A Fragilidade Ambiental

Fragilidade Ambiental

A contar do surgimento do homem na terra, já se dava início as modificações dos ecossistemas em que vivia, do mesmo modo os mesmos ambientes, modificavam e influenciavam o homem, Tricart (1977). À medida que a população aumenta, cresce também a demanda por recursos, recursos estes que provocam o consumo desordenado e a ocupação do que antes eram considerados sistemas equilibrados e preservados, mas que agora servem de palco para o descaso com meio ambiente. Aumentando o foco para o que chamamos de uso antrópico do solo, o homem cada vez mais substitui paisagens naturais, por plantações, pastagens, atividades mineradoras, polos industrias, entre outros aspectos. O fator homem está cada vez mais presente como agente destrutivo do meio ambiente que o cerca, o uso do solo de maneira desordenada, acarreta em impactos econômicos, sociais e ambientais.

Nesse presente trabalho vamos tratar a fragilidade como o grau que o ambiente se encontra a ser suscetível a perdas de solo via erosão pluvial, como define EMBRAPA (2003), é o fenômeno causado pelas gotas da chuva incidindo sobre o solo, removendo suas partículas e as dispersando, que posteriormente são carregadas pela dragagem superficial levando a grandes perdas de massa da bacia e consequentemente a sua degradação. Para SPÖRL & ROSS (2004), rocha, solo, relevo, cobertura do solo e clima, são fatores que devem ser analisados de forma conjunta para que se defina o grau em que o ambiente se encontra a serem suscetíveis a erosão, podendo assim, classifica-las assim em categorias com diferentes níveis de fragilidade.

SPÖRL & ROSS (2004), ainda afirmam que para os ambientes naturais (recursos hídricos, clima, vegetação, solo e relevo), todo tipo de alteração que sofrerem, culminaria na perda do equilíbrio dinâmico do mesmo, prejudicando a funcionalidade do sistema.  Entender as fragilidades em que o ambiente se encontra se torna fundamental para criação de praticas conservacionistas para o uso da terra e de seus recursos, além da elaboração de planos para recuperação de áreas já degradadas seja por ação natural ou antrópica uma vez que se pode analisar o quadro como um todo para melhor compreender a interação do homem com o ambiente que o cerca.

Com a modernização, a cada vez mais atrito na relação entre homem e meio ambiente, ao mesmo tempo, as tecnologias que permitem, diagnosticar, categorizar e implementar medidas de combate, prevenção e recuperação dos recursos naturais se desenvolvem à medida que surge a necessidade de instrumentos mais eficazes para auxiliar essa demanda crescente. Como descreve Hamada (2003), as geotecnologias vêm acompanhando esse avanço, com uma gama vasta de recursos e aplicações, no diagnostico da fragilidade ambiental, elas entram como recurso valioso, seu uso é bastante utilizado por órgãos governamentais, entidades privadas e não-governamentais, devido sua facilidade de entregar dados espaciais e não espaciais em projetos dentro das áreas voltadas ao meio ambiente como a gestão de recursos naturais, e a exploração agrícola. Além disso, como demonstra Crepani et al. (2001), o uso de imagens de satélite como o próprio autor chama de “ancora”, viabiliza usar toda a capacidade existente deste recurso no sensoriamento remoto e nos sistemas de informações geográficas, aptos serem utilizados em metodologias aplicáveis a produtos orbitais disponíveis aos nossos serviços, proporcionando análises cada vez mais eficazes e precisas.