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O Impacto Da Tecnologia Da Informação No Profissional Contábil

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Por:   •  27/10/2014  •  4.896 Palavras (20 Páginas)  •  346 Visualizações

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O Impacto da Tecnologia da Informação no Profissional Contábil

1. Introdução

A profissão contábil vem passando por processos de melhoria e aprimoramento durante séculos. Houve mudanças significativas tanto nas normas e padrões que norteiam a Contabilidade, quanto nos procedimentos contábeis. Com a informatização e o advento da Internet, as velhas rotinas operacionais cedem espaço para a modernização sistemática dentro das organizações, livros, registros, fichários, formulários contínuos cedem espaço a disquetes, amplos arquivos engavetados são armazenados em arquivos nos microcomputadores e viram planilhas de informações com acesso livre a diversos usuários. Por outro lado, a velha figura do guarda-livros, antes direcionada ao profissional contábil, cede espaço para os sistemas contábeis, sendo a principal fonte de informações dentro das empresas.

2. a evolução do processo de comunicação contábil

A Contabilidade e suas práticas existem na sociedade desde tempos remotos, e seus processos de registros foram evoluindo para acompanhar o próprio desenvolvimento social. Segundo Sá (1999, p.17):

“Antes que o homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou ele a mais primitiva forma de inscrição que foi a artística, da qual se valeu para também evidenciar seus feitos e o que havia conquistado para seu uso”.

Acredita-se que a gênese dos primeiros registros se encontra nos sulcos ou rabiscos e sinais encontrados nas grutas e cavernas da Antigüidade, sendo esse fato um ponto de divergência para os historiadores que defendem a idéia de que tais “figuras” serem manifestações artísticas. Independentemente de serem manifestações artísticas, é inegável que o mesmo tenha contribuído para o surgimento dos primeiros registros. O desenvolvimento das civilizações, impulsionado pela economia de produção e o surgimento da escrita também foram um dos fatores de influência para o desenvolvimento dos registros contábeis. A Contabilidade primitiva, era utilizada como ferramenta de o controle e o registro bens, tanto a nível de relações comerciais como de apoio as atividades do Estado, que necessitava de mecanismos de controle para fins de arrecadação e meio controlar suas riquezas, cujas relações foram se intensificando cada vez mais com o próprio progresso das civilizações.

Analisando o progresso das civilizações, e os próprios meios e recursos disponíveis de evidenciação dos fatos, percebe-se que os registro e controles, nem sempre assumiram a mesma característica, ou eram determinado de mesma forma, mais tão somente a lógica contábil inserida em suas ações, caracterizam-se como a mesma.

Os Sumérios, segundo Schmidt (2000, p.76), utilizavam-se de tábuas para registrar as transações efetuadas. Nessas tábuas, ou fichas de argila, eram mantidos os controles da produção, dos bens, das transações. Essas fichas de barro foram classificadas em duas categorias: fichas simples e complexas. As simples – eram esféricas, arredondadas, triangulares, ou retangulares e traçam por volta de 8000 a. C, sendo criadas principalmente em zonas rurais; as complexas – também possuíam uma variedade de formas, porém com incisões ou pontuações e freqüentemente perfuradas, eram usadas em muitas cidades e nos arredores dos templos.

Esse regime de classificação representava as relações entre o haver e o dever das pessoas, ao realizar as transações, distribuíam-se fichas primitivas entre as partes, o que sugeria a idéia de recibos primitivos, ficando o possuidor com a ficha definitiva do bem comercializado quando da quitação correspondente.

Relatos e achados históricos comprovam que por volta do ano 2000 a.C. no Egito (Sá, 1997, p.16), já existia a obrigação da existência de livros e documentos fiscais, cuja guarda eram dos funcionários do Estado, os escribas. A influência do Estado como instrumento de intervenção econômica e controle tributário foi um fator de importante para o desenvolvimento e evolução dos registros no Egito, onde a Contabilidade pública se desenvolveu consideravelmente. Apesar de bastante disseminada, as escrita egípcia e mesopotâmica não eram de fácil assimilação, o que resultava num monopólio de conhecimento, e isso dificultava muito as transações que surgiam.

Ao passo que as sociedades foram evoluindo, o comércio entre elas foi se intensificando, passou a existir a necessidade de, não só ao Estado, mas também o comerciante compreender tudo o que estava fazendo. Por volta de 2000 a.C. foi criado o alfabeto fenício, que segundo Schmidt, (1996, p.76): “a principal contribuição dos fenícios para o processo de comunicação contábil está no fato de que a sua escrita representou um considerável avanço”, devido à redução do número de caracteres e a eliminação das complicadas combinações das escrita egípcia e mesopotâmica, a leitura e escrita tornara-se extremamente simples, deixando de ser monopólio de uma minoria. O pequeno proprietário ou negociante pode aprender mais facilmente a assinar o nome pelo menos e a fazer as suas contas.

Além dos egípcios e dos sumérios, várias outras civilizações, também contribuíram para o processo de comunicação contábil e a consolidação dos procedimentos contábeis, como por exemplo, na civilização romana se desenvolveu muito a Contabilidade pública, através do controle das riquezas, de onde já se produziam balanços e prestações de contas.

Analisando o progresso das civilizações, observa-se que as condições econômicas, sociais e políticas de cada sociedade, foram fatores de influência a evolução dos procedimentos contábeis. Com o desenvolvimento do comércio, na Idade Média, o apogeu e queda do Feudalismo, surgimento do Mercantilismo, das Rotas de Comércio, cada vez mais se tornou necessário o conhecimento contábil tanto para controle das atividades, como para registrar as operações entre credor e devedor, como eram feitos desde as antigas civilizações. Com a decorrer do tempo, as velhas tábuas de barro ou madeira deram espaço aos manuscritos, o papel já inventado se transformava no “gérmen” das informações, que mais tarde Gutemberg consolida quando aperfeiçoa a imprensa, surgindo os primeiros manuscritos contábeis.

Mais tarde, por volta do século XV, com a evolução social, o surgimento dos métodos de partidas dobradas, compilado por Pacciolli em 1494, o registro contábil assume uma preponderante característica; segundo a qual, para cada crédito haveria um débito correspondente e vice-versa. O método assinala um fator primordial, para o entendimento

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