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Resenha Crítica - Rana Plaza

Por:   •  4/5/2021  •  Resenha  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  90 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Resenha Crítica de Caso

Glauber da Paz Moreira

Trabalho da disciplina LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

                                Tutor: Prof. MARIA CAROLINA CANCELLA DE AMORIM

Brasília

2021


RANA PLAZA: SEGURANÇA DO TRABALHO EM BANGLADESH (A)

Referências: PROFESSOR JOHN A. QUELCH E PESQUISADORA ASSOCIADA MARGARET L. RODRIGUEZ DA HARVARD BUSINESS SCHOOL.

Este trabalho tem por objetivo analisar e discutir, sob a ótica das leis e normas técnicas no geral, dando enfoque na segurança, o contexto laboral de trabalhadores do setor industrial têxtil de Bangladesh. A análise se dá a partir do case preparado pelo Professor John A. Quelch em conjunto com a pesquisadora Margaret L. Rodriguez, ambos da Harvard Business School. O case tem o intuito de fomentar discussões acadêmicas acerca do tema de segurança do trabalho e traz um recorte do cenário que circundou Bangladesh no ano de 2013, quando houve a ruína do edifício Rana Plaza.

O case supracitado tem como ideia central o início das discussões sobre responsabilidades para melhorar as condições de trabalho dos funcionários em fábricas de vestuário em Bangladesh, após a tragédia ocorrida pelo edifício Rana Plaza.

Além disto, mostra o histórico de pressões internas e externas para que a mão de obra e os custos de produção continuassem baixos, permitindo a evolução do setor, que crescia baseado em contratos e subcontratos internacionais.

De maneira inicial o case inicia apresentando o histórico da indústria de vestuário em Bangladesh, que de impulsionou a partir da década de 1970, após a privatização de industrias para fomentar o desenvolvimento econômico de Bangladesh. Outro marco que revolucionou este segmento da indústria, foi o MFA, um acordo internacionou que taxou exportações dos principais concorrentes do país: Coreia, China, Hong Kong e Índia.

A mão de obra barata, somada com isenção de quotas sobre exportações tornaram Bangladesh o destino dos maiores contratos internacionais com as fabricas locais. O setor avançou expressivamente ao longo das décadas e só competia com o produto chinês.

A partir deste cenário, o case descreve a partir de alguns dados (quantidade de feridos trabalhando) como o crescimento do setor foi desenfreado e como este fato acarretou em piorar as condições de trabalho presente nas fábricas.

Além disto, evidencia que a alta demanda internacional por produção (por conta dos cronogramas de lançamento) forçavam fabricas a subcontratar fornecedores do mesmo produto, para atingir a produção esperada. Este hábito comum blindava as exigências mínimas de segurança que constavam nas clausulas dos contratos das grandes empresas, que tentavam, em sua maioria das vezes evitar o contratado de realizar subcontratações.

Aliado a este quadro, percebia-se que o governo local não tinha muita movimentação efetiva para fiscalizar a punir fábricas fora da regulação, ou com excessivas jornadas de trabalho, emprego infantil dentre outras práticas comuns da época. Afinal, a grande parcela de contribuição do setor para o país era inegável. O setor era responsável por manter o PIB positivo e garantir a maioria do emprego de mulheres entre 15 a 30 anos.

Dado o contexto histórico do setor em Bangladesh, o case começa a dar detalhes acerca do incidente em Rana Plaza. No dia anterior, funcionários avistaram trincas e deformações no prédio e um engenheiro especialista recomendou evacuação imediata do prédio. No mesmo dia, a situação foi analisada por um membro do governo, que por sua vez indicou que o edifício estava a salvo, mas sugeriu uma re-inspeção.

O dono da fábrica e do prédio informou aos funcionários das fábricas que retornassem ao trabalho no dia seguinte, sob possibilidade de perderem o emprego. No dia seguinte o prédio ruiu, deixando aproximadamente 1100 pessoas sem vida.

O case aponta vários problemas que vieram a ser causa conjunta da ruína do prédio. Quatro andares foram construídos ilegalmente sobre o edifício original. Além disto, verificou-se que a atividade industrial necessitava de operar com maquinários pesados para o qual o edifício não tinha preparação para resistir.

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