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Inovação Administrativa e o Papel da Teoria Contingencial

Por:   •  26/8/2015  •  Artigo  •  2.511 Palavras (11 Páginas)  •  542 Visualizações

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Inovação Administrativa e o Papel da Teoria Contingencial

Juliana Fernandes Xavier da Silva[1]

Jardel de Sousa Batista[2]

Ana Lídia de Lima Araújo[3]

Resumo: O presente artigo trata sobre o advento da revolução técnico-científica, quando houve uma intensificação no surgimento de empresas e novos métodos de administrá-las. Neste âmbito, desenvolveu-se a teoria da contingencia defendendo que um único método não atende as situações complexas que emergem na situação de gerenciamento de nossa pós-modernidade. O objetivo é fazer uma análise das vantagens e desvantagens no que diz respeito à aplicabilidade da teoria contingencial nas organizações, a partir das contribuições de Chandler (1976), Lawrence e Lorsch (1973) ressaltadas em Chiavenato (2004). De maneira geral a teoria vai contornar problemas ocorrentes, proporcionando uma visão inovadora no gerenciamento e no desempenho da organização.

Palavras chaves: Teoria da Contingencia; Teoria Administrativa; gerenciamento.

  1. Introdução

De acordo com a Teoria da Contingencia não há um método ou técnica que seja válido, ideal ou ótimo para todas as situações, pois os modelos consolidados muitas vezes levam em consideração apenas ambientes estáticos e constantes; o que acabava criando grandes problemas no momento em que alguma mudança radical ou até mesmo pequenas modificações ocorriam no que os teóricos da contingencia chamavam de ambiente. Segundo estes autores, tudo que está relacionado ao mundo exterior e que pode influenciar a empresa , tais como: economia, políticas públicas, tecnologia e até mesmo o próprio meio ambiente, podem desestruturar uma empresa, destruindo assim toda sua base. É justamente nesse ponto onde a teoria contingencial se destaca: ela não trata as outras idéias como algo ultrapassado e que não possui mais funcionalidade.

Os princípios contingenciais afirmam que tudo que já foi escrito possui sim respaldo teórico e empírico, mas não são apropriados para todos os tipos de situações, pois com essa mínima diferenciação, atitudes semelhantes podem produzir resultados completamente opostos, o que é perigoso para o futuro da empresa. A visão contingente traz modernidade à administração pois estimula a inovação dos modelos de gerência ao afirmar que uma empresa não deve ficar estática à um modelo e que é necessário e prudente utilizar cada uma das teses já que a análise contingencial é antes de tudo uma observação e reinterpretação das outras ideias. 

  1. Desenvolvimento
  1. História e definição da Teoria Geral da Administração

        A Teoria geral da administração compreende um conjunto de teorias relacionadas à administração e gerenciamento das organizações. Estas estão diretamente interligadas e funcionam como complementos uma da outra, enfatizando e expondo a ciência administrativa e assim, aplicando-a na rotina das pessoas e das organizações, com o objetivo de intensificar e qualificar o crescimento destas, aumentando a produção e o lucro.

        Com o crescimento do mercado consumidor, e a modernização das tecnologias, o mundo dos negócios se torna cada vez mais complexo e exigente. As organizações têm então por obrigação acompanhar e se adaptar as mudanças ocorrentes, para assim evitar a rejeição por parte dos seus consumidores. Com isso, novos planos e metas devem ser estabelecidos e implantados no seu sistema interno. Para Stoner[4] (1991), “a abordagem contingencial é a concepção de que a técnica de administração que melhor contribui para o alcance dos objetivos organizacionais pode variar em situações ou circunstâncias diferentes”.

        A Teoria Contingencial nasceu a partir de diversos estudos e pesquisas realizados no que diz respeito a análise do melhor tipo de estrutura organizacional e a sua eficiência para determinados tipos de empresas. Esses estudos tinham como principal objetivo analisar se as empresas mais eficazes estavam seguindo os pressupostos da teoria Clássica. Os resultados mostraram que as organizações e o seu andamento possuem uma relação direta com o ambiente externo da empresa, e assim, novas formas de se organizar poderão surgir, não permanecendo mais com uma única maneira disponível.

  1. Pesquisas importantes
  1. Pesquisa de Chandler:

Em 1962, Alfred Chandler[5] realizou uma pesquisa sobre as configurações estruturais de quatro grandes empresas americanas. Estas configurações estavam diretamente ligadas com estratégias de mercado, e Chandler quis mostrar que estas mudanças eram adaptadas à sua estratégia, no decorrer de um processo histórico que envolveu quatro fases distintas:

Acumulação de recursos: Nessa fase, as empresas optaram por expandir suas instalações de produção e implantar uma complexa linha de distribuição. Com a maior demanda por matérias-primas, auxiliou o desenvolvimento de órgãos responsáveis por compra e aquisição de empresas fornecedoras.

Racionalização do uso dos recursos: As novas empresas integradas tornaram-se grandes, e por possuírem um considerável excesso de recursos, como por exemplo mão de obra e instalações, necessitaram ser organizadas.

Continuação do crescimento: Com o aumento de eficiência nas vendas, os lucros diminuíram drasticamente e o mercado tornou-se saturado, diminuindo ainda mais as oportunidades de maiores reduções de custos.

Racionalização do uso de recursos em expansão: A variação de ambientes faz com que a organização trace novas metas e estratégias, configurando assim a sua estrutura organizacional.

  1. Pesquisa de Lawrence e Lorsch:

A pesquisa feita por Lawrence e Lorsch[6] em 1972 sobre a relação entre organização e ambiente foi de vital importância para o surgimento da Teoria da Contingência. Eles estavam preocupados com as características que as empresas deveriam apresentar para enfrentar positivamente as rápidas e variadas configurações do meio externo, tecnológico e de mercado.

Optaram por fazer seus estudos em indústrias de plásticos, alimentos empacotados e recipientes de baixo e alto desempenho. Essas indústrias possuíam um meio externo completamente diferente, desde com rápidas e contínuas mudanças, até as mais estáveis e equilibradas.

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