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Ergonomia de Concepção

Por:   •  17/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.407 Palavras (18 Páginas)  •  226 Visualizações

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Universidade Federal de Minas Gerais

SISTEMA DE RECICLAGEM DE PAPEL

UFMG

Alessandra França Reis e Silva

Anna Luisa Tavares

Daniela Fraga

Júlia Miráglia

Letícia Borlini Rizzo

Sophia Lage Lessa Carvalho

Belo Horizonte, 07 de Maio de 2014

Introdução

A geração de resíduos sólidos pela sociedade tem aumentado substancialmente nos últimos anos. Dessa forma, junto com esse crescimento, surgiram diversos problemas relacionados a destinação desses resíduos. Atualmente, esse é um empecilho que constitui um grande desafio a ser solucionado pelas sociedades modernas. Com o crescimento da preocupação com questões ambientais, as discussões acerca desse assunto deve crescer exponencialmente nos próximos anos.

A reciclagem constitui uma solução alternativa a esses problemas, e a mesma deve se tornar cada vez mais comum e presente em nossas vidas. A reciclagem consiste na recuperação e transformação de materiais descartados em novos produtos ou matérias primas de forma a diminuir a quantidade de resíduos, poupar energia e recursos naturais valiosos. Podemos afirmar, portanto, que o processo de reciclagem diminui os impactos ambientais, seja pela redução no uso de recursos seja pela queda nos níveis de poluição ambiental.

O papel é um dos produtos mais utilizados nas tarefas do cotidiano, sendo assim o processo de reciclagem desse material se torna uma questão de extrema importância. Quando não está sendo mais utilizado, diversos tipos de papéis podem passar por um processo de reciclagem que irá garantir a possibilidade de reaproveitamento do mesmo. As características finais de um papel reciclado se aproximam fortemente das de um papel comum, podendo o primeiro ser utilizado facilmente como substituição do segundo.

Dentro desse contexto, se torna vital avaliar o processo de reciclagem de papéis. A implantação de métodos eficientes de reciclagem pode ser um auxílio importante na redução impactos ambientais.

Dessa forma, o trabalho desenvolvido ao longo deste curso permitirá o aprofundamento no tema de reciclagem do papel, tendo com resultado a elaboração de um projeto. Ao final, deverão ser sugeridas soluções para problemas encontrados na reciclagem de papel dentro da Universidade Federal de Minas Gerais. Para uma primeira etapa, a qual descreve esse relatório, será feito um levantamento e definição das necessidades a fim de conhecer melhor problemas relacionados ao objeto de estudo.

  1. Caracterização do Material
  1. Papel

O papel é um composto de origem vegetal constituído de elementos fibrosos (celulose, por exemplo) cuja composição química varia de acordo com o tipo de planta utilizado. As fibras para sua fabricação requerem propriedades características, como alto teor de celulose, baixo custo e devem ser de fácil obtenção. Sendo assim, por esse motivo, o material mais utilizado é proveniente de fibras vegetais como polpa de madeira de árvores, principalmente pinheiros e eucaliptos. Para formação do mesmo é utilizada uma espécie de pasta desses elementos fibrosos que posteriormente é secada sob a forma de folhas. Suas utilidades são as mais variadas, englobando a escrita, desenhos, embalagens, impressões, dentre outras inúmeras funções.

  1. Processo Produtivo

O proce        sso produtivo de papel vêm se modernizando ao longo dos anos, com notáveis avanços no setor. O tipo de matéria prima, o processo e os diferentes aditivos são definitivos no processo, pois são responsáveis por definir o tipo de papel a ser fabricado. Independente disso, existem algumas etapas básicas de fabricação conforme explicitado a seguir:

  • Colheita de Matéria Prima: nesta etapa a árvore é cortada e transportada para o local de fabricação. Lá ela passará por um processo de limpeza, onde haverá a lavagem da tora de madeira. Então essas toras passarão por um descascador e picador, de onde sairão na forma de pequenos cavacos (lascas) de tamanhos pré estabelecidos.
  • Fabricação da Polpa: Após formação dos cavacos, os mesmos serão cozidos num tanque chamado digestor a temperatura de, aproximadamente, 160°C. Dentro do digestor há uma mistura de água e agentes químicos, responsáveis por formar uma pasta marrom chamada de polpa. Essa já pode ser utilizada para fabricar papéis não branqueados.
  • Branqueamento: Com a adição de alvejantes, a polpa marrom se transforma em polpa branqueada.
  • Formação da Folha: Ainda com alto teor de água, a polpa é espalhada em uma tela de metal, onde passará por um processo de secagem. Em seguida, ela passará por rolos de prensagem e secagem com ar quente que compactam o papel, alisam a folha até atingir a espessura desejada.
  • Acabamento: Caso o papel esteja pronto, a folha pode passar por uma enroladeira, de modo a formar enormes rolos prontos para corte e empacotamento. Caso contrário, ele pode ainda passar por tratamentos com aditivos a fim de adquirir outras características.

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FIGURA 1: Processo de Fabricação de Papel.

  1. Reciclagem de Papel

Nessa etapa, é importante ressaltar que não é todo e qualquer tipo de papel que pode ser reciclado. Dessa forma, é necessário que a população tenha conhecimento dos tipos de papéis recicláveis e os tipos de papéis não recicláveis. Dentre aqueles que podem ser reciclados podemos citar: papel sulfite, papais provenientes de jornais, revistas, envelopes, cadernos, fax, listas telefônicas e cartazes, aparas de papel, caixas de papelão, embalagens longa vida, entre outros. Já para o caso de não recicláveis podemos englobar: papéis engordurados ou sujos (como guardanapos e papel higiênico), fitas e etiquetas adesivas, papéis metalizados ou plastificados, papéis parafinados e fotografias.

A reciclagem segue, semelhante à fabricação, algumas etapas básicas, sendo elas iniciadas na coleta seletiva como se segue:

  • Coleta seletiva do papel: o primeiro passo para a reciclagem deste material, consiste na coleta seletiva do mesmo. Esta é considerada uma etapa chave, pois se bem realizada, evitará a contaminação por resíduos que não sejam papéis recicláveis.
  • Triagem e classificação: Nesta etapa são retirados os materiais indesejáveis que ainda estão presentes, seja devido ao seu risco à máquina ou processo, seja porque os mesmos não são recicláveis. Além disso, é realizada uma classificação dos papeis quanto à qualidade, origem e presença de materiais toleráveis.
  • Trituração: Acontecerá, nesse momento, a trituração do papel em lotes com tamanhos pré determinados que se destinarão à reciclagem.
  • Reciclagem Industrial: Esse processo é bem próximo ao processo de fabricação do papel novo. Sendo assim, ele possui algumas etapas a seguir:
  • Desagregação: mistura do papel velho com água, de modo a enfraquecer a ligação entre as fibras.
  • Depuração e lavagem: essa etapa tem como principal intuito eliminar os contaminantes existentes no papel.
  • Dispersão: o objetivo da dispersão seria a diminuição em tamanho dos contaminantes. Para isso são utilizadas nessa etapa, temperaturas de 50°C a 125°C para dissolver os mesmos que são, em seguida, dispersos.
  • Destinagem: remoção de partículas de tinta.
  • Branqueamento: esta etapa só é necessária a produtos de alta qualidade, já que para a maioria dos produtos reciclados, na etapa de destinagem já se obtém brancura adequada do produto.

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FIGURA 2: Processo de reciclagem do papel.

  1. Legislação

Com o aumento da preocupação acerca de questões ambientais, principalmente no que se diz respeito à reciclagem de resíduos sólidos, cresceram também as propostas de lei em torno desse assunto. Uma grande vitória para o meio ambiente foi à aprovação, em 2010, da Lei N° 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Tal política reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. Sendo assim, conforme art. 7º da Lei nº 12.305, de 2010:

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