solidária, devido as origens desse pensamento crítico está diretamente relacionado com as diversas modificações ocorridas no mundo do trabalho, iniciado na Revolução Industrial, onde as condições de trabalho sofreram profundas deteriorações e o ambiente na manufatura transformou-se completamente.

        Foram criadas as chamadas guildas, já com os princípios do capitalismo nascente, e tinham como objetivo a produção e defesa dos interesses dos seus associados, subtraindo do trabalhador conhecimentos passados de gerações, desestruturando a cultura relacionada às relações de reciprocidade de aprendizagem da atividade produtiva, e enfatizando a importância dos mestres e aprendizes neste processo.

        Faz-se então presente as  máquinas automatizadas, influenciando na expulsão do homem do campo, passando aumentar o fluxo de migração de pessoas para as grandes cidades, e um aumento significativo na oferta de trabalho, fatores esses que foram decisivas no processo de substituição das relações estabelecidas nas guildas, pelo estranhamento do trabalhador às características do trabalho em espaço fabril, muitos sem se quer ter a ciência do valor da riqueza por ele produzida.

        As condições de trabalho nas indústrias manufatureiras eram desumanas em termo de salubridade, em péssimas condições, com jornadas de quinze a dezessete horas/dia, trabalho de crianças e adolescentes. A expectativa de vida da população era de 21 anos, pois as rotinas e condições perigosas tornavam o trabalho uma opressão. As fábricas eram escuras, quentes e pouco arejadas, baixos salários, carência de recursos como moradia digna, transporte que não existia, tendo os trabalhadores que ir a pé para a fábrica e morar o mais perto possível em habitações precárias. Com isso iniciou-se os primeiros incentivos a greves e revoltas, que mais tarde deram origem aos movimentos associativos e representação da classe trabalhadora.

        Surge então em meados do século XIX na Europa simultaneamente o sindicalismo, cooperativismo e o associativismo, originados das lutas e organizações dos trabalhadores na busca de melhores condições de trabalho e de vida.

        Economia Solidária

        O objetivo da economia politica é basicamente a reflexão das razões que determinam a distribuição da riqueza produtiva entre atores/classes sociais envolvidas no processo produtivo, mas a forma de distribuição muda ao longo do tempo, estando diretamente relacionada ao processo como se dá a organização da produção.

        Alguns pensadores desenvolveram criaria teorias, a exemplo de Charles Fourier, com a ideia de que cada um trabalharia conforme suas paixões e vocações, enquanto comunidades ideais. Já Robert Ower, considerado o pai do cooperativismo, criou colônias autônomas onde as pessoas associadas produziam e consumiam em comum, remuneradas de acordo com as necessidades, buscando assegurar igualdade a todos. Por fim, Saint-Simon, importante nas ideias de crítica radical aos governantes e ao Estado.

        Em 1844, vinte e oito tecelões da Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, sendo eles a maioria seguidores de Robert Ower, fundaram uma cooperativa com princípios que se tornarem a base de um movimento internacional, com princípios que foram ratificados pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI).

        No pensamento crítico, a economia solidaria tem por princípios organizativos dos empreendimentos: posse coletiva dos meios de produção; gestão democrática por participação direta ou representação; e distribuição igualitária dos resultados econômicos. Considera-se um movimento que busca uma sociedade fundada nas bases da cooperação, solidariedade e na vida, com reação aos valores vigentes de competição e desumanização das relações que priorizam o lucro como o objetivo nas relações econômicas, políticas e sociais.

        A Economia Solidária no Brasil organizou-se por meio do Fórum Brasileiro de Economia Solidaria – FBES com princípios gerais de valorização social do trabalho humano, satisfação plena das necessidades de todos como eixo de criatividade tecnológica e da atividade econômica, reconhecimento do lugar fundamental da mulher e do feminino numa economia  na solidariedade, a busca de uma relação de intercambio respeitoso com a natureza e valores da cooperação e da solidariedade.  

No século XIX, o cooperativismo se encontrava em oposição da ganância e competição, não suportava exploradores e nem explorados. No entanto, segundo OLIVEIRA, o movimento cooperativista frustrou os ideais de transformação da sociedade quando se atrelou com o movimento capitalista. No Brasil, ao contrário da Europa, o cooperativismo nasceu da classe elite, na tentativa te evitar menos intervenções estatais e fomentar a industrialização. Assim, depois de 1930, a fim de inserir o Estado no âmbito rural, o Ministério da Agricultura criou o cooperativismo.

Nessa perspectiva, o Estado brasileiro estava em uma ótima condição de produção agrícola, fazendo com o que os interesses das empresas aumentassem mais ainda nessa área. Então, nesta época, as cooperativas aumentaram consideravelmente, aonde serviu como uma forma de burlar as relações de trabalho, ao permitir a terceirização, contribuindo, assim, com o neoliberalismo.Vale ressaltar que os membros de uma cooperativa não são assalariados, portanto não cabe a CLT- Consolidação das Leis de Trabalho fiscalizar, isto contribui para a criação de falsas cooperativas por parte dos empresários. Um fato que aconteceu em 2003 confirma isto, quando empresários demitiam seus funcionários e os obrigavam a se afiliarem a uma cooperativa que eles criavam.

Em contrapartida, em meados de 1990, o sociólogo Hebert Souza mobilizou empresas e entidades para a criação de um comitê, o COEP- Comitê das Entidades Públicas no Combate à Fome e pela vida, visando acabar com a fome e gerar trabalho e renda.. Hebert ainda influenciou na integração da COEP na Universidade do Rio de Janeiro, isso só foi possível pois o sociólogo levantou uma provocação sobre o papel da Universidade frente aos autos índices de desemprego no país. Graças a tal fato, o diretor Luiz Pinguelli Rosa reagiu com uma ideia inovadora sobre a extensão universitária.

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