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Rana Plaza: Segurança do Trabalho em Bangladesh (A)

Por:   •  3/5/2020  •  Resenha  •  949 Palavras (4 Páginas)  •  697 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Resenha Crítica de Caso

Rafaela Oliveira da Costa

Trabalho da disciplina Legislação e Normas Técnicas

                                                      Tutor: Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira

        

Joinville/SC

2020

Rana Plaza: Segurança do Trabalho em Bangladesh (A)

Referência:

Quelch,   John  A.,   Rodriguez,   Margareth   L.,   Harvard   Business   School   e   HarvardT.H Chan School of  Public Health, Rev. 20 de  Fevereiro de 2015.

Infelizmente, segurança do trabalho ainda é um tema pouco discutido e praticado por países subdesenvolvidos. O texto retrata bem essa posição. O acidente ocorrido no edifício Rana Plaza, em 24 de abril de 2013, deixou cerca de 1100 mortos e mais de 2500 feridos.

O Rana Plaza, situado no distrito industrial de Savar fora de Dhaka, capital do Bangladesh, abrigava em seu complexo, cinco fábricas de vestuário cujos principais clientes, eram empresas europeias, americanas e canadenses.

A indústria do vestuário era uma das principais arrecadações do governo de Bangladesh, correspondendo à 13% do PIB do país. Como prova da sua importância, em 2012, o setor foi responsável por US$ 21 bilhões, em exportações, segundo maior exportador de vestuário do mundo, ficando atrás somente da China. O setor empregava também cerca de 2% da população total do país, algo em torno de 3,6 milhões de pessoas.

Grande parte das peças produzidas no país eram destinadas à marcas e empresas multinacionais. O baixo custo laboral aliado à alta produtividade, foram os principais incentivos para essas corporações.

No entanto, o crescimento acelerado do setor, aumentou também a construção desordenada de fábricas, que muitas vezes não respeitavam os devidos códigos de construção do país.

Em 2012, devido aos vários incidentes ocorridos, o CEO de uma das principais empresas americanas, entrou em contato com o embaixador do EUA em Bangladesh, demonstrando preocupação com a reputação da empresa. Essa informação foi compartilhado com a Associação de Exportadores e Fabricantes de Vestuário de Bangladesh (BGMEA), que impôs acompanhar se as normas de segurança estariam sendo respeitadas. Porem, não ficou claro até que ponto a conformidade foi cumprida. Também foram criadas várias ONGs e parcerias com as multinacionais para desenvolver líderes e capacitar trabalhadores sobre seus direitos legais e trabalhistas.

Um dia antes do acidente com o Rana Plaza, o engenheiro responsável pela vistoria do prédio, alertou ao proprietário Sohel Rana, das condições inseguras da edificação e recomendou a evacuação dos trabalhadores. Contudo, mais tarde, no mesmo dia, um funcionário do governo local, reuniu-se com Rana, liberando as atividades no edifício.

No dia seguinte, trabalhadores das fábricas de vestuário, temendo perder seus empregos, retornaram às atividades, sendo vítimas desta terrível tragédia. Foram 1100 mortos e mais de 2500 feridos.

Após o desastres a BGMEA, iniciou a inspeção da segurança nas fábricas, onde foram 19 fechadas como resultado da operação.

O impacto da notícia para os consumidores das marcas multinacionais com produção Bangladesch, foram pequenos. A maioria, principalmente os consumidores de menor poder aquisitivo, relataram que não deixariam de comprar peças da marca, por causa do ocorrido. Com isso, muitas empresas multinacionais que já realizavam inspeções de fábrica (como Walmart), continuariam com suas instalações no país, mantendo seus registros de infrações privados.

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