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Faculdade de Engenharia – FaEnge – Campus João Monlevade

Por:   •  24/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.138 Palavras (17 Páginas)  •  241 Visualizações

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Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG

Faculdade de Engenharia – FaEnge – Campus João Monlevade

Graduação em Engenharia Civil

PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

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04 de dezembro de 2017

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Bianca de Araújo

 

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Renata Gabriela Vieira Halfeld

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 Tais Maria da Cunha Coelho

SUMÁRIO

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1.Resumo   ........................................................................................................................

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2. Introdução ......................................................................................................................

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3. Patologia na alvenaria: Blocos de concreto e cerâmico ...........................................

4 Patologia em pisos e revestimentos, pintura em fachada e coberturas ...................

4.1. Patologia em revestimentos argamassados.............................................................

4.2. Patologias em revestimentos cerâmicos .................................................................

5. Patologias em revestimentos com pinturas ...............................................................

6. Patologia em pisos ........................................................................................................

7. Recalque de Fundação ..................................................................................................

8. Reparo, recuperação e reforço das estruturas ...........................................................

9. Inovações da Tecnologia ..............................................................................................

10. Conclusão ....................................................................................................................

11. Referencial bibliográfico ..........................................................................................................

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1. RESUMO

Estudo das origens, causas, formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas deixando de apresentar o desempenho mínimo pré-estabelecido. A origem de uma patologia está relacionada com a etapa da vida da estrutura em que foi criada a predisposição para que agentes desencadeassem seu processo de formação.   Defeitos de projeto. Defeitos de execução. Erosão e desgaste. Má qualidade dos materiais ou uso inadequado. Sinistros (incêndios, inundações, acidentes etc.). • Uso inadequado da estrutura. Manutenção imprópria. Outras, incluindo origens desconhecidas. No Brasil, as principais causas das patologias estão relacionadas à execução. A segunda maior causa são os projetos. - Má avaliação de cargas; erros no modelo estrutural; - erros na definição da rigidez dos elementos estruturais; - falta de drenagem; - ausência de impermeabilização; - deficiências no detalhamento das armaduras.

  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como propósito explicar e analisar as manifestações patológicas na alvenaria. Parte-se do pressuposto que na construção civil, muitas vezes é possível perceber a presença manifestações patológicas nas edificações. Pires (2013, p.9) afirma que “Os edifícios iniciam o seu processo de degradação natural e/ou provocado após a sua conclusão e evoluem ao longo do tempo em função de muitos fatores, quer ligadas as fases do processo construtivo quer ligados ao processo natural de envelhecimento”.

Algumas manifestações patológicas podem estar associadas à amplitude térmica elevada, a execução de obras de forma inadequadas, a projetos ineficientes, a materiais sem controle de qualidade, a mão-de-obra despreparada, entre outros.

  1. PATOLOGIAS NAS ALVENARIAS: BLOCOS DE CONCRETO E CERÂMICO

A seguir estão listas as principais patologias encontradas nos blocos de concreto:

  1. Fissuras: as fissuras ocupam o primeiro lugar na sintomatologia em alvenarias estruturais de blocos vazados de concreto. A identificação das fissuras e de suas causas é de vital importância para a definição do tratamento adequado para a recuperação da alvenaria. A configuração da fissura, abertura, espaça - mento e, se possível, a época de ocorrência (após anos, semanas, ou mesmo algumas horas da execução), podem servir como elementos para diagnosticar sua origem.

  1. Eflorescências: a eflorescência é decorrente de depósitos salinos, principalmente de sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalinos terrosos (cálcio e magnésio) na superfície de alvenarias, provenientes da migração de sais solúveis nos materiais e componentes da alvenaria. Elas podem alterar a aparência da superfície sobre a qual se depositam e em determinados casos seus sais constituintes podem ser agressivos, causando desagregação profunda, como no caso dos compostos expansivos. Para a ocorrência da eflorescência devem existir, concomitantemente, três condições: existência de teor de sais solúveis nos materiais ou componentes, presença de água e pressão hidrostática necessária para que a solução migre para a superfície. Portanto, para evitar esse fenômeno, deve-se eliminar uma das três condições.

  1. Infiltrações de água Entre as manifestações mais comuns referentes aos problemas de umidade em edificações encontram-se mancha de umidade, corrosão, bolor, fungos, algas, líquens, eflorescências, descolamentos de revestimentos, friabilidade da argamassa por dissolução de compostos com propriedades cimentíceas, fissuras e mu - dança de coloração dos revestimentos. Há uma série de mecanismos que podem gerar umidade nos materiais de construção, sendo os mais importantes os relacionados a seguir: absorção capilar de água; absorção de água de infiltração ou de fluxo superficial de água; absorção higroscópica de água; absorção de água por condensação capilar; absorção de água por condensação.
  1. Infiltração pelos componentes da alvenaria Na fase de projeto é necessário analisar os seguintes itens, visando a minimizar os efeitos advindos da penetração de umidade: Orientação das fachadas em relação aos ventos predominantes; Detalhes arquitetônicos e técnicos das fachadas e muros, tais como frisos, pingadeiras, rufos e contrarufos, beirais, platibandas, tipo de cobertura e respectivos detalhes, juntas de movimentação ou de controle em paredes e muros externos e respectivos materiais de selagem das mesmas; Intensidade e duração das precipitações na região da edificação; - conhecimento das propriedades dos materiais constituintes das alvenarias, quanto à higroscopicidade, porosidade e absorção d’água.
  1. Infiltração pelas juntas de assentamento A infiltração de água pelas juntas de assentamento pode acontecer por falhas na argamassa de assentamento, na interface argamassa/ bloco vazado de concreto e pela própria argamassa de assentamento.
  1. PATOLOGIA EM PISOS E REVESTIMENTOS, PINTURA EM FACHADAS E COBERTURAS

4.1.Patologia em revestimentos argamassados

  1. Deslocamento por empolamento: Caracteriza-se pelo destacamento da camada de reboco da camada de emboço, formando bolhas cujo o diâmetro aumenta progressivamente. A cal esta diretamente envolvida com esse tipo de patologia, portanto, tal anomalia ocorre nas camadas com maior proporção de cal;
  2. Descolamento em placas: as placas do revestimento de argamassa que se descolam englobam o reboco e o emboço e a ruptura ocorre na ligação entre essas camadas e a base (alvenaria). A placa pode se apresentar endurecida , quebrando com dificuldade, ou então quebradiça, podendo se partir com certa facilidade. Em ambos os casos o som produzido quando a superfície é submetida à percussão é cravo;
  3. Deslocamento de pulverulência ou argamassa friável: os sinais de pulverulência mais observados são a desagregação e consequentemente esfarelamento da argamassa ao ser pressionada manualmente. A argamassa se torna friável, ocorrendo deslocamento com pulverulência;
  4. Fissuras: a fissura é função de fatores intrínsecos, como o consumo de cimento, o teor de finos, quantidade de agua de amassamento, fissuras relacionadas ao cobrimento deficiente do concreto, deficiência de encubamento de da alvenaria, deformação lenta do concreto, ausência de vergas e contravergas;

4.2.Patologias em revestimentos cerâmicos

  1. Destacamento ou deslocamento: são caracterizados pela perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa colante e/ou emboco;
  2. Eflorescências: esse fenômeno se caracteriza pelo aparecimento de formações salinas sobre algumas superfícies, podendo ter caráter pulverulento ou ter forma de crostas duras e insolúveis em agua. O fenômeno resulta da dissolução dos sais presentes na argamassa, ou nos componentes cerâmicos ou provenientes de contaminações externas e seu posterior transporte através dos materiais porosos.
  3. Manchas e bolor: O desenvolvimento de fungos em revestimentos internos ou de fachadas causa alteração estética de tetos e paredes, formando manchas escuras indesejáveis em tonalidade preta, marrom e verde ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas. Normalmente são provocadas por infiltração de água e frequentemente estão associados aos deslocamentos e desagregação dos revestimentos;
  4. Trincas e fissuras: Estas patologias aparecem por falta da perda de integridade da superfície da placa cerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético ou pode evoluir para um destacamento. As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provocados por esforços mecânicos que causam a separação das placas em partes, com abertura superior a 1 mm. As Fissuras são rompimentos nas placas cerâmicas, com abertura inferior a 1 mm e que não causam a ruptura total das placas. Variações de temperatura também podem provocar o aparecimento de fissuras nos revestimentos, devidas as movimentações diferenciais que ocorrem entre esses e as bases.

  1. Gretamento: constitui de uma serie de aberturas inferiores a 1mm e que ocorrem  na superfície esmaltada das placas, dando a ela uma aparência de teia de aranha. A expansão por umidade pode ser responsável pelo gretamento das placas de cerâmica para revestimento, quando provoca aumento nas dimensões da sua base, forcando a dilatação do esmalte, material que é menos flexível. Sem absorver a variação de tamanho de placa cerâmica provocada pela expansão por umidade, a camada esmaltada sofre tensões progressivas de tração, originando as fissuras capilares, características do gretamento;

  1. Deterioramento das juntas: esse problema apesar de afetar diretamente as argamassas de preenchimentos das juntas de assentamento e de movimentação, compromete o desenvolvimento dos revestimentos cerâmicos e pela capacidade de absorver deformações. Os sinais que está ocorrendo deterioração das juntas são: perda de estanqueidade das juntas e envelhecimento do material de preenchimento.
  1. Patologias em revestimentos com pinturas.
  1. Eflorescências: manchas esbranquiçadas que surgem nas superfícies pintadas. Ocorre quando a tinta foi aplicada sobre o reboco úmido, ainda não curado completamente. A secagem do reboco acontece por eliminação de agua sobre a forma de vapor, que arrasta materiais alcalinos solúveis do interior para a superfície pintada, onde se deposita causando manchas. O problema pode ocorrer também em superfícies de cimento amianto, concreto, tijolos, entre outros.
  1. Saponificação: é o aparecimento de manchas na superfície pintada e retardamento indefinido da secagem de tintas a base de resinas alquídicas. A patologia é causada pela alcalinidade. Na presença de certo grau de umidade, o substrato reage com acidez característica de alguns tipos de resina, acarretando a saponificação. Para evitar o problema é necessário, antes de pintar o reboco, aguardar até que o mesmo esteja seco e curado, o que demora cerca de 28 dias;
  1. Desagregação: é a destruição da pintura, que se esfarela e se destaca da superfície junto com partes do reboco. O problema ocorre quando a tinta é aplicada antes da cura completa do reboco;
  1. Descascamentos: pode ocorrer quando a pintura for executada sobre caiação, sem que se tenha preparado a superfície. Qualquer tinta aplicada sobre a caiação esta sujeita a descascar rapidamente. Para que isso não ocorra, antes de pintar devem ser eliminadas as partes soltas ou mal aderidas, raspando ou escovando a superfície;
  1. Manchas causadas por pingos de chuva: os pingos ao molharem a pintura recém executada, trazem a superfície os materiais solúveis da tinta, surgindo as manchas. Para elimina-los basta lavar o local com agua sem esfregar;
  1. Enrugamento: ocorre quando a camada de tinta se torna muito espessa devido a aplicação excessiva de produto, seja em uma ou mais demãos, quando a temperatura na hora pintura se encontra elevada ou, ainda, quando se utiliza solvente diverso aguarrás como diluente de esmalte sintético.
  1. Patologia em pisos
  1. Desgaste Superficial: Patologia relativamente comum, que possui como principais fatores a baixa qualidade dos materiais utilizados, exsudação, acabamento inapropriado, ausência do procedimento de cura, excesso de carregamento;
  1. Delaminação: Caracterizado pelo destacamento de lâmina superficial do piso, tendo como uma das suas consequências a diminuição da resistência do piso seus principais fatores são: Polimento precoce do piso, procedimento que sela o concreto e deixa a superfície menos permeável, impedindo a passagem de agua de exsudação;
  1. Esbocinamento: Quebra das bordas, tem como principal fator: erros de projeto;
  1. Bolhas: Antecede o fenômeno de deslocamento do revestimento, são pequenas formações na superfície que começam a aparecer, e aos poucos vão se tornando maiores e numerosas, tem como principais fatores: o acumulo de gases ou líquidos vindos da sub-base, base e do próprio revestimento;
  1. Eflorescência: São marcas de bolor, decorrentes da infiltração de agua. São manchas normalmente brancas que se formam sobre a superfície alterando a estética do acabamento, tem como fator dominante a presença e a ação da água;
  1. Trincas: As trincas são rupturas causadas por esforços mecânicos, resultando na separação das placas, gerando aberturas superiores a 1 mm;
  1. Fissuras: São rompimentos nas placas de cerâmica, que não chegam a causar a ruptura da placa, ou seja, inferiores a 1 mm;
  1. Gretamento: São aberturas em várias direções, inferiores a 1 mm, ocorrendo na superfície esmaltada das placas;
  1. Destacamento das placas: Ocorre devido a aderência da cerâmica do substrato, quando as tensões aplicadas ultrapassam, a sua capacidade de aderência das ligações;
  1. RECALQUE DE FUNDAÇÃO

Recalque é a deformação do solo quando submetido a cargas, provocando movimentação na fundação que, dependendo da intensidade, pode resultar em sérios danos à estrutura. Neste capítulo serão apresentados alguns dos tipos mais comuns de recalque de fundação, suas características e suas prováveis origens, assim como os meios de controle do recalque e os limites aceitáveis.

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