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Insucesso: O Case do Google Glass

Por:   •  11/1/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.654 Palavras (11 Páginas)  •  69 Visualizações

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Monografia Temática

Mestrado em Empreendedorismo e Inovação

 

 

Insucesso: O Case do Google Glass

 

U.C: Criatividade e Design Thinking

 

 

 

 

Josiane de Araujo Rodrigues, 2220261

 

 

 

 

Leiria, dezembro de 2022

  1. INTRODUÇÃO

Desde 1994, relatórios foram publicados pelo The Standish Group, The Chaos Manifesto, detalhando as estatísticas de falhas e sucessos de softwares e produtos. Existem várias razões pelas quais os projetos de softwares e produtos falham. Por exemplo, eles não entendem verdadeiras necessidades de seus clientes. Os clientes não estão envolvidos em todo o processo de desenvolvimento do sistema. requisitos e especificações ausentes, pouco claros ou imprecisos; mudanças que causam impacto porque não são gerenciadas convenientemente; conflitos entre as partes interessadas, expetativas irrealistas, mudanças no escopo do projeto orçamento ou cronograma; Acima de tudo, o problema de comunicação entre as partes envolvidas (The Standish Group, 2013).

Claro que existem variáveis ​​que devem ser levadas em conta para que o projeto alcance o sucesso desejado, porém, existem algumas questões como o comprometimento das partes interessadas, as expetativas atendidas, os requisitos completos, claros e realistas, entre outros que poder ser aprimorado com o uso de abordagens de Design Thinking (DT) (Liedtka & Ogilvie, 2015).

Neste presente trabalho, será abordado sobre o insucesso do projeto de óculos inteligentes do Google, o que mostra que a sociedade talvez não esteja preparada para absorver a tecnologia que somos capazes de produzir e se através deste fracasso, pode-se converter para um projeto de sucesso futuro.

  1. DESENVOLVIMENTO

Considerando as ferramentas e valores do Design Thinking, é possível minimizar os fatores de risco que levavam ao insucesso do projeto utilizando os principais elementos do DT: empatia, colaboração e experimentação para melhorar o processo de elicitação de pré-requisitos e, consequentemente, o fornecimento um produto ou serviço que satisfaz não apenas as necessidades do cliente, mas também suas expetativas (Vianna et al., 2012).

Para o Design Thinking, o envolvimento do usuário final em todas as fases do projeto é fundamental, afinal é ele quem decidirá se o produto resultante atenderá às suas necessidades e dores, bem como às suas expetativas.

De acordo com Tim Brown (2010), o Design Thinking é baseado em nossa capacidade de ser intencional, de reconhecer padrões, de desenvolver ideias que tenham significado emocional e funcional. Para elevar um produto ou serviço, a resposta pode estar em conhecer a fundo o ser humano, cocriar soluções e, sobretudo, testá-las cedo, antes que seja tarde para modificá-las e melhorá-las. Ao cocriar e coexplorar cenários com os usuários, crescemos no entendimento e na empatia com essas pessoas, criando uma conexão mais próxima com o público ao qual o produto ou serviço se destina.

Hoje em dia é muito comum as pessoas se adaptarem as situações desconfortáveis ​​onde quando questionadas sobre o que querem, é praticamente impossível obter informações sobre o aumento de pedidos. Consequentemente, os pensadores de design devem ajudar as pessoas a começar a articular necessidades ocultas das quais ainda não estão cientes. O verdadeiro insight surge quando as equipes estão tão imersas na vida das pessoas que confiam nos pensadores de design, diz Brown. A empatia e o respeito recíprocos facilitam esse insight (Brown, 2010).

Empatia “é a capacitância de se identificar com outra pessoa, de sentir o que sente, de querer o que quer, de aprender enquanto aprende”, segundo o dicionário Aurélio. Existem quatro qualidades de empatia postas pelo design thinking: a capacitância de reconhecer a perspectiva do outro como verdadeira; a ausência de juízos; eles reconhecem os sentimentos da outra pessoa. e saber como transmitir esses sentimentos. Empatia é como dizer: "Sei como você se sente e não está sozinho" (Liedtka & Ogilvie, 2015).

A empatia nos deixa em uma posição vulnerável, porque para se conectar com alguém é preciso se conectar com algo em si mesmo que reconheça a emoção que a outra pessoa está sentindo. De acordo com Brown (2010), criar insights por meio da empatia requer "ver o mundo pelos olhos do outro, compreender o mundo por meio das experiências do outro e sentir o mundo por meio das emoções do outro". E quando atingimos o estado de empatia, é possível imaginar a experiência potencializada.

Desta forma, o contacto com os nossos usuários é fundamental para melhorar alguns aspetos que podem afetar o andamento do projeto tais como: comunicação entre as partes interessadas; compreensão real do escopo e das expectativas do cliente melhorar a resolução de conflitos; gera requisitos mais completos e claros; entre outros. Para isso seria fundamental a utilização de algumas ferramentas de design thinking, dependendo da natureza do projeto e dos compromissos dos stakeholders, como persona, mapa de empatia, jornada do usuário, visualização, prototipagem (Caputo, 2015).

Em 2013, o Google anunciou o lançamento de um dos protótipos mais populares de seu Lab X: o Google Glass, com câmera integrada, controle por toque, acesso a diversos aplicativos da empresa e a promessa de que abrir caminho, de vez, para a era dos dispositivos portáteis. O projeto, porém, foi abandonado em janeiro de 2016, então fica a pergunta por que o Google Glass fracassou? publicações comerciais listam alguns motivos (gerenciamento técnico e de produto) pelos quais o projeto fracassou. problemas de bateria, uso de aplicativos e até posicionamento de preços no mercado (Raffaeli, 2017).

Mas outra questão importante levantada pelo caso do Google Glass é: o Google Glass fracassou?

Ninguém sabia como usá-lo. Mesmo dentro do Lab X não havia consenso sobre como usá-lo. Duas correntes batalhavam lá dentro. O primeiro acreditava que deveria ser usado para funções específicas e em ambientes específicos. A segunda tendência acredita que o Glass era um produto de uso diário. O uso deve ser sempre semelhante a um relógio (Caputo, 2015).

Ele era apenas um protótipo, o Google Glass é lançado antes do previsto. Depois de receber e usar uma cópia, não é difícil ver que o produto ainda não estava pronto. A pouca duração da bateria tem sido um dos pontos mais criticados do aparelho indício que não deveria ter aparecido ainda. Na verdade, o consenso era que o desenvolvimento do smartglass ainda tinha um longo caminho a percorrer e deveria ser mantido em segredo enquanto os problemas fossem resolvidos, mas um membro da equipe não tinha certeza (Raffaeli, 2017).

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