O Modelo de Artigo

1. INTRODUÇÃO

A população da cidade de Varginha/MG a cada ano vem se aumentando e a causa deste aumento é devido a migração das pessoas da zona rural e de outras cidades para o município, assim resultando no aumento da construção civil, tornando as áreas verdes em espaços de concreto, causando, portanto, a impermeabilização do solo que impossibilita a drenagem em épocas de chuvas e aumento da temperatura em épocas quentes. Cria-se então a necessidade de criar soluções viáveis para a construção civil na cidade de Varginha/MG. Uma solução viável para este problema é a implementação do telhado verde, que consiste na plantação de vegetação, como grama e até mesmo arvores de médio porte sobre o telhado de uma edificação, possibilitando a drenagem da água da chuva, aumento das áreas verdes na cidade, isolamento térmico e acústico nos ambientes, aumento da vida útil, diminuição da energia com aquecedores e ar condicionados, purificação do ar e redução dos efeitos das ilhas de calor urbana. Segundo Minke, apud (2005) Savi, (2015), “a aplicação de telhados verdes em 10% a 20% nas coberturas já garantiria um clima urbano saudável”.

Apesar de os telhados convencionais serem mais empregados em uma edificação, o telhado verde possui uma durabilidade maior do que os telhados convencionais, tornando o custo de reparo e reforma menor do que os convencionais. Segundo Nascimento, (2014) apud Baldessar, (2012), o telhado verde possui uma camada impermeabilizada que tem com finalidade de proteger da água, das radiações solares e das variações de temperatura, tendo uma vida útil de 36 anos, enquanto o telhado convencional tem sua vida útil de menos de 20 anos.

A presente pesquisa contribuiu na implantação de um telhado verde para uma residência para cidade de Varginha/MG, com intuito de demostrar o custo de sua implantação e os benefícios que o mesmo pode trazer para a residência, meio ambiente e a sociedade em geral, bem como também identificar cada elemento presente na estrutura do telhado verde.

Vemos que o custo para implantarmos um telhado verde é mais caro em comparação com os telhados convencionais, por isso se torna difícil sua implantação na hora de se planejar um projeto. Dito isso surge para nós um questionamento: o custo na construção de um telhado verde é justificado diante dos benefícios que colabora com a redução de escoamento da água, conforto térmico e isolamento térmico e acústico?

1. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Origem do telhado

Ao longo da história, o habitat humano esteve em constante mudanças, estas mudanças criaram diferentes conceitos e técnicas construtivas proporcionando ao homem segurança, proteção e abrigo. Segundo Savi (2012), os primeiros abrigos eram criados de forma simples, basicamente eles eram feitos de madeira ou pedra com a cobertura em palha, o suficiente para suprir a demanda da aquela época, entretanto com o passar do tempo e a necessidade de criar abrigos cada vez maiores, foram, portanto, criado novas técnicas construtivas que vem seguindo até os dias atuais.

No Brasil os primeiros telhados erram feitos pelos indígenas através do uso de folhas ou fibras vegetais, com a chegada dos portugueses essa técnica veio a mudar devido os padrões arquitetônico que eles utilizam em seu país de origem. Segundo La Pastina (2005), os portugueses buscaram seguir os padrões arquitetônico de sua cultura, criando edificações sólidas, como de alvenaria de pedra e cal ou taipa de pilão e cobertura feitas de telhas cerâmica.

O telhado de uma edificação proporciona ao indivíduo um conforto termo acústico, proteção contra os agentes externos e a segurança da edificação, tornando, portanto, um ambiente mais confortável e assegurável para o indivíduo. Segundo a NBR 15575-5 de 2013, um sistema de cobertura tem como função de estancar as águas pluviais e salubridade, proteger demais sistema da edificação ou elemento e componentes da deterioração por agentes naturais.

2.2 Contexto histórico do telhado verde

A utilização do telhado verde surgiu cerca de 5.000 anos atrás na Mesopotâmia, onde hoje está localizado o Iraque e Irã, um dos telhados verdes criado nesta época teria sido os jardins suspensos da Babilônia, criado pelo rei Nabucodonosor II, os jardins foram construídos em montes arborizados e sustentado por diversas colunas, sendo uma grande maravilha da engenharia para aquela época. Segundo Silva (2011), os jardins suspensos da Babilônia estavam localizados do lado leste das margens do Rio Eufrates e dos palácios reais, sendo uma das sete maravilhas do mundo antigo e a menos conhecida devido não ter sido encontrado nenhum vestígio do monumento.

Posteriormente, os telhados verdes foram implantados no império romano, onde governadores e famílias] ricas tinha como prática o cultivo de jardim sobre o teto. Segundo Rebollar et al (2017), nas escavações arqueológica da cidade de Pompeia, foram encontrados vestígios da aplicação de telhados verdes nas mansões da aquela época, cerca de 2.000 anos atrás.

Com a revolução industrial, surgi, portanto, a criação de novos materiais e novas técnicas construtivas na construção civil, através desses surgimentos, o telhado verde sofre grande redução na sua implantação. Segundo Rebollar et al (2017), com a chegada da indústria e a criação de novos materiais e técnicas construtivas, houve mudanças nas coberturas das edificações, levando a redução da implantação dos telhados verdes.

Através da revolução industrial e a migração das pessoas das zonas rurais para os centros urbanos, houve grande aumento na construção de edificações, pavimentação de ruas e calçadas, ocasionando a remoção das áreas de vegetação e o aumento da impermeabilização do solo e da temperatura na cidade.  Segundo Saleiro Filho, et al (2015), as edificações e a infraestrutura vão se pulverizando sobre a superfície do planeta, provocando a diminuição das áreas verdes e impermeabilizando o solo do local.

Com a situação atual vivenciada pelos centros urbanos, devido à impermeabilização do solo, surge a alternativa de uma infraestrutura verde que permite a drenagem das águas pluviais e a diminuição da temperatura na cidade Segundo Herzog, Rosa, (2010), a infraestrutura verde consiste em redes multifuncionais de materiais permeáveis e vegetados e de preferência arborizados, visando restabelecer os processos naturais que asseguram a qualidade de vida urbana.

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