TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Revisão de Introdução à Agronomia

Por:   •  6/6/2017  •  Resenha  •  2.788 Palavras (12 Páginas)  •  610 Visualizações

Página 1 de 12

REVISÃO DE INTRODUÇÃO À AGRONOMIA

  • FORMAÇÃO SISTÊMICA DO AGRÔNOMO
  • REVOLUÇÃO VERDE
  • REFORMA AGRÁRIA
  • MONSANTO

FORMAÇÃO SISTÊMICA DO AGRÔNOMO

Na atualidade surgem incertezas sobre a capacidade dos cursos de Agronomia promover educação que possibilite aos futuros Agrônomos de perceberem o seu papel profissional inseridos na sociedade e na sua realidade de trabalho. Formam-se pessoas, particularmente os Engenheiros Agrônomos, de espírito fechado, no reducionismo encontrado nas especializações. Estes muitas vezes ignoram o conhecimento embasado na realidade e não conseguem visualizar além da sua especialização. Isso acontece por receberem uma educação não contextualizada no saber.

O ensino superior, em especial os cursos de Agronomia, com seus objetivos predominantemente de formação tecnicista, diante de um novo cenário do espaço agrário, têm como desafio repensar a formação do Engenheiro Agrônomo. Esta deve ser mais abrangente do que o ensino que visa apenas aumentar a produção agrícola nos moldes da Revolução Verde. É por meio do desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisando novos processos produtivos que levem em conta as relações humanas contextualizando as necessidades e desejos dos campesinos.

A aplicação prática dos conhecimentos adquiridos nas salas de aula e a convivência com o homem do espaço agrário também se demonstra deficiente, gerando dificuldades quando do exercício pleno da profissão para a libertação do homem do campo de sua condição de subserviência. O Engenheiro Agrônomo com formação integral, visão sistêmica, agroecológica, crítico, reflexivo, fundamentado no diálogo e interdisciplinar, poderá exercer a profissionalidade, proporcionando uma educação libertadora no espaço agrário.

O processo de aprendizagem depende diretamente de como evolui a relação interpessoal professor - aluno. O educador deve agir, pensar e refletir na sua totalidade e não de forma segmentada. Dentro deste contexto, tais mudanças só ocorrerão com modificações na cultura reinante do setor, ou seja, com o envolvimento de todos os atores do mundo agrário.

Para que o processo interdisciplinar e agroecológico obtenham resultados positivos, deve-se ter um grupo que reúna docentes, pesquisadores, extensionistas e agricultores familiares, pois cada um pode contribuir com sua parcela na construção do conhecimento. Além do que a prática completa a teoria e vice-versa. A extensão rural tem papel fundamental no processo de formação do agrônomo.

REVOLUÇÃO VERDE

As inovações tecnológicas na agricultura para a obtenção de maior produtividade através do desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização do solo, utilização de agrotóxicos e mecanização no campo que aumentassem a produtividade, ficou denominada de Revolução Verde. Esse processo ocorreu através do desenvolvimento de sementes adequadas para tipos específicos de solos e climas, adaptação do solo para o plantio e desenvolvimento de máquinas.


A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma conferência em Washington, por William Gown, que disse a um pequeno grupo de pessoas interessadas no desenvolvimento dos países com déficit de alimentos “é a Revolução Verde, feita à base de tecnologia, e não do sofrimento do povo”.


A implantação de novas técnicas agrícolas iniciou-se no fim da década de 1940, porém os resultados expressivos foram obtidos durante as décadas de 1960 e 1970, onde países em desenvolvimento aumentaram significativamente sua produção agrícola.


Esse programa foi financiado pelo grupo Rockefeller, sediado em Nova Iorque. Utilizando um discurso ideológico de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome no mundo, o grupo Rockefeller expandiu seu mercado consumidor, fortalecendo a corporação com vendas de pacotes de insumos agrícolas, principalmente para países em desenvolvimento como Índia, Brasil e México. O grupo patrocinou projetos em determinados países criteriosamente selecionados, as nações escolhidas foram: México, Filipinas, Estados Unidos, e, em menores proporções, o Brasil.


As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativamente a produção agrícola.

Constatou-se um aumento extraordinário na produção de alimentos. No México, as experiências iniciais e mais significativas foram realizadas com o trigo, que em sete anos quadruplicou sua produção. Nas Filipinas, as pesquisas foram realizadas com o arroz, o resultado foi satisfatório, havendo um grande aumento na produção e colheita.
Porém, a fome no mundo não reduziu, pois a produção dos alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos industrializados, como Estados Unidos, Japão e Países da União Europeia.


A modernização no campo alterou a estrutura agrária. Pequenos produtores que não conseguiram se adaptar às novas técnicas de produção, não atingiram produtividade suficiente para competir com grandes empresas agrícolas e se endividaram com empréstimos bancários solicitados para a mecanização das atividades, tendo como única forma de pagamento a venda da propriedade para outros produtores.


A Revolução Verde proporcionou tecnologias que atingem maior eficiência na produção agrícola, aumentando significativamente a produção de alimentos, entretanto, a fome mundial não foi solucionada, desbancando o discurso humanitário de aumentar a produção de alimentos para acabar com a fome nos países em desenvolvimento.

REFORMA AGRÁRIA

Introdução 

Podemos definir reforma agrária como um sistema em que ocorre a divisão de terras, ou seja, propriedades particulares (latifúndios improdutivos) são compradas pelo governo a fim de lotear e distribuir para famílias que não possuem terras para plantar. Dentro deste sistema, as famílias que recebem os lotes, ganham também condições para desenvolver o cultivo: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, 
infra-estrutura, assistência social e consultoria. Tudo isso oferecido pelo governo.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (18.7 Kb)   pdf (123 Kb)   docx (20.8 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com