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CONCEITO ADENSAMENTO DE CONCRETO

Por:   •  1/10/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.712 Palavras (7 Páginas)  •  532 Visualizações

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                CONCEITO ADENSAMENTO DE CONCRETO

Azevedo, H.A, O edifício até sua cobertura – Prática de Construção civil ( 2ª edição revista) 1997

Adensamento do concreto é a operação que tem por finalidade a eliminação do ar e dos vazios contidos na massa. Deve ser feito durante e imediatamente após o lançamento.

O adensamento pode ser executado por processos manuais – socamento ou apiloamento – ou por processos mecânicos – vibração ou centrifugação. Qualquer que seja o processo deve-se buscar que o concreto preencha todos os espaços da forma, evitando-se a formação de ninhos e a segregação dos componentes. Deve ser evitada, também, a vibração junto a ferragem, quando o concreto for armado, para não ocasionar vazios que prejudiquem a aderência do concreto com a armadura.

Quando bem executado, o adensamento do concreto melhora a resistência mecânica e aumenta a impermeabilidade, a resistência a intempéries e a aderência do concreto à armadura.

ADENSAMENTO DO CONCRETO

        O adensamento do concreto lançado tem por objeto deslocar com esforço, os elementos que o compõem  e orientá-los para se obter maior capacidade, obrigando as partículas a ocupar os vazios e desalojar o ar do material. Os processos de adensamento podem ser manuais, socamento ou apiloamento, e mecânicos por meio de vibrações ou centrifugação. Além disso, podem-se considerar processos especiais de adensamento, tais como a concretagem a vácuo, etc.

        O adensamento manual é o modo mais simples, consiste em facilitar a colocação do concreto a fôrma e entre as armaduras, mediante uma barra metálica, cilíndrica e fina, ou por meio de soquetes mais pesados. Tanto num caso ou no outro, o concreto deve ter consistência muito plástica. No caso da barra esta deve atravessar a camada de concreto e penetrar parcialmente a inferior. Quando se utilizar soquetes, submete-se a camada de concreto a golpes repetidos, sendo mais importante o número de golpes do que a potência de cada um, desde que a potência de cada golpe ultrapasse o valor determinado.

        A espessura das camadas não deve exceder 20 cm. Esses processos só se aplicam a peças de pequena responsabilidade, pequena espessura e pouca armadura.

        A vibração permite também além da desaeração, dar ao concreto uma maior fluidez, sem aumento da quantidade de água, e determina a ascensão à superfície do excesso da água de amassamento e da pasta de cimento. Com isso, são melhoradas sensivelmente todas as características do concreto: compacidade, resistência à compressão, impermeabilidade, aderência, retração e durabilidade.

        A vibração aplicada diretamente na armadura tem sérios inconvenientes, pois, ao entrar em vibração pode deixar um espaço vazio ao seu redor, eliminando assim a aderência. Para evitar isso, após a vibração da armadura, deve-se dar uma passada final no concreto, evitando qualquer contato com a ferragem. No caso de peças pré-fabricadas em usinas, utiliza-se o vibrador externo sob a forma de mesa vibratória. Fabricam-se assim peças ornamentais, blocos, telhas, postes, dormentes, etc.

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        A centrifugação é parcialmente interessante no caso de fabricação de elementos de revolução pré-fabricados: postes, tubos, etc.

        Dada a natureza do sistema, produz-se, durante o processo, um classificação em tamanhos. Os elementos mais graúdos são lançados para a parte exterior da peça, ficando no interior uma alta concentração de pasta de cimento. No caso de tubos, isso não apresenta inconvenientes, pois fica assegurada alta impermeabilidade ao tubo e uma superfície interior com pouca rugorosidade.

        As formas são metálicas e giram com velocidade reduzida durante o carregamento, aumenta-se esta (cerca de 12 a 24 m/s), uma vez cheia a fôrma. O tempo de centrifugação varia com o tamanho da peça; em geral, vai de 2 a 10 min. Um excesso de tratamento pode prejudicar o produto final pela separação excessiva em tamanhos.

        Conforme sua aplicação, distingue-se três tipos de vibradores de imersão ou internos, de superfície e externos ou de fôrmas, podendo ser elétricos, com motor de explosão, a ar comprimido e eletromagnéticos.

        As características principais de um vibrador são a frequência, a amplitude, e a potência. Quanto a frequência, os vibradores podem ser:

  1. De baixa frequência, 1500 vibrações/min;
  2. De média frequência, 3 000 – 6 000 vibrações/min;
  3. De alta frequência, 6 000 – 20 000 vibrações/min.

        Cada grão da granulometria total do concreto tem uma frequência própria de vibração, isto é, a frequência para a qual ele vibra em ressonância com a fonte vibratória.

        A baixa frequência põe em movimento os grãos maiores do agregado graúdo e a alta frequência vibra a argamassa. A vibração à baixa frequência exige, portanto, maior potência do vibrador, pois deve movimentar os grãos maiores do agregado graúdo, de maior massa. Os vibradores da argamassa são, sob esse aspecto, mais econômicos.

        A argamassa, quando em vibração, atua como um lubrificante entre os agregados, facilitando sua acomodação.

        Raio de ação de um vibrador: é a distância além da qual o vibrador não exerce mais sua influência. O efeito da vibração diminui quando nos afastamos do vibrador, segundo uma lei aproximadamente parabólica. O raio de ação de um vibrador pode ser determinado experimentalmente, deixando-se uma vara de ferro cravada no concreto fresco, a diferentes distâncias do vibrador, e medindo-se sua vibração.

        O raio de ação é proporcional à raiz quadrada da potencia: para duplicar-se o raio é necessário quadruplicar-se a potência.

        O raio de ação depende, além da potência do vibrador, das características do concreto, não ultrapassando, porém, 60 cm.

        A aplicação de um vibrador deve ater-se aos seguintes cuidados:

  • As posições sucessivas devem estar a distância inferiores ou iguais ao raio de ação do vibrador; ou, seja, oito a dez vezes o diâmetro da agulha;
  • O aparecimento de ligeira camada de argamassa na superfície do concreto, assim como a cessação quase completa de desprendimento de bolhas de ar, correspondem ao término do período útil da vibração; dai em diante, o efeito da vibração será negativo pela separação cada vez maior dos elementos da mistura, determinando heterogeneidade e segregação ;
  • As camadas de concreto lançadas devem ter altura inferior ao comprimento da ponta vibrante dos vibradores de imersão, a fim de homogeneizar perfeitamente o concreto em toda altura da peça;
  • A inserção da ponta vibrante no concreto deve ser rápida e sua retirada muito lenta, ambas com o aparelho em funcionamento. A retirada demasiado rápida, ou com o vibrador desligado poderá deixar um vazio na massa de concreto.
  • A ponta da agulha deverá penetrar na camada anteriormente vibrada cerca de 10 cm a fim de assegurar uma perfeita adesão entre esta e a camada que está sendo depositada na fôrma.

O adensamento pode ser executado por processos manuais – socamento ou apiloamento – ou por processos mecânicos – vibração ou centrifugação. Qualquer que seja o processo deve-se buscar que o concreto preencha todos os espaços da forma, evitando-se a formação de ninhos e a segregação dos componentes. Deve ser evitada, também, a vibração junto a ferragem, quando o concreto for armado, para não ocasionar vazios que prejudiquem a aderência do concreto com a armadura.

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