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ARTIGO CIENTÍFICO: “O MERCADO DE TRABALHO DO ENGENHEIRO”

Por:   •  21/8/2020  •  Artigo  •  2.035 Palavras (9 Páginas)  •  267 Visualizações

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Universidade Estadual Paulista

Luis Carlos Gomes Rossi

UNESP – IEM - Artigo científico: “O mercado de trabalho do engenheiro”

São Paulo

2018

O mercado de trabalho do engenheiro

Luis Carlos Gomes Rossi  RA181321084

Resumo

Para se tornar um engenheiro de prestígio e encontrar boas oportunidades de emprego no mercado de trabalho atual um simples bacharelado não é suficiente. A concorrência e as inovações tecnológicas dos séculos XX e XXI exigem do engenheiro mais a cada dia, especializações, conhecimentos em softwares, domínio de línguas estrangeiras – cada vez mais importante neste mundo globalizado -, as empresas precisas de profissionais mais experientes e inovadores para manterem-se competitivas e acompanhar o dinamismo do contexto contemporâneo.

Objetivo

O presente trabalho tem como objetivo avaliar o mercado atual de trabalho do engenheiro e apresentar projeções e previsões da situação do mesmo em um período de cinco anos, além de sondar algumas das características que valorizam e provem mais oportunidades profissionais aos engenheiros.  

1. Introdução

O cenário brasileiro contemporâneo é o de pós-crise, onde a nação busca recuperar e reestruturar sua economia, a fim de voltar a apresentar novas taxas de crescimento econômico. No entanto, o que torna a engenharia uma área profissional atrativa é o fato de mesmo seu nível de contratações tendo diminuído, as taxas de empregabilidade ainda são uma das mais altas. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), está até mesmo prevista uma carência de profissionais especializados para os próximos anos [1]. A concorrência permanece, mas haverá uma escassez de mão de obra qualificada e experiente para cargos especializados. O engenheiro é um profissional valorizado nacionalmente, ainda mais quando possui boa formação e experiência profissional, além disso, um diploma em engenharia é uma porta para diversas áreas, o mesmo pode trabalhar em diferentes ramos, como por exemplo: desenvolvimento e manutenção de máquinas e equipamentos, pesquisas, processos, projetos e vendas técnicas, análise de investimentos (bancos), isto é, as oportunidades vão desde a área de bens de capital à indústrias automobilísticas, aeronáuticas e metalúrgicas. Assim, o engenheiro moderno, ao deparar-se com o mercado de trabalho dos próximos cinco anos, será confrontado pelas diferentes áreas de atuação de um mercado diversificado, pela concorrência constante (maior ainda em suas ocupações típicas), e pela crescente necessidade de especialização.

2. Análise do mercado atual

Nessa seção será apresentada uma avaliação da formação do engenheiro, da situação do mercado atual, bem como as causas desse cenário, e análise da oferta e da procura por engenheiros.

2.1 O mercado atual

Mesmo em um cenário de incerteza como o atual, é possível fazer algumas previsões. Basta analisar o contexto social, econômico e tecnológico e associá-lo a tendências do mercado.

Para começar a análise, vamos verificar a relação entre a oferta e a demanda de profissionais no mercado de Engenharia. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizou um estudo que prevê carência de profissionais para 2020 [1].

Segundo essa projeção, a escassez de engenheiros não será pela falta de profissionais formados, mas pela falta de pessoas qualificadas. Isso quer dizer que, em números, haverá engenheiros suficientes para suprir a demanda — no entanto, esse mercado requer mais profissionais de qualidade [1].

2.2 A formação do engenheiro brasileiro

A figura 1 mostra que apenas uma pequena parcela dos engenheiros formados é devidamente preparada e capacitada para o mercado de trabalho brasileiro e internacional, uma disparidade em relação ao numero de profissionais formados por ano.

[pic 1]

Figura 1: gráficos de análise da formação de engenheiros [2].

Isso se deve ao fato de os investimentos na formação para a Engenharia ter sido tímido nas últimas décadas, ainda é baixo o número de pessoas com experiência e capacitação suficientes para assumir cargos altos, como os de gerência. Por isso, atualmente, as grandes organizações carecem de líderes para conduzir seus projetos de Engenharia.

Outro fator que contribui para esse gargalo é que muitos engenheiros acabam se desviando de sua área de formação original e passam a atuar em outros setores. O IPEA mostra que menos da metade (41%) dos engenheiros exercem suas ocupações típicas[1]. Se um lado dessa moeda revela desafios no mercado da Engenharia, o outro lado nos mostra como esse profissional é versátil. Um diploma de engenheiro é uma janela para inúmeras possibilidades de atuação.

2.3 Domínio de língua estrangeira 

Visto que os engenheiros possuem uma formação técnica muito relevante e são profissionais atrativos para muitas empresas nacionais e internacionais de vários ramos da indústria e da área de serviço, dominar a língua inglesa pode parecer senso comum, mas o cenário dos profissionais de engenharia é diferente do esperado.

O uso do inglês passa a ser proveitoso logo na instituição de ensino superior, quando alguns livros e artigos (muitas vezes os melhores) se encontram somente em inglês. Quando falamos mestrado e doutorado, a língua estrangeira passa a ser essencial, pois a maioria dos artigos e pesquisas cientificas são apresentadas em inglês. Quanto ao mercado de trabalho, o mesmo está cada vez mais competitivo e requer profissionais mais qualificados, atualmente, as empresas não estão mais pedindo um nível de inglês intermediário, não querem apenas o inglês técnico adequado para leitura de manuais ou para envio de e-mails. Recrutadores concordam que é praticamente impossível contratar um candidato jovem sem ter ao menos o nível intermediário.

A fluência do inglês se tornou essencial, passou a ser vista como requisito eliminatório para a maioria das grandes empresas nacionais; e saber outras línguas, como o espanhol ou o alemão, é de extrema importância para a seleção de um candidato, principalmente para áreas voltadas para o comercio. “Como a língua inglesa já vem se tornando universal, assim como muitos especialistas, eu já considero-a algo natural, que devemos tê-la com certeza; agora as empresas já passam a adquirir aqueles profissionais que além desta, têm também outra’’.

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