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Art Nouveau

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Por:   •  19/8/2013  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  490 Visualizações

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O Art Nouveau – Declínio e crítica

• “O fim do Art Nouveau foi assombrosamente rápido e, nesse caso, não podemos falar de um uma mudança de geração, pois foi um estilo abandonado por alguns de seus mais renomados criadores quando estes estavam no topo de sua carreira profissional. Por sua parte, os fabricantes começaram a retirá-lo dos catálogos e as administrações públicas pressionadas pela crescente tensão internacional, deixaram de dar-lhe apoio com o argumento de que já não vendia. Este seria o conjunto de sintomas que anunciavam a estranha morte do Art Nouveau, mas não sua causa.”

• Na realidade, o art nouveau terminou sendo vítima de suas tensões internas. Na medida em que se tratava de um movimento intelectualmente muito dinâmico, suas contradições emergiram, e as posturas se radicalizaram. Sem dúvida foi a primeira tentativa de criar um estilo novo e moderno na decoração. O problema era que, em 1910, não se sabia exatamente o que poderia ser moderno e tampouco se o ornamento e o luxo teriam seus limites, pelo menos no aspecto moral. A pergunta que surgia era: que sentido teria a camuflagem artística do técnico?”

“A resposta não era clara e determinou a polarização que duraria por décadas. No setor radical militariam aqueles intelectuais, arquitetos e designers, politicamente mais comprometidos, que identificavam a modernidade com o progresso social e material. Em suas mãos o design se tornaria um instrumento de transformação social.”

• “Depois da guerra este setor gerou diversos movimentos de vanguarda que integrariam o chamado movimento moderno.

• Por outro lado, o setor pragmático estaria representado por aqueles designers e arquitetos que aspiravam encontrar um estilo substituto do art nouveau, que representasse a sociedade moderna sem necessidade de transformá-la.”

• “O mercado de objetos de luxo que havia gerado o art nouveau não era insignificante e se renovou estilisticamente com os repertórios geométricos e esquemáticos do art déco. No entanto, diferente de seu estilo antecessor, o art déco nunca contou com um programa ideológico explícito.”

• “Em última análise o art nouveau foi superado pela aparição de uma nova escala de valores que surgia da crítica a seus excessos ornamentais e naturalistas e que evocava um novo conceito de funcionalidade, assim como a vontade de que o design dos objetos fosse expressão das necessidades da produção em série.”

Teve em Adolf Loos um crítico ferrenho aos excessos de ornamentos. Para ele “o estilo era supérfluo e o ornamento também. A cultura moderna mostrava sua grandeza na medida em que era incapaz de criar um ornamento novo. Ao longo de sua vida não se cansou de defender a tese de que a falta de ornamento era um sinal de cultura e de força espiritual (...) No contexto da civilização industrial, o ornamento era indesejável pois encarecia demasiadamente o produto; o tornava antieconômico e o preço só se reduziria pela exploração do artesão, o que seria igualmente indesejável.”

• “Além da consideração negativa do ornamento, os críticos do art nouveau estavam em desacordo com os excessos naturalistas que terminavam por ofuscar a função do objeto e por incitar a compra baseada no prazer e não na necessidade. No futuro, o design deveria estar a serviço da produção, e não no hedonismo, e parâmetros como a abstração, a funcionalidade e a racionalidade produtiva deviam ser parte de um programa socialmente comprometido.”

• “No século XIX, em nome do novo, se propunham a renunciar à representação da natureza. Na realidade, a abstração não foi um conceito gerado apenas nas artes plásticas, mas também se encontrava nas fases mais avançadas da convenção e do ‘esquematismo’ ornamental

• “Outra acusação que se fazia reiteradamente ao art nouveau era que as funções do tipo simbólico terminavam por deslocar aquelas de tipo prático. Até certo ponto, isto era certo, porque os alardes de virtuosismo no uso de materiais e das técnicas podiam conduzir, por exemplo, ao extremo de projetar taças de cristal inúteis por seus finos pés ou estranhas jóias que pareciam feitas para serem contempladas em uma vitrine e não sobre o corpo de uma mulher.”

• “De qualquer maneira, a defesa da função não se fazia tanto em nome do trabalho prático que deveria desempenhar um objeto, mas em nome do conceito de trabalho em si mesmo. (...) Assim, as concepções mais progressistas do design defendiam que os objetos deviam simbolizar o trabalho e as funções que na realidade desempenhavam e não as preocupações e os sentimentos de seu autor.”

• “O conceito de abstração foi fundamental em toda a estética do século XX. Se baseia na platônica idéia de que o criador não encontrará a verdade observando o mundo que o rodeia, mas indo além do que se pode encontrar no interior do próprio sujeito ou no abstrato mundo das matemáticas.”

• A orientação consumista seria a última crítica ao art nouveau. “De fato, o estilo incentivava a máquina capitalista, pois, como visto, foram revitalizados setores que estavam enraizados em tradições, se abriram grandes lojas e foram estimulados a publicidade e o marketing. Os designers apareciam como os artífices do encarecimento” e da particularidade de objetos muitas vezes desnecessários, o que se perguntava ser socialmente responsável, assumir “o papel de estimuladores do consumo.”

• Já havia uma crítica e um corpo teórico contra o consumo. Marx e Ruskin haviam apontado como sendo

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