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Relatório Aterro Sanitário de Pato Branco

Por:   •  3/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.718 Palavras (7 Páginas)  •  268 Visualizações

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RELATÓRIO DA VISITA AO ATERRRO SANITÁRIO DE PATO BRANCO

Leila mattes – leilamattes42@gmail.com

INTRODUÇÃO 

O gerenciamento de resíduos sólidos é um tema muito abordados atualmente, pois a disposição inadequada gera fontes poluidoras do ar, solo e águas, além de desencadear vários problemas em outras áreas como saúde, saneamento, educação, economia, entre outros. A lei de resíduos sólidos (Lei n° 12.305/2010), prevê em seu artigo 54, que causar poluição pelo lançamento de resíduos sólidos em desacordo com leis e regulamentos é crime ambiental. Nesse caso enquadra-se os lixões que funcionam em desacordo com a lei.

ATERRO SANITÁRIO

A área destinada ao aterro sanitário (em ANEXO) é de 23 hectares, e está situada em local longe da população e possui vegetação em seu entorno. O aterro propriamente dito ocupa uma área de aproximadamente 10 hectares.

A entrada se dá pela recepção que é o centro admirativo e onde fica a balança rodoviária que pesa os veículos na entrada e saída. Seguindo por uma rua cascalhada, se dá o acesso ao barracão de reciclagem, seguido pela compostagem e entulhos e galhos respectivamente. Os locais são devidamente indicados por placas de localização, presentes no trecho.

A coleta de resíduos da cidade se dá por 8 caminhões que estão responsáveis da coleta de RSU dos cerca de 280 containers do centro e coleta de todo resíduo orgânico gerado na cidade.

Nos containers azul, deverão ser acondicionados resíduos passíveis de reciclagem, tais como: embalagens de refrigerante; copinhos de café e água; isopor, canos e tubos; materiais de limpeza; sacos plásticos e recipientes em geral; garrafas, copos, jornais e revistas; envelopes e folhas de caderno; caixas de leite longa vida; cartazes velhos, caixas em geral; latas de aço e alumínio; latas de refrigerante e cerveja; entre outros.

Cada residência do perímetro urbano recebeu uma embalagem, denominada pela Prefeitura Municipal de Pato Branco de bag. Nos locais onde existem os contêineres, o morador deve despejar os resíduos dentro do mesmo, e levar novamente para sua residência o bag. Nesses locais a coleta é realizada diariamente, durante a madrugada.

Seguindo o cronograma de coleta, o morador que reside nos locais onde não existem os contêineres deve deixa nas lixeiras o seu bag no dia da semana definido de acordo com o seu bairro. Quando o caminhão da coleta passa, somente os resíduos são recolhidos, pois o bag é esvaziado e deixado para que o morador coloque seus resíduos dentro novamente. Para os resíduos que são gerados nas ruas, o município dispõe de lixeiras localizadas em pontos estratégicos e identificadas por duas cores:

  • Verde: rejeitos (o que não pode ser reaproveitado).
  • Amarela: resíduos recicláveis.

Os resíduos orgânicos continuam sendo armazenados em lixeiras e locais específicos nas casas e prédios, e posteriormente a coleta, são enviados ao aterro sanitário.

Segundo o IBGE, são produzidas 79 toneladas diárias em Pato Branco sendo 65 toneladas de orgânicos e 14 de recicláveis.

O aterro está em funcionamento desde agosto de 2014. Classificado como de superfície com rampa, mas está localizado dentro de uma depressão natural, e está em sua terceira camada com 12 metros de altura. Cada camada tem 4 metros, seguido por uma camada de terra. É revolvido os entulhos diariamente, e compactado por máquina. O aterro possui geomanta e drenos em forma de espinha de peixe para a coleta do chorume, além de estrutura de drenagem de gases. Sua impermeabilização é feita com manta BEDIM e rachão de pedra.

A vida útil do aterro está atualmente na metade, e será utilizado por mais quatro anos, quando será colocada uma camada final de terra, e ficará desativado por tempo indeterminado. A desativação deverá ser acompanhada para monitoramento de poluentes no meio ambiente, solo, ar e águas.

A queima de gás metano, é realizada de forma controlada. Quando está ativo os quatro pontos de queima, o corpo de bombeiro local acompanha, para assegurar a área e trabalhadores.

O chorume é destinado a lagoa de tratamento onde passa pelo sistema de recirculação.

É feito uma coleta de amostra das regiões onde se encontra a impermeabilização para verificar se não há rompimento. O aterro sanitário tem licença ambiental do IAP, e não possui EIA/RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental).

SETOR DE TRIAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A usina de segregação é gerenciada pela COAAPB que é uma cooperativa terceirizada e conta com 40 funcionários, que trabalham de segunda a sexta em horário comercial, tendo pausas para descanso no meio de cada expediente. Cada funcionário recebe um salário mínimo em média por mês, e contam complano de saúde e seguro trabalhista.

A coleta dos RSU dos bairros é por conta dos agentes da COAAPB, e no centro da cidade é responsabilidade do município. A prefeitura disponibilizou toda a estrutura para realizar o trabalho, uma ajuda de 50 mil por mês e três funcionários colaboradores. Além disso disponibiliza quatro caminhões furgões para realizar a coleta. O material é comercializado e os recursos destinados para a própria cooperativa.

Em média são coletadas 14 toneladas de recicláveis por dia. A separação é feita por tipos de materiais e vendidos, os rejeitos são enviados ao aterro sanitário. Os funcionários usam apenas luva como EPI (equipamento de proteção individual), pois o uso de máscara foi dispensado por ser considerado o alto índice de limpeza dos resíduos recicláveis.

Depois da triagem do material, ele é compactado utilizando a prensa, e armazenado empilhados os fardos para depois serem transportados até o caminhão da empresa que está adquirindo (Fig. 6). Existem no local dois tipos de prensa. O modelo menor para pequenas quantidades, não tem segurança. O modelo maior é destinado a volumes maiores de material, e conta com sistema de segurança apropriado. Os equipamentos utilizados como a esteira de triagem e os compactadores pequenos são modelos ultrapassados e velhos.

Figura 6 – Caminhão sendo carregado com fardos de material reciclável.

[pic 1]

Fonte: LEILA MATTES (2018).

Os materiais reciclados são plásticos, aço, alumínio, ferro, papel (variados tipos). Em relação a política reversa, existe uma cartilha desenvolvida pela Secretária Municipal de Meio Ambiente de Pato Branco que esclarece quanto aos locais corretos de destinação do RSU.

Nos materiais provenientes da coleta seletiva ainda são encontrados resíduos eletroeletrônicos e isopor.  Segundo o gerente Normélio Bonatto, "a cooperativa conseguiu um equipamento, que reduz o isopor em até 97% de seu volume, formando baguetes, ela recebe esse material no aterro. Isso porque, após ser reduzido o seu tamanho, pode ser comercializado, agregando ainda mais renda à cooperativa". Com esses isopores podem ser produzidos rodapés e condutores de energia.

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