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CONTRIBUIÇÃO AOS ESTUDOS DE APLICAÇÃO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) EM CONSTRUÇÕES

Por:   •  2/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.533 Palavras (11 Páginas)  •  366 Visualizações

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DIVISÃO TECNOLÓGICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL – DTCC

CONTRIBUIÇÃO AOS ESTUDOS DE APLICAÇÃO DE POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) EM CONSTRUÇÕES

Isabella Dilonardo

Bolsista

Prof. Dra. Luisa Andréia Gachet Barbosa

Orientadora

Relatório Final de Pesquisa apresentado ao

Programa  Institucional  de  Bolsas de

Iniciação Científica da Pró – reitoria

de Pesquisa da Universidade de

Campinas  como  parte

dos requisitos para

obtenção de bolsa

pesquisa.

Agosto/2013

Limeira – S.P.

Resumo        

Este relatório tem por finalidade informar ao Programa institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC – e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq – as atividades desenvolvidas no período março a julho de 2013, referentes ao projeto de iniciação científica Contribuição aos estudos de aplicação de poliestireno expandido (EPS) em construções" da bolsista Isabella Dilonardo, orientado pela Prof. Dra. Luísa Andréia Gachet Barbosa.

  1. Introdução

A construção civil é uma área que sempre se fez presente na vida da humanidade. Com o passar do tempo, o aumento da população fez com que suas técnicas e materiais desenvolvessem naturalmente. Porém, hoje em dia, é uma das atividades que mais exige do meio ambiente.

Segundo o Caderno de Educação Ambiental Habitação Sustentável do Governo do Estado de São Paulo: “A construção civil brasileira consome atualmente algo em torno de 40% dos recursos naturais extraídos e é responsável pela geração de, aproximadamente, 60% de todo o resíduo sólido urbano, além de utilizar madeira em larga escala, sendo esta, muitas vezes, extraída da mata nativa, sem a observância de critérios técnicos e legais.”

Com isso, vem-se ampliando a prática do uso da sustentabilidade na construção civil. Para um empreendimento ser considerado sustentável ele de contemplar, desde a fase de projeto até o sua utilização, as seguintes características: Ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo.

        O uso do Polistireto Expandido (EPS) na construção civil se torna extremamente viável devido as características como baixa condutividade térmica, peso específico baixo, elevada resistência, fácil transporte e manuseio, além de contribuir para a preservação do meio ambiente. Podemos citar como exemplo a técnica em painéis estruturais de EPS que é considerada pelo Green Building como uma construção sustentável. Segundo Locatelli (2012): “A utilização desses polímeros vem substituindo outros materiais, menos ecológicos e rentáveis, tornando-os uma das grandes promessas como matéria-prima para diversos tipos de produtos na indústria cívica.”

  1. Poliestireno Expandido (EPS)  

De acordo com a norma ABNT NBR 11752/1993  o EPS é um  material fabricado pela expansão de pérolas pré-expandidas de poliestireno. Sua descoberta se deu através dos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz em 1949.

A fabricação ocorre através da polimerização do estireno. Segundo a Associação Brasileira do Poliestireno Expandido (ABRAPEX):

“O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo não se utiliza e nunca se utilizou o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS, emprega-se o pentano, um hidrocarbureto que se deteriora rapidamente pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente.”

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Figura 1 – Processo de fabricação do poliestireno expansível (Adaptado de www.acepe.pt)

Sobre a constituição do Poliestireno Expandido CASTRO (2011) diz, O EPS contém pérolas com 3 mm de diâmetro que são submetidas á expansão, e pode ter seu tamanho alterado em cinquenta vezes do inicial,através de vapor. As pérolas são constituídas por 2% de poliestireno e 98% de ar.”

O EPS possui como principais características:

  • Baixa absorção de água;
  • Baixa condutibilidade térmica;
  • Resistência mecânica, podendo ser empregado onde essa característica é solicitada;
  • Resistência à compressão;
  • Versatilidade;
  • Baixo custo.

Ainda sobre as propriedades do EPS, CATOIA (2012) relata que o mesmo é 100% reciclável além de ter alta dureza, rigidez, baixo custo, elevada resistência à tração.

Uma das maneiras de usar-se o Poliestireno Expandido na construção civil é no Concreto Ultraleve Estrutural. Para o teste do mesmo material CATOIA (2012) realizou ensaios de plasticidade, massa específica, reistência à compressão simples, módulo de elasticidade, resistência à tração na compressão diametral, resistência à tração ma flexão e tenacidade e todos apresentaram-se de acordo com as normas vigentes.

Pode-se, também, aplicar o EPS na forma de painéis pré-moldados de concreto leve. VIGILATO (2001) buscou desenvolvê-los com a finalidade de substituir a alvenaria tradicional por um sistema de vedação que contribua com a racionalização e otimização das construções. Nesse estudo produziu-se painéis com 8 cm de espessura com uma malha de aço dupla nas duas superfícies do mesmo. Comparando-se o sistema convencional com o alternativo, obteve-se uma redução de aproximadamente 68% no peso.

  1. Iso-Bloco ou Insulating Concrete Forms (ICF)

A técnica do Iso-Bloco ou insulating concrete forms (ICF) é viável à construção civil uma vez que contempla questões técnicas e a sustentabilidade tendo em vista que evita o desperdício de materiais. Segundo a visita técnica realizada à Isocret do Brasil, empresa localizada situada na rua Otávio Tarquínio de Souza, nº 186 -  Campo Belo -  São Paulo o Iso-bloco é constituído de duas placas de poliestireno expandido isotérmico de 1.20m de comprimento por 14cm de altura, com paredes externas de 40 mm cada (Figura 2). A empresa realizou ensaios no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e os resultados mostram que esse material consegue uma redução de 35ºC externos para 15ºC interno. O índice de redução sonora ponderado (Rw) para as paredes do sistema é de Rw = 35dB. As cargas de ruptura para ensaios de compressão excêntricas de paredes é de 314,9 KN/m. O desperdício de material não passa de 2% e o EPS utilizado é o da classe F anti-chama que é 100% reciclável, isto é, não contém CFC.

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