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Art Nouveau

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Por:   •  17/12/2013  •  2.032 Palavras (9 Páginas)  •  626 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

Para começar, o Art Nouveau foi um estilo desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX, mais precisamente entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial, e é caracterizado pela quebra de tradições que ainda era usado em excesso na arte e na arquitetura. Passou então a se preocupar com a forma, independentemente de qualquer herança estética.

Na arquitetura, esse período também era conhecido como "estilo 1900" ou "estilo Liberty", onde se destacava as linhas curvilíneas, juntamente com as formas orgânicas, como por exemplo as folhagens, flores, cisnes, entre outros. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O art nouveau vai estar em contato direto com a produção em série, e com isso, vai acompanhar de perto os passos da industrialização e do fortalecimento da burguesia, e vai ao mesmo tempo valorizar o uso de materiais como por exemplo o vidro, o ferro e o cimento. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pelo fato de haver uma articulação estreita entre arte e indústria.

A primeira fonte de inspiração dos artistas é a natureza, as linhas nao simétricas, orgânicas tanto da fauna quanto da flora. Pode-se dizer que é um estilo internacional, com diferentes denominações em diferentes países. Na Alemanha é chamado de "jugendstil", na Itália de "stile liberty", na Espanha de "modernista", na Áustria de "sezessionstil", e por aí vai.

ART NOUVEAU

Estilo artístico que se desenvolve entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa e nos Estados Unidos, espalhando-se para o resto do mundo, e que interessa mais de perto às Artes Aplicadas: arquitetura, artes decorativas, design, artes gráficas, mobiliário e outras. O termo tem origem na galeria parisiense L'Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos é apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento. A designação modern style, amplamente utilizada na França, reflete as raízes inglesas do novo estilo ornamental. O movimento social e estético inglês Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834 - 1896), está nas origens do art nouveau ao atenuar as fronteiras entre belas-artes e artesanato pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e pela recuperação do ideal de produção coletiva, segundo o modelo das guildas medievais. O art nouveau dialoga mais decididamente com a produção industrial em série. Os novos materiais do mundo moderno são amplamente utilizados (o ferro, o vidro e o cimento), assim como são valorizadas a lógica e a racionalidade das ciências e da engenharia. Nesse sentido, o estilo acompanha de perto os rastros da industrialização e o fortalecimento da burguesia.

O art nouveau se insere no coração da sociedade moderna, reagindo ao historicismo da arte acadêmica do século XIX e ao sentimentalismo e expressões líricas dos românticos, e visa adaptar-se à vida cotidiana, às mudanças sociais e ao ritmo acelerado da vida moderna. Mas sua adesão à lógica industrial e à sociedade de massas se dá pela subversão de certos princípios básicos à produção em série, que tende aos materiais industrializáveis e ao acabamento menos sofisticado. A "arte nova" revaloriza a beleza, colocando-a ao alcance de todos, pela articulação estreita entre arte e indústria.

A fonte de inspiração primeira dos artistas é a natureza, as linhas sinuosas e assimétricas das flores e animais. O movimento da linha assume o primeiro plano dos trabalhos, ditando os contornos das formas e o sentido da construção. Os arabescos e as curvas, complementados pelos tons frios, invadem as ilustrações, o mundo da moda, as fachadas e os interiores, atestam o balaústre da escada da Casa Solvay, 1894/1899, em Bruxelas, do arquiteto e projetista belga Victor Horta (1861 - 1947); as cerâmicas e os objetos de vidro do artesão e designer francês Emile Gallé (1846 - 1904); a fachada do Ateliê Elvira, 1898, em Munique, do alemão August Endell (1871 - 1925); os interiores do norte-americano Louis Comfort Tiffany (1848 - 1933); as pinturas, os vitrais e painéis do holandês Jan Toorop (1858 - 1928); o Castel Beránger e estações de metrô, de Hector Guimard (1867 - 1942), em Paris; a Casa Milá, 1905/1910, e o Parque Güell, de Antoni Gaudí (1852 - 1926), em Barcelona; a Villa d'Uccle, 1896, do arquiteto e projetista belga Henry van de Velde (1863 - 1957). Um traço destacado de Van de Velde e de outros arquitetos ligados ao movimento é a idéia modernista da unidade dos projetos, que articula o interno e o externo, a função e a forma, a utilidade e o ornamento. Tanto na sua residência - a Villa d'Uccle - quanto em outros ambientes que constrói - The Havana Company Cigar Store ou a Haby Babershop, 1900, ambas em Berlim -, Van de Velde mobiliza pintores, escultores, decoradores e outros profissionais, que trabalham de modo integrado na construção dos espaços, da estrutura do edifício aos detalhes do acabamento.

O art nouveau é um estilo eminentemente internacional, com denominações variadas nos diferentes países. Na Alemanha, é chamado jugendstil, em referência à revista Die Jugend, 1896; na Itália, stile liberty; na Espanha, modernista; na Áustria, sezessionstil. Os três maiores expoentes austríacos do art nouveau, integrantes da Secessão vienense, são o pintor Gustav Klimt (1862 - 1918), o arquiteto Joseph Olbrich (1867 - 1908) - responsável, entre outros, pelo Palácio da Secessão, 1898, em Viena - e o arquiteto e designer Josef Hoffmann (1870 - 1956), autor dos átrios da Casa Moser, 1901/1903, da Casa Koller, 1902, e do Palácio da Secessão. Os trabalhos de Klimt são emblemáticos do modo como a pintura se associa diretamente à decoração e à ilustração no art nouveau. Suas figuras femininas, de tom alegórico e forte sensualidade - por exemplo, o retrato de corpo inteiro de Emilie Flöge, 1902, Judite I, 1901, e As Três Idades da Mulher, 1908 -, têm grande impacto em pintores vienenses como Oskar Kokoschka (1886 - 1980) e Egon Schiele (1890 - 1918).

Ainda no terreno da pintura, é possível lembrar o nome do suíço Ferdinand Hodler (1853 - 1918) e suas obras de expressão simbolismo como O Desapontado, 1890; os pintores integrantes do grupo belga Les Vingt (Les XX) - James Ensor (1860 - 1949), Toorop e Van de Velde -; e o inglês Aubrey Vincent Beardsley (1872 - 1898),

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